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AEN Brazil : O Ensino Religioso nas Escolas
ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS
A proposta da Comunidade Bahá'í do Brasil
"A religião é o maior de todos os meios
para o estabelecimento da ordem no mundo
e para o contentamento pacífico
de todos os que nele habitam."
Bahá'u'lláh
ENSINO RELIGIOSO NAS ESCOLAS

O debate em torno do ensino religioso nas escolas da rede pública levanta uma série de questões que merecem ser investigadas com serenidade e imparcialidade por todos os envolvidos, inclusive alunos e professores. Não se trata de um debate meramente de incumbência dos religiosos. Não se trata de uma questão religiosa: é antes de tudo uma questão educacional de interesse social. Tampouco é adequado que o debate assuma caráter de disputa doutrinária. Na verdade, oferece uma oportunidade para que se estabeleçam novos patamares de universalidade e profundidade no currículo religioso. Este documento visa contribuir para essa visão mais universal e fraterna do ensino da religião.

Se se cogita a necessidade da educação religiosa nas escolas públicas, isso se dá devido à natureza salutar dos valores religiosos na formação e enobrecimento do caráter e da conduta dos indivíduos, e não para que se estabeleça a primazia de um sistema religioso ou denominação sobre os demais. A questão está em oferecer às crianças e jovens o que de melhor todas as religiões têm a oferecer, e não somente aquilo que alguma delas em particular queira incutir. Para isso é essencial que o currículo de tal estudo reflita uma visão universal e não doutrinária.

É importante ver com clareza o que se está buscando com o ensino de religião nas escolas. Se se deseja oferecer às novas gerações as perspectivas saudáveis que a religiosidade e a transcendência oferecem a todos os seres humanos, jovens ou idosos, para que isso os ajude a desenvolver uma visão da vida e formas de conduta mais construtivas, o caminho é um. Se se deseja simplesmente acrescentar mais uma matéria com informações doutrinárias que podem acirrar a intolerância e tornar o mundo ainda mais confuso e contraditório, o caminho é outro.

Religião e Educação

Antes de discorrer mais sobre um assunto de tal transcendência é apropriado colocar em seu contexto, sem paixão e com objetividade, a relação entre dois fatores sociais tão importantes como a religião e a educação.

Ciência e Religião
Sobre a Relevância do Ensino Religioso

Todos os mais elevados valores da vida humana sempre estiveram baseados na religiosidade. As grandes religiões mundiais foram, ao longo dos milênios, as maiores forças a guiar o comportamento de indivíduos e povos para o que há de mais sublime e nobre na natureza humana. "A razão da missão dos Profetas é a educação dos homens..." (1) E, como colocou Max Horkheimer: "Em última análise, pode-se logicamente encontrar na teologia as raízes de tudo o que diz respeito à moralidade."

Assim, numa época como a nossa, em que o desamor pela vida manifesta-se em tantas e tão perversas formas como a violência, as drogas, a intolerância, o racismo, a promiscuidade e a guerra, parece mesmo essencial que as crianças e jovens sejam educados nos valores espirituais que as religiões incutem. Porém, é essencial que a educação religiosa não resulte em fanatismo e intolerância. Senão, o remédio vira veneno. Como colocou Bahá'u'lláh, o Fundador da Fé Bahá'í: "As escolas devem primeiro treinar as crianças nos princípios da religião, a fim de que a Promessa e o Castigo, mencionados nos Livros de Deus, possam afastá-las das coisas proibidas e adorná-las com o manto dos mandamentos; mas, isto, em tal medida que não prejudique as crianças por resultar em intolerância e fanatismo ignorante."

É óbvio que só se pode amar aquilo que se conhece. Assim, a única maneira de se educar as novas gerações no amor fraterno por todas as tradições religiosas é permitir que as crianças tenham contato direto com aquilo que há de melhor em cada uma delas. Para isso é essencial que o currículo de tal estudo reflita uma visão universal e não doutrinária. Se as crianças são educadas apenas segundo uma religião ou seita, passam a desprezar as demais, e atitudes de preconceito, intolerância e desamor acabam cristalizando-se para o resto da vida.

