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(c) 2007 Todos os direitos em português reservados para: EDITORA Bahá'í DO BRASIL Caixa Postal 1085 13800-973 - Mogi Mirim - SP www.editorabahaibrasil.com.br ISBN: 978-85-320-0162-7 1a Edição: 2007 Tradução: (salvo textos publicados anteriormente) · Leonora Armstrong: Música · Maria Trude Alves: Artes; Artes e Ofícios · Osmar Mendes: Poetas; Escritores; Humor e Risos; Tradutores; Arquitetura; Profissões Revisão: Coordenação Nacional Bahá'í de Tradução e Revisão do Brasil Capa: Gustavo Pallone de Figueiredo Impressão: Prisma Printer Gráfica e Editora Ltda., Campinas - SP CONTEÚDO ARTES I. Aprendendo uma Arte II. A Fonte da Arte III. O Desenvolvimento Futuro das Artes IV. Orientações para Artistas Bahá'ís MÚSICA I. Dos Escritos de Bahá'u'lláh II. Dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá III. De Palestras de 'Abdu'l-Bahá IV. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi POETAS I. Guia aos Poetas II. Orações e Epístolas aos Poetas ESCRITORES I. Dos Escritos de Bahá'u'lláh II. Dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi IV. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça V. De uma Carta Escrita pela Editora Bahá'í do Brasil HUMOR E RISOS I. Dos Escritos de Bahá'u'lláh II. Dos Escritos e Palestras de 'Abdu'l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça Apêndice. Fé e Humor, Uma Explanação TRADUTORES I. Dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá II. De uma Palestra de 'Abdu'l-Bahá III. De um Escrito de Shoghi Effendi IV. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi V. De Cartas Escritas pela Casa Universal de Justiça VI. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça VII. De um Memorândum Escrito em Nome da Casa Universal de Justiça VIII. Do Livro "A Pérola Inestimável" ARQUITETURA I. Dos Escritos de Bahá'u'lláh II. Dos Escritos e Palestras de 'Abdu'l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi IV. De uma Carta Escrita pela Casa Universal de Justiça V. De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça PROFISSÕES I. Artistas e Pintores II. Artesãos III. Médicos IV. Comerciantes V. Músicos VI. Juízes VII. Professores ARTES E OFÍCIOS I. Dos Escritos de Bahá'u'lláh II. Dos Escritos e Palestras de 'Abdu'l-Bahá III. De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi Referências Bibliografia ARTES COMPILADO PELO CORPO CONTINENTAL DE CONSELHEIROS PARA A EUROPA I - Aprendendo uma Arte Dos Escritos de Bahá'u'lláh 1. As artes, ofícios e ciências elevam o mundo do ser e conduzem à sua exaltação. O conhecimento é como asas para a vida do homem; é como uma escada pela qual ele possa ascender. Incumbe a cada um adquiri-lo. Deve-se, porém, adquirir o conhecimento das ciências que possam prestar benefícios aos povos da Terra e não daquelas que por meras palavras começam e assim também terminam. ... Na realidade, o conhecimento é um verdadeiro tesouro para o homem; é para ele uma fonte de glória, de graça, de júbilo e exaltação, de alegria e contentamento. Feliz é o homem que a ele segura-se firmemente, e infelizes os desatentos. Epístola ao Filho do Lobo, pp. 42-43 2. Ó Meus Servos! Sois as árvores de Meu jardim; deveis dar frutos belos e maravilhosos, para que vós e outros sejam por eles beneficiados. Assim compete a cada um ocupar-se em ofícios ou profissões, pois o segredo da riqueza está nisso, ó homens de compreensão! Resultados dependem de meios e a graça de Deus vos será toda-suficiente. Árvores infrutíferas sempre foram e serão destinadas ao fogo. As Palavras Ocultas, do Persa, nº 80, p. 168 3. O quinto Taráz concerne à proteção e preservação dos graus dos servos de Deus. Não se deve deixar de levar em conta a verdade de qualquer assunto; antes, deve-se dar expressão àquilo que seja certo e verídico. O povo de Bahá a nenhuma alma deve negar a recompensa que lhe é devida, deve tratar com deferência os artífices e de modo diferente do povo de outrora, não deve macular suas línguas com injúrias. Neste Dia, o sol dos ofícios brilha acima do horizonte ocidental e o rio das artes mana do mar dessa região. Deve-se falar com eqüidade e apreciar essa graça. