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Orações : Epístolas
Epístolas (#1325)
Epístola De Ahmad
Ele é o Rei, o Omnisciente, o Sábio!

Eis que o Rouxinol do Paraíso canta sobre os ramos da Árvore da Eternidade, com santas e suaves melodias, proclamando aos sinceros as boas novas de que Deus está próximo; chamando aqueles que têm fé na Unidade Divina para entrarem na corte da Presença do Generoso; aos desprendidos, informando da mensagem revelada por Deus, o Rei, o Glorioso, o Incomparável; e aos que O amam, guiando ao lugar da santidade e a esta Beleza resplandecente.

Em verdade, esta é Aquela Beleza Suprema predita nos Livros dos Mensageiros, por Quem se distinguirá a verdade do erro e se provará a sabedoria de todo o mandamento. Em verdade, Ele é a Árvore da Vida que produz os frutos de Deus, o Excelso, o Poderoso, o Grande.

Ó Ahmad! Dá testemunho de que Ele verdadeiramente é Deus, e que não há outro Deus senão Ele, o Rei, o Protetor, o Incomparável, o Omnipotente. E que o Seu Enviado, sob o nome de ‘Alí, foi o verdadeiro Emissário de Deus, a cujos mandamentos nós todos damos a nossa aquiescência.

Dize: Ó povos, sede obedientes às leis de Deus que foram prescritas no Bayán pelo Glorioso, pelo Sábio. Em verdade, Ele é o Rei dos Mensageiros e o Seu Livro é o Livro-Mater – se apenas o soubésseis.

Assim, desta prisão, o Rouxinol dirige-vos o Seu chamado. Cabe-Lhe apenas transmitir esta mensagem clara. Se alguém quiser que se desvie deste conselho; e quem quiser, que escolha o caminho ao seu Senhor.

Ó povos, se negardes estes versículos, por qual prova tendes acreditado em Deus? Apresentai-a, ó assembleia de falsos!

Por Aquele em cuja mão está a minh’alma, não podem nem poderão jamais fazer isso, ainda que se unam em apoio mútuo.

Ó Ahmad! Não te esqueças da Minha graça, enquanto Eu estiver ausente. Lembra-te dos Meus dias durante os teus dias, e da Minha angústia e do Meu exílio nesta remota prisão. E sê tão constante em Meu amor que jamais o teu coração vacile, ainda que as espadas inimigas chovam sobre ti os seus golpes e todos, nos céus e na terra, se levantem contra ti.

Sê tu como uma chama de fogo para os Meus inimigos e um rio de vida eterna para os Meus amados, e não sejas dos que duvidam.

E se fores atingido por aflições no Meu caminho ou humilhado por Minha causa, nem por isso te perturbes.

Apoia-te em Deus, o teu Deus e o Senhor de teus pais. Pois os homens erram, nos caminhos da ilusão, destituídos de discernimento para ver Deus com os seus próprios olhos ou ouvir a Sua melodia com os seus próprios ouvidos. Assim é que se Nos afiguram, como tu também dás testemunho.

Assim as suas superstições tornaram-se véus entre eles e os seus próprios corações, afastando-os do caminho de Deus, o Excelso, o Grande.

Tem tu certeza de que, em verdade, quem se afastou desta Beleza afastou-se também dos Mensageiros do passado, e mostra orgulho para com Deus desde toda a eternidade e por toda a eternidade.

Aprende bem esta Epístola, ó Ahmad. Entoa-a durante os teus dias e não te abstenhas disso. Pois, verdadeiramente, Deus ordenou a quem a entoasse a recompensa de cem mártires e um serviço em ambos os mundos. Estes favores, Nós te concedemos por generosidade da Nossa parte e mercê da Nossa presença, para que tu sejas dos gratos.

Por Deus! Se alguém em aflição ou tristeza recitar esta Epístola com sinceridade absoluta, Deus banir-lhe-á o desgosto, resolverá as dificuldades e removerá as aflições.

Verdadeiramente, Ele é o Misericordioso, o Compassivo. Louvores a Deus, o Senhor de todos os mundos.

-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1326)
Epístola Do Fogo

Em nome de Deus, o Antiquíssimo, O de Suma Grandeza.

Em verdade, os corações dos sinceros consomem-se no fogo da separação: Onde está o fulgor da luz do Teu Semblante, ó Bem-Amado dos mundos?

Os que de Ti estão próximos foram abandonados nas trevas da desolação: Onde está o brilho do amanhecer da Tua reunião, ó Desejo dos mundos?

Os corpos dos Teus escolhidos jazem trémulos em areias longínquas: Onde está o oceano da Tua presença, ó Tu que encantas os mundos?

Mãos que anelam erguem-se ao céu da Tua graça e generosidade: Onde estão as chuvas das Tuas dádivas, ó Tu que respondes aos mundos?

Os infiéis levantaram-se em tirania por todos os lados: Onde está o predominante poder da Tua pena ordenadora, ó Tu que conquistas os mundos?