Sobre o Essencial e o Secundário nas Religiões

Basicamente, todas as religiões têm dois aspectos: um lado místico/espiritual, e um lado social. O lado místico/espiritual é aquele que trata de coisas como a existência de Deus, a relação entre Deus e os homens, a realidade da vida eterna, a recompensa pelas boas obras e o castigo pelas más, o caminho da virtude e da devoção, etc. Nesse aspecto místico/espiritual todas as grandes religiões ensinam as mesmas coisas: promovem as virtudes e condenam o erro, prescrevem o amor e proíbem o ódio. Todas elas, do Hinduísmo à Fé Bahá'í, ensinam que a maior lei da religião é o Amor, e que o mais importante mandamento de Deus é o amor a Ele e o amor ao próximo. As respostas diferem, mas a mensagem é a mesma. São como variações sobre um mesmo tema.

Assim, por exemplo, sobre o mandamento de responder ao mal com o bem, lemos:

No Hinduísmo: "Mesmo quando fordes ofendidos devereis falar amavelmente, e quando fordes insultados, respondeis com uma benção."

No Zoroastrismo: "Responde sempre à maldade com a gentileza, e à perversidade com bondade."

No Judaísmo: "Se aquele que te aborrece tiver fome, dá-lhe pão para comer, e se tiver sede, dá-lhe água para beber."

No Budismo: "O homem vence o ódio pelo amor; triunfa sobre o mal por meio do bem; subjuga o ávaro por meio da generosidade e o mentiroso por meio da verdade."

No Cristianismo: "Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, orai por aqueles que vos difamam."

No Islamismo: "Afastai o mal com o bem e, eis!, aquele que te era inimigo converter-se-á em amigo amoroso."

Na Fé Bahá'í: "Deveis mostrar ternura e amor a todo ser humano, mesmo vossos inimigos, e a todos dar acolhida com sincera amizade, com alegria e benevolência."

Promover e enfatizar esse lado eterno, comum a todas as religiões mundiais, é uma forma vital de promover o enobrecimento do caráter e a unidade entre os diversos grupos religiosos.

Por outro lado, há o aspecto social das religiões, que não trata daqueles temas universais e eternos, mas sim das leis e regulamentos que são necessários à época histórica e à sociedade em que se manifestam. Esse lado social é aquele onde se encontram os preceitos relacionados às cerimônias e observâncias religiosas, aos rituais, às práticas de peregrinação, jejum, matrimônio e divórcio, regras ligadas à alimentação, etc. Tais ensinamentos variam de religião para religião e, mesmo em uma religião, variam de seita para seita, conforme as interpretações de cada corrente.

Assim, por exemplo, no Cristianismo o jejum anual era de quarenta dias, durante a Quaresma, a exemplo do jejum que Cristo praticara antes do início de Sua missão. Hoje em dia, cada denominação cristã difere em relação a essa prática. No Islamismo o jejum é de trinta dias, e, na Fé Bahá'í, de dezenove dias. O dia dedicado à adoração a Deus é o sábado no Judaísmo, a sexta-feira no Islamismo e o domingo na maior parte do Cristianismo. É evidente que essas e outras tantas variações entre as religiões nada têm a ver com os ensinamentos eternos e invariáveis, como as Leis do Amor e da Justiça que todas elas contêm. Tais ensinamentos sociais variam conforme a época e o povo, por razões histórica e socialmente determinadas.

Se quisermos que o ensino religioso promova a fraternidade, o amor e a tolerância entre os homens, é evidente que ele deve enfatizar aquilo que todas as religiões têm em comum, ou seja, os ensinamentos éticos e espirituais de todas elas. Essa é a verdadeira essência das religiões. As diferenças entre elas são meros detalhes históricos.

Quando os ensinamentos espirituais predominam, as religiões são fonte de amor e unidade. Quando a ênfase recai sobre os ensinamentos sociais, as diferenças entre elas são salientadas, e a discórdia predomina. Se, ao invés de promover o estudo da essência das religiões, o ensino religioso se debruçar sobre os ensinamentos sociais discordantes, sem que eles sejam explicitamente apresentados como secundários e condicionados historicamente, então o que se verá é ainda mais conflito e intolerância.

Sobre o que se Deve Ensinar nas Aulas de Religião

Parece evidente que, num mundo que se tornou pequeno e interdependente através das comunicações e dos transportes, onde a multiplicidade cultural e a diversidade de caminhos tornaram-se óbvias e inquestionáveis, seria incoerente adotar-se uma visão singular de religião. Ou a religião é plural, ou é sectarismo. E as escolas não podem promover o sectarismo. A verdade é uma só, mas há muitos caminhos que levam a ela. Como afirma Krishna, há cerca de 5.000 anos:

"As flores nos altares são de muitas variedades, mas a adoração é uma só. Os sistemas de fé são distintos, mas Deus é um só. O objetivo de toda a religião é encontrar Deus."