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 47 4. No início de todo empreendimento, convém se olhar para seu fim. Fazei as crianças estudarem - entre todas as ciências e letras - aquelas que resultarão em vantagem para o homem, lhe assegurando o progresso e elevando o grau. Assim serão dissipados os nocivos odores da inobservância da lei, e assim, através dos altos esforços dos líderes das nações todos viverão amparados, seguros e em paz. Diz o Grande Ser: Os eruditos do dia devem orientar o povo, para que adquira aqueles ramos de conhecimento que sejam úteis, de modo que tanto os próprios eruditos como os homens em geral, possam disso derivar benefícios. Epístolas de Bahá'u'lláh, pp. 187-188 5. O propósito do conhecimento deve ser a promoção do bem-estar dos povos, isto pode ser alcançado através das artes. Foi revelado, e agora é repetido, que o verdadeiro valor dos artistas e artesãos deve ser apreciado, pois eles promovem o progresso nos assuntos da humanidade. Assim como a base da religião é firmemente estabelecida através da Lei de Deus, os meios para o sustento dependem daqueles que se ocupam com as artes e ofícios. O verdadeiro conhecimento é aquele que conduz ao bem-estar do mundo e não ao orgulho e à vaidade, ou à tirania, à violência e ao roubo. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 6. Abençoados aqueles que têm fixado seu olhar no reino da glória e têm seguido os mandamentos do Senhor dos Nomes. Abençoado é aquele que nos dias de Deus se ocupa com as artes. Esta é uma graça de Deus, pois nesta Mais Poderosa Dispensação é aceitável aos olhos de Deus que todo homem se ocupe com uma profissão que o livre de depender da caridade. O trabalho de todo artesão é considerado como adoração. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 7. Um dos nomes de Deus é o Modelador. Ele ama a arte. Portanto, qualquer de Seus servos que manifeste este atributo é aceitável aos olhos deste Injustiçado . O artesanato é um livro dentre os livros das ciências divinas e um tesouro entre os tesouros de Sua sabedoria celestial. Este é um conhecimento que faz sentido, pois algumas das ciências nascem de palavras e terminam em palavras. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 8. Permita Deus que te esforces ao máximo para adquirir perfeições, assim como perícia em um ofício. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 9. O Deus único e verdadeiro, exaltado seja, ama contemplar trabalhos de suma destreza realizados por Seus amados. Abençoado sejas, pois o que tua habilidade tem produzido atingiu a presença de teu Senhor, o Exilado, o Injuriado. Queira Deus que a cada um de Seus amigos lhes seja permitido aprender uma das artes e que sejam confirmados em sua adesão ao que foi ordenado no Livro de Deus, o Todo-Glorioso, o Onisciente. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 10. Quanto ao que a Pena Suprema previamente prescreveu, sua razão é que, em toda a arte e ofício, Deus ama a mais elevada perfeição. Educação Bahá'í: uma Compilação, p. 18 DOS ESCRITOS DE 'Abdu'l-Bahá 11. Embora a aquisição das ciências e das artes seja a maior glória da humanidade, isso só será verdade caso o rio do homem venha a desaguar no poderoso mar, e retire, do antigo manancial de Deus, Sua inspiração. Quando isso acontece, então cada professor é como um oceano sem limites, e cada aluno é fonte pródiga de conhecimento. Portanto, se a busca do conhecimento conduzir à beleza dAquele que é o Objeto de todo o Conhecimento, quão excelente é tal meta; mas se assim não ocorrer, uma mera gota talvez possa excluir o homem da graça transbordante, pois com a erudição vêm a arrogância e o orgulho, e isso leva ao erro e à indiferença para com Deus. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pp. 98-99 12. Observai cuidadosamente como a educação e as artes de civilização trazem honra, prosperidade, independência e liberdade a seu povo. O Segredo da Civilização Divina, p. 131 13. É por esta razão que, neste novo ciclo, a educação e a instrução estão inscritas no Livro de Deus como sendo obrigatórias, e não como voluntárias. Isto é, ao pai e à mãe impõe-se, como um dever, envidar todos os esforços para dar instrução à filha e ao filho, para nutri-los do seio do conhecimento e criá-los no regaço das ciências e das artes. Se negligenciarem esse assunto, terão de prestar contas, e serão dignos de reprovação na presença do austero Senhor. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 114 14. Ó Deus, ó Tu que lançaste o Teu esplendor sobre as luminosas realidades dos homens, derramando sobre eles as luzes resplandecentes do conhecimento da guia, que os escolhestes dentre todas as coisas criadas para esta graça excelsa, que os fizeste abarcar todas as coisas, compreender sua essência mais íntima e desvendar seus mistérios, trazendo-os das trevas para o mundo visível! "Verdadeiramente, Ele manifesta a Sua mercê especial a quem quer que Ele deseje!"(1) (1) Alcorão 3:67. Ó Senhor, ajuda os Teus amados na aquisição do conhecimento, das ciências e das artes, e na descoberta dos segredos que se encontram entesourados na mais íntima realidade de todos os seres criados. Faz com que aprendam as verdades ocultas que estão inscritas e entesouradas no âmago de tudo o que existe. Faz com que sejam insígnias de guia entre todas as criaturas e raios penetrantes da mente derramando a sua luz nesta "primeira vida".(2)(*) Faz deles condutores até ti, guias para o Teu caminho, mensageiros exortando os homens para o Teu Reino. (2) Alcorão 56:62. (*) Em uma Epístola, 'Abdu'l-Bahá explica tratar-se de uma referência à vida neste mundo, pois a mesma é distinta da vida após a morte. Verdadeiramente, Tu és o Poderoso, o Protetor, o Forte, o Defensor, o Grande, o Mais Generoso. Ó Companhia de Deus! Para cada coisa criada a Antiga Soberania determinou uma perfeição própria, uma virtude particular e uma especial excelência, de modo que, cada uma no seu grau, possa se tornar um símbolo revelando a sublimidade do verdadeiro Educador do gênero humano e para que, cada uma, tal como um espelho cristalino, possa manifestar a graça e o esplendor do Sol da Verdade. E, dentre todas as criaturas, Ele escolheu o homem para lhe conceder a Sua mais maravilhosa dádiva, e fez com que ele alcançasse as bênçãos da Companhia no alto. A mais preciosa dádiva é atingir Sua guia infalível, de modo que a mais íntima realidade da humanidade venha a ser como um nicho para guardar esta lâmpada; e, quando os esplendores desta luz incidem sobre o brilhante cristal do coração, a pureza do coração faz com que os raios cintilem ainda mais intensamente do que antes e resplandeçam gloriosamente nas mentes e nas almas dos homens. A obtenção da suprema orientação está na dependência do conhecimento e da sabedoria, e em estar-se informado quanto aos mistérios das Palavras Sagradas. Por este motivo, devem os amados de Deus, sejam eles jovens ou idosos, homens ou mulheres, cada qual seguindo suas aptidões, empenharem-se na aquisição dos vários ramos do conhecimento e ampliarem a sua compreensão dos mistérios dos Livros Sagrados e sua habilidade em dominar as provas e evidências divinas. O eminente Sadru's-Sudúr,(**) que, verdadeiramente, atingiu uma posição extremamente elevada nos Retiros do Paraíso, foi quem inaugurou a reunião de ensino. Ele foi a primeira alma abençoada a assentar o alicerce desta momentosa instituição. Louvado seja Deus. No decurso de sua vida ele educou pessoas que hoje são fortes e eloqüentes defensores do Senhor Deus, discípulos que são, verdadeiramente, descendentes puros e espirituais deste que tão perto chegou do Santo Limiar. Depois de seu passamento, alguns abençoados indivíduos tomaram medidas para perpetuar o seu trabalho de ensino, e, quando soube disto, o coração deste Cativo regozijou-se. (**) Um distinto crente iraniano que criou as primeiras aulas para instrução de professores Bahá'ís. Nestes dias, do mesmo modo, peço intensamente que os amigos de Deus envidem todo