Retumba o ladrar dos cães em toda parte: Onde está o leão da floresta da Tua grandeza, ó Tu que punes os mundos?

A frieza apoderou-se de todos os homens: Onde está o ardor do Teu amor, ó Fogo dos mundos?

A calamidade alcançou o apogeu: Onde estão os sinais do Teu socorro, ó Salvação dos mundos?

A escuridão envolveu a maioria dos povos: Onde está a cintilação do Teu esplendor, ó Fulgência dos mundos?

Os pescoços dos homens estendem-se em malícia: Onde estão as espadas da Tua vingança, ó Destruidor dos mundos?

A degradação chegou às ínfimas profundezas: Onde estão os emblemas da Tua glória, ó Glória dos mundos?

Tristezas afligiram o Revelador do Teu Nome, o Todo-Misericordioso: Onde está o júbilo do Alvorecer da Tua Revelação, ó Deleite dos mundos?

A angústia sobreveio a todos os povos da terra: Onde estão as insígnias da Tua alegria, ó Júbilo dos mundos?

Tu vês que sugestões perversas encobrem o Lugar em que despontam os Teus sinais: Onde estão os dedos da Tua grandeza, ó Poder dos mundos?

Sede penosa afligiu todos os homens: Onde está o rio da Tua graça, ó Misericórdia dos mundos?

A avareza tornou cativa toda a humanidade: Onde estão aqueles que incorporam o desprendimento, ó Senhor dos mundos?

Tu vês este Injuriado solitário em exílio: Onde estão as hostes do céu do Teu mando, ó Soberano dos mundos?

Fui abandonado numa terra estranha: Onde estão os emblemas da Tua fidelidade, ó Fidedigno dos mundos?

As agonias da morte apoderaram-se de todos os homens: Onde surge o Teu oceano da vida eterna, ó Vida dos mundos?

Os sussurros de Satanás instilaram-se em cada criatura: Onde está o meteoro do Teu fogo, ó Luz dos mundos?

A embriaguez da paixão perverteu a maioria do género humano: Onde estão os alvoreceres da pureza, ó Desejo dos mundos?

Tu vês este Injuriado encoberto de tirania entre os sírios: Onde está o brilho da Tua alvorada, ó Luz dos mundos? Vês-Me proibido de falar: Donde surgirão as Tuas melodias, pois, ó Rouxinol dos mundos?

A maioria do povo envolve-se em fantasia e vãs imaginações: Onde estão os expoentes da Tua certeza, ó Segurança dos mundos?

Bahá afoga-se num mar de tribulação: Onde está a Arca da Tua salvação, ó Salvador dos mundos? Vês o Alvorecer de Tuas palavras, nas trevas da criação: Onde está o sol do céu da Tua graça, ó Tu que iluminas os mundos?

Extinguiram-se as lâmpadas da verdade e pureza, da lealdade e honra: Onde estão os sinais da Tua ira vingativa, ó Tu que moves os mundos?

Podes ver qualquer um que tenha defendido o Teu Ser, ou que pondere sobre aquilo que Lhe sobreveio no caminho do Teu amor? Agora a minha pena pára, ó Amado dos mundos.

Os ramos do Loto Divino jazem quebrados pelos vendavais impetuosos do destino: Onde estão as bandeiras do Teu socorro, ó Campeão dos mundos?

Esta Face está oculta no pó da calúnia: Onde estão as brisas da Tua compaixão, ó Misericórdia dos mundos?

O povo da desonra macula o manto sagrado: Onde está a vestimenta da Tua santidade, ó Tu que adornas os mundos?

O mar da graça aquietou-se por causa daquilo que as mãos dos homens cometeram: Onde estão as ondas da Tua generosidade, ó Desejo dos mundos?

A porta que conduz à Presença Divina está cerrada em virtude da tirania dos Teus inimigos: Onde está a chave do Teu favor, ó Tu que descerras os mundos?

As folhas amarelam diante dos ventos envenenadores da sedição: Onde estão os eflúvios das nuvens da Tua bondade, ó Tu que dispensas dádivas aos mundos?

O universo está obscurecido com o pó do pecado: Onde estão as brisas do Teu perdão, ó Tu que perdoas os mundos?

Este Jovem está solitário numa terra desolada: Onde está a chuva da Tua graça celestial, ó Tu que conferes bênçãos aos mundos?

Ó Pena Suprema, Nós temos ouvido o Teu dulcíssimo chamado ao reino eterno: Dá ouvidos àquilo que a Língua da Grandeza profere, ó Injuriado dos mundos!

Se não fosse o frio, como prevaleceria o calor das Tuas palavras, ó Expositor dos mundos?

Se não fosse a calamidade, como brilharia o sol da Tua paciência, ó Luz dos mundos?

Não lamentes por causa dos malévolos, Tu foste criado para tolerar e suportar, ó Paciência dos mundos.