Assim, tendo em vista as considerações acima expostas, parece claro que o ensino religioso deveria:

a) Valorizar o estudo daquilo que é unânime nas diversas religiões e seitas. Para tanto, deveria enfatizar os ensinamentos de caráter moral, de edificação espiritual, como a importância da espiritualidade, a aquisição de virtudes, o amor e a adoração a Deus, o amor aos semelhantes, o respeito aos pais, a paz, a bondade, a tolerância, etc.

b) Os aspectos discordantes seriam apresentados marginalmente, como questões secundárias, sempre com o entendimento de que as diferenças se devem a questões históricas culturalmente determinadas, não sendo, portanto, fundamentais.

Sobre um Currículo de Aulas de Religião

Postularíamos, portanto, dois grandes objetivos para o currículo religioso nas escolas:

1. ele deveria promover a concórdia, a compreensão, a tolerância e o amor entre as diversas religiões e seitas.

2. ele deveria estimular a aquisição de todas aquelas virtudes espirituais, morais e perfeições humanas que enobrecem e enriquecem a vida.

Para se alcançar tais objetivos, o currículo teria as seguintes características:

1) o tema das aulas seriam as grandes questões morais e espirituais ensinadas pelas religiões, os temas universais e eternos, comuns a todas elas. Entre os grandes temas espirituais teríamos assuntos como a existência de Deus, o amor de Deus, a justiça de Deus, a nobreza da vida humana, a necessidade da prática espiritual, etc. As grandes questões morais são, basicamente, as exortações à virtude e à vida nobre. Pode-se fazer uma lista de virtudes que comporiam o currículo, como Amor, Justiça, Veracidade, Fraternidade, Bondade, Compaixão, Coragem, Perseverança, Fidedignidade, Paz, Modéstia, Caridade, Perdão, e tantas mais;

2) o material de estudo seria composto de excertos contendo frases, parábolas e histórias retirados dos Escritos Sagrados hindus, budistas, zoroastrianos, judaicos, cristãos, muçulmanos e Bahá'ís, entre outros, todos disponíveis em português. Cada tema seria desenvolvido a partir de textos das várias tradições religiosas, todos versando sobre o mesmo assunto, de forma a lançar luz um sobre o outro. Cada tradição religiosa poderia contribuir com suas citações para compor esse material didático, dando fonte e referência das mesmas.

3) A forma de estudo seria através das mais diversas técnicas pedagógicas que facilitem a compreensão de cada tema, conforme a idade dos alunos. Pode-se usar dramatizações, desenhos, interpretações de texto, grupos de estudo, etc. O objetivo seria a compreensão dos conceitos envolvidos e o desenvolvimento da capacidade de relacioná-los com a realidade atual.

4) Para que os aspectos discordantes das religiões não assumam prioridade, importa que se promova o entendimento das duas esferas das religiões: a espiritual/moral e a social. Que a esfera espiritual/moral é aquela que prepara o homem para uma vida nobre e superior, para a aquisição de virtudes e perfeições de caráter, e que é idêntica em todas as religiões. Enfatize-se esse estudo. Esclareça-se que os ensinamentos sociais diferem de religião para religião devido às diferentes condições e necessidades da humanidade na época em que surgiram e que, por isso mesmo, são secundários.

Isso, além de oferecer aos alunos maior percepção de cada tema, contribuiria para despertar o amor e o respeito às demais religiões mundiais, pois os estudantes descobririam, por si mesmos, que os ensinamentos de todas elas são equivalentes.

Colocando-se assim à disposição de todos os alunos os textos sagrados das grandes religiões reveladas, as escolas lhes propiciariam um conhecimento ao qual eles geralmente não têm acesso. Esse conhecimento promoveria o respeito mútuo entre os seguidores das diversas correntes religiosas, pois nada melhor que os textos sagrados para representar o que de mais puro cada religião possui.

Todo o estudo seria dirigido às religiões, não às seitas e denominações dentro delas. Para isso, a escolha de quais os sistemas religiosos a ser incluídos no currículo não se deteria no tamanho relativo de cada igreja ou denominação, mas nas evidências históricas, de caráter mundial, que caracterizam uma religião como tal. Para tanto o mais simples é enfocar-se a figura dos Profetas-Fundadores dos grandes sistemas religiosos mundiais, e não seus seguidores. Ênfase seria dada à missão e atuação desses Seres Sagrados, buscando, outra vez, ressaltar a grandeza e sublimidade de cada um dEles.