esforço, na medida de suas capacidades, nesta direção. Quanto mais arduamente lutarem por ampliar a extensão de seu conhecimento, melhor e mais gratificante será o resultado. Que os amados de Deus, sejam eles jovens ou idosos, homens ou mulheres, cada qual de acordo com suas aptidões, se levantem e não poupem esforços na aquisição dos vários ramos existentes do conhecimento, tanto espirituais como seculares, e das artes. Sempre que se reunirem em seus encontros, que a sua conversação se restrinja a assuntos eruditos e à informação sobre o conhecimento e as ciências da atualidade. Se assim o fizerem, inundarão o mundo com a Luz Manifesta e transformarão esta terra de pó em jardins do Reino da Glória. Educação Bahá'í, pp. 23-25 15. Toda pessoa deve ter uma ocupação, um ofício ou uma arte, para que possa levar a carga de outra pessoa e não ser ele mesmo uma carga para os demais. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 16. Tu escreveste a respeito de teu encontro com... Ele [também] escreveu que deseja te ensinar um oficio e mostra afeto e consideração para contigo. Suplicamos a Deus que este propósito possa ser alcançado e que aprendas esta habilidade, pois de acordo com os decretos divinos, toda pessoa deve adquirir um ofício. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 17. Ele deve estudar todos os dias, da manhã até o meio-dia para que possa aprender a ler e a escrever. Do meio-dia até aproximadamente o pôr-do-sol, deveria aprender um ofício. As crianças devem aprender a ler e a escrever e a adquirir uma arte ou habilidade. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 18. ... de acordo com os ensinamentos divinos a aquisição de ciências e o aperfeiçoamento nas artes são considerados atos de adoração. Se o homem ocupar-se na aquisição da ciência ou no aprimoramento da arte com todo o seu poder, será como se estivesse adorando a Deus em igrejas e templos... Qual graça maior que a ciência ser considerada ato de adoração e a arte como serviço ao Reino de Deus? Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 130 19. Ó tu servo do Deus Uno e Verdadeiro! Nesta dispensação universal a maravilhosa faculdade inventiva do homem é aceita como adoração à Beleza Resplandecente. Considera que favor e bênção é o engenho humano ser tido como adoração! Nos tempos antigos acreditava-se que tais habilidades não passavam de ignorância, ou até mesmo que eram uma desgraça que impedia o homem de aproximar-se de Deus. Considera tu, agora, como suas infinitas graças e abundantes favores converteram o fogo infernal em paraíso, e um monte de pó escuro em jardim luminoso. Compete aos artífices do mundo a cada minuto ofertarem mil sinais de gratidão no Limiar Sagrado, e esforçarem-se com o máximo empenho, e diligentemente seguir em suas profissões, para que seus esforços possam criar a maior beleza e perfeição ante os olhos de todos os homens. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pp. 130-131 20. Ó vós, pequeninas crianças Bahá'ís, vós que buscais verdadeira compreensão e conhecimento! O ser humano distingue-se do animal de várias maneiras. Antes de mais nada ele é feito à imagem de Deus, à semelhança da Luz Suprema; assim como diz a Tora: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança."(3) Essa imagem divina representa todas as qualidades da perfeição, cujas luzes, emanadas do Sol da Verdade, iluminam a realidade dos homens, e estão entre os atributos perfeitos encerrados na sabedoria e no conhecimento. Deveis, pois, fazer vigoroso esforço, trabalhando dia e noite, sem descansar um momento sequer, a fim de adquirirdes abundante porção de todas as ciências e artes, para que assim a Imagem Divina, que irradia-Se do Sol da Verdade, ilumine o espelho dos corações dos homens. (3) Gênesis 1:26. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 126 21. Encorajai as crianças, desde os primeiros anos, a dominar toda espécie de conhecimento, a fazei-as ansiosas por se tornarem hábeis em todas as artes com o propósito de que através da graça favorecedora de Deus, o coração de cada uma se torne como um espelho revelando os segredos do universo, penetrando na mais íntima realidade de todas as coisas; e que cada uma obtenha fama mundial em todos os ramos do conhecimento, da ciência e das artes. Educação Bahá'í, pp. 43-44 22. Portanto, ó bem-amados de Deus! Envidai vigoroso esforço até que vós próprios simbolizeis esse progresso e todas essas confirmações, e vos torneis centros focais das bênçãos de Deus, auroras da luz de Sua unidade, promotores das dádivas e graças da vida civilizada. Sede nessa terra as vanguardas das perfeições da humanidade; levai avante os vários ramos do conhecimento; sede ativos e progressistas no campo das invenções e das artes. Esforçai-vos por retificar a conduta dos homens, e procurai exceder o mundo inteiro quanto à virtude do caráter. Enquanto as crianças estão ainda na infância, alimentai-as no seio da graça celestial, nutri-as no berço de toda excelência, criai-as nos braços da bondade. Proporcionai-lhes a vantagem de toda a espécie de conhecimento útil. Deixai-as partilhar de cada um dos novos, admiráveis e maravilhosos ofícios e artes. Estimulai-as ao trabalho e ao empenho, e acostumai-as a dificuldades. Ensinai-as a dedicar as vidas para assuntos de grande importância e inspirai-as a empreender estudos que beneficiem a humanidade. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 116 23. Esforça-te ao máximo para adquirir o conhecimento avançado da época, e dá cada gota de teu suor a fim de levar avante a civilização divina. Estabeleça escolas que sejam bem organizadas e promova os fundamentos da instrução nos distintos ramos do conhecimento através de professores que sejam puros e santificados, diferenciados por suas elevadas normas de conduta e sua excelência geral, e firmes em sua fé - eruditos e educadores com um profundo conhecimento das ciências e das artes. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 24. Ó vós, agraciados pelos favores de Deus! Nesta nova e admirável Era, o fundamento inabalável é o ensino das ciências e artes. Segundo os explícitos Textos Sagrados, a cada criança devem ser ensinadas as artes e os ofícios, no grau que for necessário. Assim, pois, em cada cidade ou aldeia, devem ser estabelecidas escolas, e todas as crianças nessas cidades e aldeias devem envolver-se no estudo até o grau necessário. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pp. 120-121 25. Entre os maiores de todos os grandes serviços está a educação das crianças, a promoção das várias ciências, ofícios e artes. Louvado seja Deus; estais agora realizando vigorosos esforços para este fim. Quanto mais perseverardes nesta tarefa de maior importância, mais testemunhareis as confirmações de Deus, a tal ponto que vós próprios ficareis atônitos. Verdadeiramente, isto está acima de qualquer dúvida, uma promessa que certamente será resgatada. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 8.(*) (*) Incluso o segundo parágrafo que não consta no livro citado. 26. Nesta nova e maravilhosa Causa, o avanço de todos os ramos do conhecimento é um princípio fixo e vital, e os amigos, cada um e todos, estão obrigados a envidar todos os esforços para este fim, para que a Causa da Luz manifesta possa se difundir largamente, e cada criança, de acordo com sua necessidade, receba a sua porção das ciências e das artes - até que não se encontre nem um só filho de camponês completamente desprovido de educação. Educação Bahá'í, p. 58 27. Incumbe às crianças Bahá'ís superarem as demais crianças na aquisição das ciências e artes, pois elas foram embaladas na graça de Deus. O que as outras crianças aprendem num ano, que as crianças Bahá'ís aprendam num mês. O coração de 'Abdu'l-Bahá, em seu amor, anseia por perceber que todos os jovens Bahá'ís, sem exceção, são conhecidos no mundo inteiro por seu desenvolvimento intelectual. Inquestionavelmente eles envidarão todos os esforços, energias e brio a fim de adquirirem as ciências e artes. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pp. 126-127 28. Agora, quanto ao que perguntaste com relação a abandonar tua realização científica em Paris para dedicar teus dias a ensinar esta Verdade, certamente é aceitável e amado, porém se adquirires a ambas seria ainda melhor e mais perfeito, pois nesse novo século a obtenção da ciência, das artes e das letras, sejam divinas ou mundanas, materiais ou espirituais, é um assunto aceitável perante Deus e um dever que incumbe a todos realizar. Portanto, jamais negues as coisas espirituais em favor do que é material, ou melhor, ambas são de tua incumbência. Entretanto, quando estiveres trabalhando nessa realização científica, deves ser guiado pela atração ao amor de teu glorioso Senhor e consciente de mencionar Seu esplendoroso Nome. Se este é o caso, deves atingir a arte que estás estudando em sua perfeição. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas, vol. 2, pp. 448-449 DE UMA PALESTRA DE 'Abdu'l-Bahá 29. Todas as bênçãos são de origem divina, mas nenhuma pode ser comparada a esse poder da investigação intelectual e da pesquisa, que é uma dádiva eterna, produzindo frutos de infindável deleite. O homem está sempre participando desses frutos. Todas as outras bênçãos são temporárias; esta é uma posse imorredoura. Até mesmo a soberania tem suas limitações e derrotas; esta é uma soberania e domínio que ninguém pode usurpar ou destruir. Em suma, é uma bênção eterna e uma dádiva divina, o supremo presente de Deus ao homem. Por isso, deveis envidar vossos mais sinceros esforços na aquisição de ciências e artes. Quanto maiores as vossas realizações, mais elevado o vosso nível no propósito divino. A Promulgação da Paz Universal, p. 59 DE UMA CARTA ESCRITA EM NOME DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 30. Quanto à pintura, há muitas passagens maravilhosas nos Escritos que descrevem o papel dos artistas e que esclarecem as dimensões sociais e espirituais das próprias artes; talvez, através de seu estudo destas, chegue a descobrir dentro de si mesmo novas fontes de motivação e coragem. 20 de agosto de 1990, a um Bahá'í II - A Fonte da Arte Dos Escritos de Bahá'u'lláh 31. O Sol da verdade é a Palavra de Deus, da qual depende a educação daqueles que estão imbuídos com o poder da compreensão e da expressão. Ela é o verdadeiro espírito e a água celestial através de cujo auxílio e graciosa providência todas as coisas têm sido e serão vivificadas. Sua aparição em cada espelho está condicionada à cor desse espelho. Por exemplo, quando sua luz incide sobre os espelhos dos corações dos sábios, ela gera sabedoria. Da mesma forma, quando ela se manifesta nos espelhos dos corações dos artesãos, desdobrando-se em novas e únicas artes, e quando refletida nos corações daqueles que apreendem a verdade, revela maravilhosas evidências do verdadeiro conhecimento e desvenda as verdades das emanações de Deus. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 1 32. O conhecimento é uma das admiráveis dádivas de Deus. Incumbe a todos sua aquisição. Tais artes e meios materiais que estão agora manifestos foram conseguidos em virtude de Seu conhecimento e Sua sabedoria, os quais Sua mais exaltada Pena tem revelado em Epístolas - uma Pena de cujo tesouro se manifestam pérolas de sabedoria e de palavras expressas, e as artes e os ofícios do mundo. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 48 33. A alma que tiver permanecido fiel à Causa de Deus e se mantido inabalavelmente firme em Seu Caminho, haverá de possuir, após sua ascensão, tal poder que todos os mundos que o Onipotente criou podem ser beneficiados por seu intermédio. Esta alma, a mando do Rei Ideal e do Educador Divino, provê o lêvedo puro para fermentar o mundo dos seres, e fornece o poder através do qual as artes e maravilhas do mundo se tornam manifestas. Seleção dos Escritos de Bahá'u'lláh, p. 126 DOS ESCRITOS E PALESTRAS DE 'Abdu'l-Bahá 34. O poder da alma racional descobre a realidade das coisas, compreende as peculiaridades dos seres, penetra os mistérios da existência. Todos os conhecimentos - as artes e ciências - todas as