Quão doce foi o Teu despontar no horizonte do Convénio, em meio aos instigadores da sedição, e o Teu anseio por Deus, ó Amor dos mundos.

Por Ti a bandeira da independência foi hasteada nos mais altos picos, e o mar da generosidade encapelou-se, ó Êxtase dos mundos.

Pela Tua solidão irradiou-se o Sol da Unicidade, e pelo Teu desterro a terra da unidade foi adornada. Sê paciente, ó Tu, o Exilado dos mundos.

Fizemos do rebaixamento o manto da glória, e da aflição o adorno do Teu templo, ó Orgulho dos mundos.

Tu vês que os corações estão cheios de ódio, e a Ti compete não levar isso em conta, ó Tu, Ocultador dos pecados dos mundos.

Quando as espadas cintilam, avança! Quando voam os dardos, segue avante! Ó Tu, Sacrifício dos mundos.

Lamentas Tu, ou deverei Eu lamentar? Antes, chorarei Eu por serem tão poucos os Teus defensores, ó Tu que causaste os lamentos dos mundos.

Verdadeiramente, tenho ouvido o Teu Chamado, ó Bem-Amado Todo-Glorioso; e agora a face de Bahá flameja com o calor da tribulação, e com o fogo da Tua palavra resplandecente, e Ele levantou-se em fidelidade no lugar do sacrifício, esperando o Teu beneplácito, ó Tu que ordenas os mundos!

Ó ‘Alí-Akbar, agradece ao teu Senhor por esta Epístola, donde podes inalar a fragrância da Minha humildade e saber o que Nos assediou no caminho de Deus, o Adorado de todos os mundos.

Se todos os servos lessem esta Epístola e sobre ela ponderassem, acender-se-ia nas suas veias um fogo que faria flamejar os mundos!

-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1327)
Epístola De Naw-Rúz

Louvado seja tu, ó meu Deus, por haveres ordenado o Naw-Rúz como um festival para aqueles que observaram o jejum por amor a Ti e se abstiveram de tudo o que Tu desaprovas. Permite, ó meu Senhor, que o fogo do Teu amor e o ardor causado pelo jejum por Ti prescrito, os inflamem em Tua Causa e os façam ocuparem-se com o Teu louvor e a Tua menção.

Desde que Tu os ornamentaste, ó meu Senhor, com o adorno do jejum prescrito por Ti, concede-lhes também o adorno da Tua aprovação, através da Tua graça e do Teu copioso favor. Pois todos os atos do homem dependem da Tua vontade e estão condicionados ao Teu mando. Se Tu considerasses alguém que interrompeu o jejum como se o tivesse observado, tal homem seria contado entre aqueles que desde a eternidade observam o jejum. E se decretasses que um observante do jejum o tivesse quebrado, essa pessoa seria incluída no número dos que macularam de pó as Vestes da Tua Revelação e se afastaram das águas cristalinas desta Fonte viva.

És Aquele através de Quem se ergueu a insígnia “Digno de louvor és Tu em Tuas obras” e se desfraldou o estandarte “Obedecido és Tu em Tuas ordens”. Torna conhecida aos Teus servos essa Tua posição, ó meu Deus, para que saibam ser a excelência de todas as coisas dependente da Tua autorização e da Tua palavra, e a virtude de todo o ato condicionada à Tua permissão e à Tua vontade, a fim de reconhecerem que as rédeas das atividades humanas se acham nas mãos da Tua aprovação e do Teu mandamento. Que isto lhes seja conhecido para que nada em absoluto os possa excluir da Tua Beleza, nestes dias em que o Cristo exclama: “Todo o domínio é Teu, ó Tu que geraste o Espírito”; e o Teu Amigo exclama: “Glória a Ti, ó Tu, o Mais Amado, pois desvelaste a Tua Beleza e inscreveste para os Teus eleitos o que os fará atingirem a sede da revelação do Teu Nome Supremo, através do qual lamentaram todos os povos exceto aqueles que se desprenderam de tudo, menos de Ti, e se voltaram para Ele, o Revelador do Teu próprio Ser e o Manifestante dos Teus atributos.”

Aquele que é o Teu Ramo e toda a Tua companhia, ó meu Senhor, quebraram hoje o seu jejum, após o terem observado nos recintos da Tua corte, em seu anseio de fazer o que Te apraz. Ordena-Lhe e a eles, e a todos os que entraram na Tua presença, nesses dias, todo o bem que destinaste no Teu Livro. Concede-lhes, então, o que seja de benefício, tanto nesta vida como na do além.

Tu és, em verdade, o Omnisciente, a Suma Sabedoria.

-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1328)
Epístola De Ridván

A Primavera Divina já veio, ó Pena Mais Excelsa, pois o Festival do Todo-Misericordioso aproxima-se rapidamente. Desperta e, perante a criação inteira, magnifica o nome de Deus e celebra o Seu louvor, de tal modo que todas as coisas criadas se regenerem e se façam novas. Fala; não guardes silêncio. O sol da beatitude brilha sobre o horizonte do Nosso nome, o Beatífico, porquanto o reino do nome de Deus ataviou-se com o adorno do nome do teu Senhor, o Criador dos céus. Levanta-te diante das nações da terra e arma-te com o poder deste Nome Supremo, e não sejas dos que tardam.