Os professores da rede pública de educação, munidos dessa forma de um material universalista e ecumênico, eqüitativo e justo, sem dúvida conseguiriam passar aos alunos valores fundamentais de enobrecimento do caráter, e promoveriam uma visão ampla, generosa e fraterna das religiões. Seria permitir que a Palavra de Deus, como recebida pelas diversas Revelações Religiosas do mundo, atuasse diretamente sobre os corações e consciências dos jovens, sem as controvérsias beligerantes das doutrinas contraditórias. O fruto de tal estudo seria o amor e o entendimento, a compreensão e o respeito. Pois somente quando todos tiverem acesso imparcial aos ensinamentos originais de cada religião mundial é que se poderá eliminar o fanatismo e a intolerância que nascem das interpretações doutrinárias da Palavra de Deus.

Modelo de um Currículo
Primeiro Ano de Educação Geral Básica
Objetivos Gerais
1. Conhecer e amar a Deus e sua criação.

2. Compreender como Deus Se revela ao homem através de Seus Mensageiros ou Manifestantes.

3. Conhecer a vida dos Manifestantes de Deus.
Objetivos Específicos
1.1. Reafirmar a grandeza de Deus.

1.2. Distinguir os diferentes reinos da criação e a posição do homem perante esta criação.

2.1. Entender que Deus Se revela ao homem como sinal de Seu amor.

2.2. Valorizar a posição dos Manifestantes de Deus como portadores da Palavra de Deus.

2.3. Apreciar o exemplo de amor e obediência à Vontade de Deus através dos Manifestantes de Deus.

3.1. Apreciar as qualidades espirituais dos Manifestantes de Deus.

3.2. Identificar os diversos Manifestantes de Deus.

Conteúdos
- - Deus, Criador de todas as coisas.

- - A ordem da criação e o homem como sua expressão mais perfeita. - Respeito para com o templo humano.

- - O amor e serviço a Deus, à família e à comunidade.

- - O eterno Convênio de Deus, através de algumas de Suas Manifestações como Moisés, Jesus, Maomé e Bahá'u'lláh.

- - A promessa de guia de Deus e a resposta do homem em obediência a Seus ensinamentos, como a oração, o respeito e a obediência aos pais, a generosidade e a veracidade.

- - Relatos e passagens ligados à Vida dos Manifestantes de Deus.

Segundo Ano de Educação Geral Básica
Objetivos Gerais

1. Apreciar na criação o reflexo dos atributos de Deus.

2. Valorizar a família como expressão do amor de Deus.

3. Compreender a mensagem que Deus nos envia através dos Seus Manifestantes.

4. Conhecer e apreciar a figura de alguns dos Manifestantes de Deus.

Objetivos Específicos

1.1. Descobrir os poderes de Deus refletidos nos diferentes reinos da criação.

2.1. Compreender o propósito do núcleo familiar.

2.2. Reconhecer e apreciar as regras de cada membro da família.

3.1. Apreciar a humanidade como uma grande família.

3.2. Compreender o princípio da unidade na diversidade.

4.1. Conhecer a vida de todos os Manifestantes de Deus.

Conteúdos
- Os reinos mineral, vegetal, animal e humano.
- O homem, criatura de Deus e rei da criação.

- Valores e princípios que devem refletir na família, tais como a igualdade de direitos e privilégios do homem e da mulher, o amor, a cortesia e respeito mútuo, a lealdade e a veracidade.

- O amor de Deus não tem barreiras: ama a todas as raças, classes sociais, povos e pessoas de todas as idades.

- A humanidade é um jardim criado por Deus.

- Relatos e passagens das vidas dos Manifestantes de Deus.

- Exemplos de serviço, humildade e alegria.
Terceiro Ano de Educação Geral Básica
Objetivos Gerais
1. Compreender o conceito da unicidade de Deus.

2. Valorizar a vida e missão de algumas das Manifestações de Deus.

3. Compreender que a verdadeira natureza do homem é sua alma.

Objetivos Específicos
1.1. Compreender que o Criador é uno e único.

1.2. Reconhecer que a base das religiões é uma só.

1.3. Distinguir os valores espirituais permanentes dos ensinamentos transitórios sociais de acordo com a época em que cada Manifestante ensina.

2.1. Identificar a vida e a missão de algumas das Manifestações de Deus.

3.1. Reconhecer que o sinal e a imagem de Deus no homem é sua alma.

3.2. Reconhecer a importância de desenvolver as qualidades espirituais nesta vida.

Conteúdos
- Deus: o Sol da Realidade.

- As Manifestações de Deus refletem os raios do Sol da Realidade.

- Valores permanentes revelados por Deus, tais como o amor, a misericórdia, a veracidade, a honra, a paciência, a generosidade, a obediência.

- Ensinamentos transitórios revelados por Deus, tais como celebrações, ritos e a organização social do homem.

- Vida e mensagem de Abraão, Moisés, Jesus, Maomé.

- As duas naturezas do homem: sua realidade material e sua realidade espiritual.

- A oração, o alimento da alma e a leitura diária da Palavra de Deus para fortalecer a alma.

- As boas ações como a máxima expressão do desenvolvimento espiritual.

Quarto Ano de Educação Geral Básica
Objetivos Gerais

1. Compreender que a religião deve ser a causa de união e harmonia.

2. Valorizar a Palavra Criativa de Deus revelada através de Seus Manifestantes.

3. Compreender que o poder criativo do homem é um dom de Deus.

4. Apreciar a família como base inicial do desenvolvimento das qualidades espirituais.

Objetivos Específicos

1.1. Validar a afirmativa de que as religiões provêm de um só Deus e que sua finalidade é unir progressivamente a humanidade.

2.1. Nomear os diferentes Livros Sagrados, depositários da Palavra de Deus.

2.2. Apreciar o efeito da Palavra Criativa de Deus no desenvolvimento espiritual do homem e da sociedade.

3.1. Compreender que os talentos humanos são múltiplos e que devem ser postos a serviço da humanidade.

3.2. Compreender a responsabilidade do homem ao decidir o destino de suas obras.

4.1. Compreender que a família é o núcleo da sociedade.

Conteúdos

- A unicidade de Deus, a unicidade da religião e a unicidade do gênero humano.

- O Antigo Testamento, o Novo Testamento, o Alcorão e Passagens dos Escritos de Bahá'u'lláh.

- A Palavra de Deus transforma os corações dos homens.

- A origem divina das grandes civilizações.

- O cientista e seu papel no progresso da humanidade.

- Os progressos científicos e tecnológicos a serviço da paz mundial.

- A família: onde germinam as virtudes espirituais do homem.

- Unidade familiar: base da unidade do gênero humano.

Quinto Ano de Educação Geral Básica
Objetivos Gerais

1. Reafirmar o propósito espiritual de nossas vidas.

2. Identificar as circunstâncias históricas das Revelações Divinas.

3. Conhecer as respostas espirituais às necessidades do mundo atual.

Objetivos Específicos

1.1. Compreender que temos sido criados para conhecer e adorar a Deus e pôr em prática Seus ensinamentos.

1.2. Compreender que a natureza transcendente do homem é sua realidade espiritual.

2.1. Identificar lugares, acontecimentos e personagens relacionados com a Revelação de cada Manifestante de Deus.

3.1. Reconhecer que as necessidades do homem têm variado através dos tempos.

3.2. Identificar as causas dos males que afligem a humanidade e o remédio dado pelos Manifestantes de Deus.

Conteúdos
- A lei da oração e sua prática diária.
- As qualidades da alma.
- Histórias dos Manifestantes de Deus.
- A evolução da sociedade humana.
- A nova raça de homens.
- A unidade mundial e a paz universal.

- Causas de desunião, injustiça e sofrimento, tais como preconceitos raciais, sociais, patrióticos e religiosos.

- O ódio, o egoísmo, a avareza, como causas de infelicidade para a humanidade.

Sexto Ano de Educação Geral Básica
Objetivos Gerais
1. Apreciar a relação entre Deus e o homem.
2. Compreender a existência da vida após a morte.

3. Conhecer algumas figuras heróicas de cada Manifestação de Deus.

4. Compreender que Deus cumpre Sua Grande Promessa através de Seus Enviados Mensageiros.

Objetivos Específicos

1.1. Analisar a relação entre Deus, o Espírito Santo e as Manifestações de Deus.

1.2. Compreender que conhecer as Manifestações de Deus é conhecer a Deus.

2.1. Apreciar o propósito divino da aparição da alma no corpo.

2.2. Compreender a imortalidade da alma.

3.1. Valorizar as características de coragem, sacrifício, firmeza, devoção e desprendimento de algumas figuras destacadas da história das religiões.