Parece-me que tens parado e não te moves sobre a Minha Epístola. Será que o brilho de Semblante Divino te ofuscou, ou que as vãs palavras dos refratários encheram de tristeza e paralisaram o teu movimento? Acautela-te para que nada te impeça de exaltar a grandeza deste Dia - o Dia em que o Dedo da majestade do poder abriu o selo do Vinho da Reunião e convocou todos aqueles que se acham nos céus e todos os que se acham na terra. Preferes tu tardar quando já soprou sobre ti a brisa que anuncia a Dia de Deus, ou és dos que estão excluídos d’Ele como se o fosse por um véu?

Não tenho permitido, ó Senhor de todos os nomes e Criador dos céus, que véu algum me excluísse do reconhecimento das glórias do Teu Dia - Dia este que é a lâmpada para guiar o mundo inteiro e o sinal do Ancião dos Dias para todos os que nele habitam. O meu silêncio é por causa dos véus que tornaram cegos para Ti os olhos das Tuas criaturas, e a minha mudez é devida aos obstáculos que têm impedido o Teu povo de reconhecer a Tua verdade. Tu sabes o que está em mim, mas eu não sei o que está em Ti. Tu és o Omnisciente, a Suma Sabedoria. Pelo Teu Nome, que supera todos os demais nomes! Se o Teu mando, que sobre tudo predomina e a tudo compele, alguma vez me atingisse, dar-me-ia o poder de ressuscitar as almas de todos os homens, através da Tua Palavra excelsa que ouvi pronunciada pela Tua língua de poder no Teu Reino de glória. Capacitar-me-ia para anunciar a revelação do Teu Semblante esplendoroso, através do qual o que jazia oculto dos olhos dos homens se tornou manifesto em Teu Nome, o Perspícuo, o soberano Protetor, O que subsiste por Si próprio.

Podes tu descobrir qualquer outro, senão Eu, ó Pena, neste Dia? Que sucedeu com a criação e as suas manifestações? E com os nomes e o seu reino? Aonde foram todas as coisas criadas, quer visíveis ou invisíveis? Que sucedeu com os segredos do universo e as suas revelações? Eis, a criação inteira passou! Nada resta senão a Minha Face, a Sempiterna, a Resplandecente, a Toda Gloriosa.

Este é o Dia em que nada pode ser visto a não ser os esplendores da Luz que irradia da face do teu Senhor, o Clemente, o Mais Generoso. Em verdade, fizemos cada alma expirar em virtude da Nossa soberania irresistível e predominante. Então chamámos para a existência uma criação nova, em sinal da Nossa graça aos homens. Sou, verdadeiramente, o Generosíssimo, o Ancião dos Dias.

Este é o Dia em que o mundo invisível exclama: “Grande é a tua ventura, ó terra, pois de ti foi feito o escabelo do teu Deus, e foste escolhida para ser o assento do Seu poderoso trono.” O reino da glória brada: “Oxalá pudesse a minha vida sacrificar-se por ti, pois Aquele que é o Bem-Amado do Todo-Misericordioso estabeleceu sobre ti a Sua soberania, através do poder do Seu Nome que foi prometido a todas as coisas, quer do passado, quer do futuro.” Este é o Dia em que cada coisa odorífera deriva a sua fragrância das Minhas vestes, as quais exalaram o seu perfume sobre toda a criação. Este é o Dia em que as águas torrenciais da vida eterna jorraram da Vontade do Todo-Misericordioso. Apressai-vos, de coração e alma, e sorvei até vos saciardes, ó Assembleia dos domínios do além!

Dize: Ele é Quem manifesta Aquele que é o Incognoscível, o Invisível dos Invisíveis - pudésseis vós apenas perceber isto. Ele é Quem expôs diante de vós a Jóia oculta e valiosa - fosseis vós buscá-la. É Aquele que é o único Bem-Amado de todas as coisas, quer do passado ou do futuro. Oxalá pudésseis a Ele prender os vossos corações e n’Ele pôr as vossas esperanças!

Ouvimos a voz do teu apelo, ó Pena, e perdoamos-te o silêncio. Que te tornou tão gravemente perplexa?

A intoxicação da Tua Presença, ó Bem-Amado de todos os mundos, enlevou-me e apoderou-se de mim.

Levanta-te e proclama à criação inteira as novas de que Aquele que é o Todo-Misericordioso dirigiu os passos para o Ridván e ali entrou. Guia o povo, pois, ao deleitável jardim que Deus fez o Trono do Seu Paraíso. Nós escolhemos-te para seres a Nossa mais poderosa Trombeta, cujo toque há de assinalar a ressurreição de toda a humanidade.