4.1. Conhecer e apreciar os ciclos proféticos na história religiosa da humanidade.

4.2. Compreender o significado do nascimento de um novo ciclo universal.

Conteúdos
- Deus, uma Essência incognoscível.
- Conhecemos a Deus através de Seus atributos.

- As Manifestações de Deus refletem Seus atributos.

- O Espírito Santo, raios do Sol divino refletidos nas Manifestações Divinas.

- O desenvolvimento das potencialidades da alma.

- O progresso da alma nos mundos espirituais de Deus.

- A vida dos santos.
- As promessas contidas nos Livros Sagrados.
- A promessa do Reino de Deus na Terra.
Sétimo Ano de Educação Geral Básica

1. Entender que a vida material deve ser o reflexo da vida espiritual.

2. Valorizar a Aliança ou Convênio Espiritual estabelecido por Deus para toda a humanidade.

3. Apreciar as aplicações práticas da vida espiritual.

4. Apreciar todas as Religiões.
Objetivos Específicos

1.1. Entender que amar a Deus é anelar sua proximidade.

1.2. Apreciar o corpo como templo da alma.

2.1. Valorizar a importância e o significado da Vontade de Deus em cada época.

2.2. Compreender que o serviço à humanidade é a mais alta expressão de amor.

3.1. Reafirmar que a aplicação das leis espirituais reveladas pelos Manifestantes de Deus facilita o desenvolvimento social do homem.

4.1. Conhecer as referências sobre alguns eventos destacados das histórias das religiões.

Conteúdos
- O poder das ações puras.

- Retidão de conduta, pureza, limpeza e castidade.

- Desprendimento, sacrifício, obediência, constância, confiança.

- O matrimônio, a oração e o trabalho.

- Identificar textos de diversas escrituras sagradas.

Oitavo Ano de Educação Geral Básica
Objetivos Gerais
1. Compreender que Deus é a fonte de todo bem.

2. Relacionar a seqüência das religiões com sua importância no desenvolvimento das civilizações.

3. Conhecer e respeitar o gênero humano e sua relação com os princípios espirituais do matrimônio.

4. Aceitar a importância de desenvolver o hábito de ler a Palavra Sagrada regularmente.

Objetivos Específicos

1.1. Entender que o mal é somente a ausência do bem.

1.2. Distinguir entre as capacidades naturais e as capacidades adquiridas do homem.

2.1. Apreciar que a civilização tem como base a Revelação de Deus.

2.2. Evidenciar que a decadência da civilização é reflexo do afastamento de Deus.

3.1. Admitir que a diferença biológica entre o homem e a mulher é somente um fenômeno externo sem implicações espirituais nem intelectuais.

3.2. Valorizar o matrimônio como instituição espiritual criada por Deus.

4.1. Reafirmar a Palavra Sagrada como fonte de toda erudição.

4.2. Compreender que a Palavra Sagrada é o alimento da alma.

Conteúdos
- Todos os seres humanos nascem puros.
- A obscuridade, ausência de luz.

- Disciplina e educação como orientadoras das capacidades adquiridas.

- Judaísmo, Cristianismo e Islã, e sua importância no desenvolvimento da civilização.

- Secularização, materialismo e sectarismo religioso como conseqüência do afastamento de Deus.

- O homem e a mulher devem ser como asas de um pássaro chamado humanidade.

- O matrimônio, uma fortaleza para o bem-estar da humanidade.

- O primeiro conhecimento é o conhecimento de Deus.

- O alimento físico e o alimento espiritual.
Conclusão

A intolerância, especialmente a religiosa, não é um mal menor. O fato de a ONU ter proclamado 1995 como o Ano Internacional da Tolerância demonstra o quanto, a essa altura do século XX, a questão é vital. Onde existe a semente da intolerância colhe-se o fruto da violência e da guerra, como os recentes acontecimentos mundiais evidenciam.

Unidade na Diversidade
Hinduísmo. Manifestante de Deus: Krishna.
Surgimento: há cerca de 5.000 anos.
Local: Índia.

Escritura Sagrada: Os Vedas: Rig-Veda ("Conhecimento Sagrado");

Sama-Veda; Yajur-Veda; Atharva-Veda, os Brahmanas, os Aranyakas, os Upanixades.