Dize: Este é o Paraíso sobre cuja folhagem o vinho da expressão imprimiu este testemunho: “Quem estava oculto dos homens revelou-se, cingido de soberania e poder!” Este é o Paraíso, o farfalhar de cujas folhas proclama: “Ó vós que habitais os céus e a terra! Apareceu o que jamais havia aparecido. Aquele que, desde a eternidade, ocultara a Sua Face da vista da criação, veio agora.” Do sussurrar da brisa que sopra entre os seus ramos, surge a exclamação: “Aquele que é o Senhor soberano de todos, torna-se manifesto. O Reino é de Deus.” Enquanto das águas que aí manam, se pode ouvir o murmúrio: “Todos os olhos se alegram, pois Aquele que por ninguém foi visto, cujo segredo jamais se descobriu, levantou o véu da Glória e desvelou o semblante da Beleza.”

Dentro deste Paraíso, e das alturas dos seus mais sublimes aposentos, exclamaram as Donzelas do Céu: “Regozijai-vos, vós que habitais os reinos do além, pois os dedos d’Aquele que é o Ancião dos Dias tocam o Sino Excelso, em nome do Todo-Glorioso, no próprio coração dos céus. As mãos da generosidade ofereceram o cálice da vida eterna. Aproximai-vos e sorvei até vos saciardes. Apreciai o sabor, ó vós que sois as próprias encarnações do anelo, vós que sois as personificações do desejo veemente!”

Este é o Dia em que o Revelador dos nomes de Deus saiu do Tabernáculo da Glória e proclamou a todos os que estão nos céus e a todos os que se acham sobre a terra: “Guardai os cálices do Paraíso e todas as águas vivificadoras neles contidas, pois eis, o povo de Bahá entrou na morada beatífica da Presença Divina e sorveu o vinho da reunião, do cálice da beleza do seu Senhor, o Possuidor de tudo, o Altíssimo.”

Esquece-te do mundo da criação, ó Pena, e volve-te para a face do teu Senhor, o Senhor de todos os nomes. Embeleza, então, o mundo com o ornamento dos favores do teu Senhor, o Rei dos dias eternos. Pois percebemos a fragrância do Dia em que Aquele, o Desejo de todas as nações, irradiou sobre os reinos do invisível e do visível o esplendor da luz dos Seus mais excelentes nomes, envolvendo-os na fulgência dos luminares dos Seus mais generosos favores - favores que ninguém pode estimar, salvo Ele, o Omnipotente Protetor da criação inteira.

Não contemples as criaturas de Deus, a não ser com os olhos da benevolência e da mercê, pois a Nossa terna Providência abrangeu todas as coisas criadas e a Nossa graça cingiu a terra e os céus. Este é o Dia em que os verdadeiros servos de Deus participam das águas vivificadoras da reunião, o Dia em que aqueles que estão próximos d’Ele podem sorver do suave rio da imortalidade, e os que creem na Sua unidade, do vinho da Sua Presença, através do seu reconhecimento d’Aquele que é o Alvo Supremo e Final de todos, em Quem a Língua da Majestade e Glória pronuncia o chamado: “Meu é o Reino. Eu próprio sou, em virtude de direito Meu, o seu Governante.”

Atrai os corações dos homens, através do chamado d’Aquele que é o único Bem-Amado. Dize: Esta é a Voz de Deus - se apenas escutardes. Este é o Amanhecer da Revelação de Deus - se apenas o soubésseis. Este é o Lugar donde raiou a Causa de Deus - fosseis reconhecê-lo. Esta é a Origem do mandamento de Deus - se apenas pudésseis julgar com equidade. Este é o Segredo manifesto e oculto; Oxalá o pudésseis perceber. Ó povos do mundo! Em Meu nome, o qual transcende

-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1329)
Epístola Do Sagrado Marinheiro

*Estudai a Epístola do Sagrado Marinheiro a fim de que possais conhecer a verdade, e tende em conta que a Abençoada Beleza predisse plenamente os eventos futuros. Estejam acautelados os dotados de perceção!

*—‘Abdu’l-BaháEle é o Benévolo, o Bem-Amado! Ó Sagrado Marinheiro!

Ordena à tua arca da eternidade que apareça ante a Assembleia Celestial,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Lança-a sobre o mar antigo em Seu Nome, o Mais Maravilhoso,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E deixa os espíritos angélicos entrarem em Nome de Deus, o Altíssimo.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Levanta-lhe as âncoras, então, para que singre no oceano de glória;

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Quiçá os seus ocupantes possam alcançar os abrigos da proximidade no reino eterno.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Ao alcançar o litoral sagrado, a praia dos mares carmesins,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Ordena-lhes que saiam e atinjam esta posição etérea e invisível,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Uma posição na qual o Senhor apareceu, no Fogo da Sua Beleza, dentro da árvore imorredoura;

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Na qual as personificações da Sua Causa se purificaram do ego e da paixão;

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Em cujo redor o Moisés da Glória, de facto, circunda com as hostes sempiternas;

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Na qual a Mão de Deus Se estendeu de dentro das Suas vestes de Grandeza;

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Na qual a arca da Causa permanece imóvel, mesmo que aos seus ocupantes se declarem todos os atributos divinos.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Ó Marinheiro! Ensina os que estão dentro da arca aquilo que Nós te ensinámos atrás do véu místico,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!
Quiçá não se detenham no sagrado lugar alvíssimo,
Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Mas, sim, elevem-se nas asas do espírito àquela posição que o Senhor exaltou acima de toda a menção nos mundos inferiores,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Voem pelo espaço assim como as aves favoritas no domínio da reunião sempiterna,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!
E conheçam os mistérios ocultos nos Mares de luz.
Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Eles ultrapassaram os graus das limitações mundanas e alcançaram o da unidade divina, o centro da guia celestial.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Eles quiseram ascender àquela condição que o Senhor ordenou estar acima das suas posições.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Então o meteoro abrasador expulsou-os da companhia dos que habitam no Reino da Sua Presença,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E ouviram a Voz da Grandeza a erguer-se por detrás do pavilhão invisível no Ápice de Glória:

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Ó anjos guardiões! Fazei-os voltar à sua morada no mundo inferior,”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Pois intentaram elevar-se à esfera jamais alcançada pelas asas de um pombo celestial;”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Na qual o barco da ilusão não se pode mover e nem os dotados de perceção compreendem.”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Nisso a donzela celestial olhou de dentro do seu excelso aposento,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E com a sua fronte acenou para a Assembleia Celestial,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Inundando o céu e a terra com a luz do seu semblante;

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E ao irradiar o brilho da sua beleza sobre o povo do pó,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!
Todos os seres vibraram nas suas tumbas mortais.
Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Ela, então, ergueu o chamado que, em toda a eternidade, jamais alcançara nenhum ouvido,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E assim proclamou: “Pelo Senhor! Aquele cujo coração não possui a fragrância de amor ao excelso e glorioso Jovem Árabe,”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“De modo algum pode ascender à glória do mais alto céu.”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Então chamou à sua presença uma donzela dentre as suas servas,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E ordenou-lhe: “Das mansões da eternidade, desce ao espaço,”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“E volve-te àquilo que eles ocultam no mais recôndito dos seus corações.”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Se inalares o perfume do manto do Jovem que foi oculto dentro do tabernáculo de luz devido àquilo que as mãos dos perversos cometeram,”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Ergue um brado dentro de ti, para que todos os moradores dos aposentos do Paraíso, que são as personificações da riqueza eterna, possam escutar e compreender;”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Para que desçam todos dos seus aposentos eternos e tremam,”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“E se beijem as mãos e os pés por se terem elevado às alturas da fidelidade;”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Quiçá possam sorver dos seus mantos a fragrância do Bem-Amado.”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Então o semblante da donzela predileta resplandeceu sobre os aposentos celestiais assim como a luz que da face do Jovem irradia sobre o Seu templo mortal;

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Desceu ela então com tal adorno que os céus, e tudo o que neles há, se iluminaram.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Ela pôs-se em movimento e nas terras da santidade e da grandeza tudo perfumou.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Quando alcançou aquele local, ergueu-se à sua plena estatura no mais recôndito âmago da criação,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E buscou inalar a fragrância deles num tempo que não conhece nem começo nem fim.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Não achou neles aquilo que de facto queria, e isto, veramente, é apenas um dos Seus relatos maravilhosos!

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Ela então clamou em alta voz, pranteou, e regressou à sua própria posição dentro da sua mais sublime mansão,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E daí pronunciou uma palavra mística, sussurrada secretamente pela sua língua melíflua,

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E ergueu o brado em meio à Assembleia Celestial e às donzelas imortais do céu:

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Pelo Senhor! Não senti nesses pretendentes indignos a brisa da Fidelidade!”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

“Pelo Senhor! O Jovem permaneceu só e desamparado na terra do exílio, nas mãos dos ímpios.”

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Ela então emitiu dentro de si tal clamor que fez a Assembleia Celestial gritar e estremecer,

Glorificado seja meu Senhor, o Todo-Glorioso!

E caiu sobre o pó e rendeu o espírito. Parece que foi chamada e atendeu Àquele que a convocou ao Reino do Alto.

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Glorificado seja Ele que a criou da essência do amor no mais recôndito âmago do Seu excelso paraíso!

Glorificado seja o meu Senhor, o Todo-Glorioso!

Então as donzelas do céu, cujo semblante nenhum habitante do altíssimo paraíso jamais contemplara, apressaram-se a sair dos seus aposentos.

Glorificado seja o nosso Senhor, o Altíssimo!

Todas se reuniram ao redor dela e, eis! Acharam o seu corpo caído no pó;

Glorificado seja o nosso Senhor, o Altíssimo!