Judaísmo. Manifestante de Deus: Moisés.
Surgimento: desde Abraão, há cerca de 4.000 anos.
Local: Mesopotâmia, Egito, Palestina.

Escritura Sagrada: O Tanach, composto pela Torá (Pentateuco; os cinco Livros Sagrados), Naviim (Profetas) e Ketuvim (Hagiógrafos). Corresponde ao Antigo Testamento da Bíblia.

Zoroastrismo. Manifestante de Deus: Zoroastro ou Zaratrusta.

Surgimento: há cerca de 2.750 anos.
Local: Pérsia.

Escritura Sagrada: Zend-Avesta ("Comentário sobre o Conhecimento"),

do qual estão preservados os Gathas ("Hinos"), o Yasna e Vendidad (textos litúrgicos) e os Yashts (outros hinos).

Budismo. Manifestante de Deus: Buda
Surgimento: há cerca de 2.500 anos.
Local: Índia (Nepal)

Escritura Sagrada: Tripitakas ("Os Três Cestos"): Vinaya-Pitaka ("O Cesto da Disciplina"), Sutta-Pitaka ("O Cesto da Doutrina"), Abhidhamma-Pitaka ("O Cesto do Conhecimento Supremo").

Cristianismo. Manifestante de Deus: Jesus Cristo.

Surgimento: há cerca de 2.000 anos.
Local: Palestina-Israel.

Escritura Sagrada: O Evangelho ("Boas Novas") - Corresponde ao Novo Testamento da Bíblia, que também reconhece os textos do Tanach como sagrados.

Islamismo. Manifestante de Deus: Maomé.
Surgimento: há cerca de 1.400 anos.
Local: Arábia.

Escritura Sagrada: O Alcorão ("Recitação"), com 114 capítulos, as Suratas.

Fé Bahá'í. Manifestante de Deus: Bahá'u'lláh.
Surgimento: há cerca de 150 anos.
Local: Pérsia, Iraque, Palestina-Israel.

Escritura Sagrada: O Kitáb-i-Aqdas, o Sacratíssimo Livro das Leis e mais de uma centena de Livros Sagrados de Bahá'u'lláh, do Báb (Seu Precursor) e de'Abdu'l-Bahá (O Centro de Seu Convênio).

A REGRA ÁUREA
Hinduísmo:

"Não faças aos demais aquilo que não queres que seja feito a ti; e deseja também para o próximo aquilo que desejas e aspiras para ti mesmo. Esse é todo o Dharma*, atenta bem para isso". (Mahabharata, apud. Rost, p.20; Campbell, p.52) (* O "Dharma" é um conceito complexo, que pode significar, conforme o sentido, a Lei, a Religião, a Doutrina, ou a Lei Natural, a Ordem Universal).

Judaísmo:

"Não faças a outrem o que abominas que se faça a ti. Eis toda a Torá*. O resto é comentário". (Hillel, apud. Shclesinger & Porto, p.26; Rost, p.69) (* "Torá", "Guia", "Instrução", "Ensinamento" da Palavra de Deu).

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Levítico 19:18, A Bíblia de Jerusalém).

Zoroastrismo:

"Aquilo que é bom para qualquer um e para todos, para quem quer que seja - isso é bom para mim.. O que julgo bom para mim mesmo, deverei desejar para todos. Só a Lei Universal é verdadeira Lei."(Gathas, apud. Rost, p. 56).

Budismo:

"Todos temem o sofrimento, e todos amam a vida. Recorda que tu também és igual a todos; faze de ti próprio a medida dos demais e, assim, abstém-te de causar-lhes dor." (Dhammapada, apud. Rost, p.39).

Cristianismo:

"Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, porque isto é a Lei e os Profetas." (Mateus 7:12, A Bíblia de Jerusalém).

Islamismo:

"Nenhum de vós é um verdadeiro crente a menos que deseje para seu irmão aquilo que deseja para si mesmo." (Hadith, apud. Rost, p. 103; Campbell, p.54).

Fé Bahá'í:

"Ó Filho do Homem! ...se teus olhos estiverem volvidos para justiça, escolhe tu para teu próximo o que para ti próprio escolhes. Bem-aventurado quem prefere seu irmão a si próprio... tal homem figura entre o povo de Bahá." (Palavras do Paraíso; "Terceira"e "Décima" folhas do Paraíso) .


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