E quando contemplaram o estado dela e compreenderam uma palavra do relato do Jovem, então descobriram-se, rasgaram-se as vestes, golpearam-se os rostos, perderam a alegria, derramaram lágrimas e castigaram-se as faces; e esta é veramente uma das misteriosas aflições atrozes.

Glorifi
-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1330)
Epístola De Visitação Do Báb E Bahá'u'lláh

Esta Epístola é lida nos Sepulcros de Bahá’u’lláh e do Báb. Também é usada frequentemente na comemoração dos Seus aniversários, porém não está restrita apenas a estas ocasiões. Os amigos podem fazê-las todas as vezes que assim o desejarem.O Louvor que raiou do Teu augustíssimo Ser e a glória que brilhou da Tua mais fulgurante Beleza, repousem sobre Ti, ó Tu que és a Manifestação da Grandeza, o Rei da Eternidade e o Senhor de todos os que estão no céu e na terra! Dou testemunho de que pelo Teu intermédio foram revelados a soberania de Deus e o Seu domínio, e a majestade de Deus e a Sua grandeza; que os Sóis de antigo esplendor reluziram no céu do Teu irrevogável decreto, e a Beleza do Invisível brilhou sobre o horizonte da criação. Com apenas um movimento da Tua Pena - testifico ainda - foi executado o Teu mandamento: Sê Tu, e divulgado o Segredo oculto de Deus, e todas as coisas criadas foram chamadas para a existência, e todas as Revelações desceram do alto.

Dou testemunho, ainda, de que a beleza do Ser Adorado se revelou através da Tua beleza, e a face do Desejado se irradiou através da Tua face, e, por uma palavra Tua, julgaste entre todas as coisas criadas, fazendo os Teus devotos ascenderem ao cume da glória e os infiéis caírem no mais baixo dos abismos.

Quem Te conheceu - dou testemunho - conheceu a Deus, e quem atingiu a Tua presença atingiu a presença de Deus. Grande, pois, é a felicidade de quem acreditou em Ti e nos Teus sinais, se humilhou perante a Tua soberania, alcançou a honra do Teu encontro, atingiu a aprovação da Tua vontade, de Ti se aproximou, ao Teu redor se moveu, e ante o Teu trono se apresentou. E infeliz quem transgrediu contra Ti e Te negou, repelindo os Teus sinais, desafiando a Tua soberania e levantando-se contra Ti; quem se tornou orgulhoso ante a Tua face e discutiu os Teus testemunhos, fugindo do Teu domínio e mandato, e sendo incluído no número dos infiéis cujos nomes foram inscritos pelos dedos do Teu mando sobre as Tuas santas Epístolas.

Que os santos sopros dos Teus favores, ó meu Deus e meu Bem-Amado, me sejam emitidos da mão direita da Tua misericórdia e da Tua benevolência, para que me desprendam de mim mesmo e do mundo, e me levem às cortes da Tua proximidade e da Tua presença. Potente és Tu para fazer o que Te apraz. Eras, verdadeiramente, e és supremo sobre todas as coisas.

Que sobre Ti repousem a lembrança de Deus e o Seu louvor, e a glória de Deus e o Seu brilho, ó Tu que és a Sua Beleza! Atesto que jamais os olhos da criação contemplaram um ser tão injuriado quanto Tu. Durante todos os dias da Tua vida, estiveste imerso num oceano de angústias; num tempo, acorrentado em grilhões; noutro, ameaçado pela espada dos Teus inimigos. No entanto, a despeito de tudo isso, exortaste todos os homens a observarem o que Te fora prescrito por Aquele que é o Omnisciente, a Suprema Sabedoria.

Seja o meu espírito um sacrifício pelas injustiças por Ti sofridas, e a minh’alma um resgate pelas adversidades que sustentaste. Suplico a Deus, por Ti e por aqueles cujas faces foram iluminadas pelos esplendores da luz do Teu semblante - aqueles que observaram, por amor a Ti, tudo o que lhes fora mandado - suplico que Ele remova os véus interpostos entre Ti e as Tuas criaturas e me conceda o bem deste mundo e do vindouro. És, em verdade, o Omnipotente, o Excelso, o Todo-Glorioso, a Eterna Clemência, o Mais Compassivo.

Abençoa Tu, ó Senhor meu Deus, a Árvore Divina e as suas folhas e os seus galhos e os seus ramos e as suas vergônteas e os seus renovos, enquanto durarem os Teus mais excelentes títulos e persistirem os Teus augustíssimos atributos. Protege-a, então, do dano proveniente do agressor e das hostes da tirania. Tu és, em verdade, o Omnipotente, o Mais Poderoso. E abençoa também, ó Senhor meu Deus, os Teus servos e as Tuas servas que atingiram a Tua Presença. És, verdadeiramente, o Todo-Generoso cuja graça é infinita. Nenhum outro Deus há salvo Tu, O que sempre perdoa, a Suma Bondade.

-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1331)

Epístola De Visitação Da Esposa De Bahá'u'lláh - Navváb

Ó fiéis! Fôsseis vós visitar o lugar de descanso da Folha Mais Sublime, que ascendeu à Gloriosa Companhia, ficai em pé e dizei:Saudação e bênçãos e glória estejam sobre ti, ó Folha Sagrada que tiveste origem da Divina Árvore do Lótus! Dou testemunho que tu acreditaste em Deus e nos Seus sinais, e respondeste ao Seu Chamado, e te volveste a Ele, e permaneceste firme à Sua corda, e te seguraste com firmeza à orla da Sua graça, e abandonaste o teu lar em Seu caminho, e escolheste viver como uma desconhecida, pelo amor à Sua presença e no teu desejo em servi-Lo. Possa Deus ter misericórdia daquele que se aproximar de ti, e se lembrar de ti através daquilo que a Minha Pena revelou, nesta mais alta posição. Rogamos a Deus que Ele possa perdoar-nos, e perdoar todos aqueles que se voltaram a ti, e conceder-lhes os seus desejos e conferir-lhes, através da Sua graça magnífica, tudo o que eles almejaram. Louvor a Deus, Ele que é o Desejo de todos os mundos e o Amado de todos que O reconheceram.

Feliz quem te mencionou, e procurou o teu bel-prazer, e se humilhou diante de ti, e se segurou firmemente à corda do teu amor. Desditado aquele que negar a tua exaltada posição, e as coisas ordenadas a ti por Deus, o Senhor de todos os nomes, e aquele que se desviou de ti, e rejeitou a tua posição perante Deus, o Senhor do poderoso trono.

-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1332)

Epístola De Visitação Do Ramo Mais Puro - Mírzá Míhdi

Abençoado és tu e abençoado é aquele que se volve a ti e visita o teu sepulcro, e através de ti se aproxima de Deus, o Senhor de tudo o que foi e será... Testifico que meigamente retornaste à tua morada. Grande é a tua bem-aventurança e a bem-aventurança daqueles que se seguram à orla das tuas vestes. ... Tu, em verdade, és o fideicomissário de Deus e o Seu tesouro nesta terra. Em breve, Deus revelará através de ti o que Ele desejar. Ele, realmente, é a Verdade, o Conhecedor das coisas invisíveis. Quando foste entregue ao teu descanso terreno, a própria terra tremeu na sua ânsia em te encontrar. Assim foi decretado, e, ainda assim, o povo não percebe.

... Fôssemos relatar os mistérios da tua ascensão, os adormecidos despertariam e todos os seres se incendiariam com o fogo da lembrança do Meu Nome, o Poderoso, o Amoroso.

-Bahá'u'lláh
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Epístolas (#1322)
Epístola De Visitação De 'Abdu'l-Bahá

Quem recitar esta oração (É lida no Seu Sepulcro e, também, utilizada como prece particular) com humildade e fervor trará alegria e contentamento ao coração deste Servo; será como se, na realidade, se encontrasse com Ele, face a face.Ele é o Todo-Glorioso!

Ó Deus, meu Deus! Humilde e em lágrimas, levanto as mãos suplicantes a Ti, e cubro a minha face no pó desse Teu Limiar, o qual está elevado além do conhecimento do sábio, acima do louvor de todos os que Te glorificam. Bondosamente dirige ao Teu servo, humilde e submisso à Tua porta, o olhar da Tua misericórdia, e imerge-o no Oceano da Tua graça eterna.

Senhor! Ele é um pobre, humilde servo Teu, extasiado, implorando-Te, cativo em Tuas mãos, rogando-Te fervorosamente, pondo em Ti a sua inteira confiança, em prantos na Tua Presença, invocando-Te e pedindo nestas palavras:

Ó Senhor, meu Deus! Concede-me a Tua graça, para que eu possa servir os Teus bem-amados; fortalece-me no Teu serviço. Que a minha fronte se ilumine com a luz de adoração em Tua santa corte e de súplica ao Teu reino de grandeza. Que o meu ego se esvaeça, com a Tua ajuda, à entrada celestial da Tua porta, e eu me desprenda de tudo dentro das Tuas santas plagas. Senhor! Do cálice da abnegação, permite-me sorver; com as suas vestes, adorna-me; no seu oceano, imerge-me. Faze-me como pó no caminho dos Teus bem-amados, e permite que eu ofereça a minh’alma em holocausto pela terra que as pegadas dos Teus eleitos no Teu caminho enobreceram, ó Senhor de Glória nas Supremas Alturas!

Com esta prece o Teu servo invoca-Te ao alvorecer e à noite. Satisfaze o desejo do seu coração, ó Senhor! Ilumina o seu coração e alegra a sua alma. Acende esta lâmpada em serviço à Tua Causa e aos Teus servos.

Tu és o Dispensador de Graças, o Compassivo, o Generosíssimo, o Benévolo, o Clemente, o Misericordioso.

-`Abdu'l-Bahá
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