maravilhas, instituições, descobertas e empresas são devidos ao exercício da inteligência da alma racional. Houve um tempo em que tudo isso era desconhecido, misterioso, secreto, mas a alma racional conseguiu pouco a pouco desvendar esse mistério e transportá-lo do plano do invisível, do oculto, para o domínio do visível. Respostas a Algumas Perguntas, p. 182 35. A realidade do homem, de fato, abrange a realidade das coisas, penetra-lhes as propriedades e os segredos. Tanto assim que os conhecimentos - artes, ciências, e todas as maravilhas - foram descobertos pela realidade humana. Houve um tempo em que esses conhecimentos - essas artes e ciências e todas essas maravilhas - eram mistérios ocultos. O homem pouco a pouco as descobriu, trazendo-as do reino invisível para o visível. Respostas a Algumas Perguntas, p. 205 36. Se formos verdadeiros Bahá'ís, a linguagem não é necessária. Nossas ações adiantarão o mundo, espalhando a civilização, contribuindo para o progresso da ciência e ocasionando o desenvolvimento das artes. Sem ação nada será conseguido no mundo material, nem palavras por si só podem impulsionar o homem no Reino Espiritual. Não é somente através do ofício religioso que os eleitos de Deus alcançam a santidade, mas sim, por meio de sua vida paciente de serviço ativo têm eles trazido luz ao mundo. Palestras de 'Abdu'l-Bahá, Paris - 1911, p. 74 37. Pelo poder do Espírito Santo, agindo através de sua alma, o homem é capacitado para perceber a Realidade Divina das coisas. Todas as grandes obras de arte e ciência dão testemunho deste poder do Espírito. Palestras de 'Abdu'l-Bahá, Paris - 1911, p. 79 38. Meditação é a chave que abre as portas dos mistérios. Nesse estado, o homem abstrai-se de si mesmo, afasta-se de si mesmo, afasta-se de todos os objetos exteriores; nesse estado subjetivo, imerge no oceano da vida espiritual e pode descobrir os segredos do íntimo das coisas. Para ilustrar, imaginai o homem dotado de duas espécies de vista; quando a faculdade interior está sendo usada, o sentido da vista exterior não vê. A faculdade de meditação liberta o homem da natureza animal, discerne a realidade das coisas e o coloca em contato com Deus. Essa faculdade faz manifestarem-se do plano visível as ciências e as artes. Mediante a faculdade de meditação, as invenções tornam-se possíveis, empreendimentos colossais são executados, os governos podem administrar facilmente. Por seu intermédio, o homem entra no próprio Reino de Deus. Palestras de 'Abdu'l-Bahá, Paris - 1911, p. 184 DO RELATO DE UMA PALESTRA DE 'Abdu'l-Bahá 39. Toda Arte é uma dádiva do Espírito Santo. Quando esta luz brilha através da mente de um músico, manifesta-se em belas harmonias. Da mesma forma, brilhando através da mente de um poeta, é vista em refinada poesia e prosa poética. Quando a Luz do Sol da Verdade inspira a mente de um pintor, ele produz quadros maravilhosos. Estas dádivas estão cumprindo seu mais elevado propósito quando expressam louvor a Deus. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 13 DE UM TELEGRAMA DE SHOGHI EFFENDI 40. SINTO COMPELIDO CLAMAR INTEIRO CORPO CRENTES AMERICANOS DORAVANTE CONSIDERAR COMOVEDORA NARRATIVA NABÍL COMO SUPLEMENTO ESSENCIAL AO PROGRAMA ENSINO RECONSTRUÍDO, COMO LIVRO TEXTO INALTERÁVEL EM SUAS ESCOLAS VERÃO, COMO FONTE INSPIRAÇÃO EM TODO TRABALHO ARTÍSTICO LITERÁRIO, COMO COMPANHEIRO INESTIMÁVEL EM TEMPOS DE LAZER, COMO PREPARATIVO INDISPENSÁVEL PARA FUTURA PEREGRINAÇÃO TERRA NATAL Bahá'u'lláh E COMO INFALÍVEL INSTRUMENTO PARA ALIVIAR AFLIÇÃO E RESISTIR ATAQUES DA HUMANIDADE DESILUDIDA E CRÍTICA. 20 de junho de 1932 POST-SCRIPTUM DO PRÓPRIO PUNHO DE SHOGHI EFFENDI EM UMA CARTA ESCRITA EM SEU NOME Gostaria de expressar, pessoalmente, meu profundo e sincero apreço aos múltiplos serviços que, cada vez mais, vem prestando à nossa amada Fé. O campo no qual você trabalha (representação teatral) é novo e atraente, é rico em possibilidades infinitas e de longo alcance. Possa a comovedora narrativa histórica de Nabíl enriquecer seus trabalhos e elevar a qualidade de seus esforços, estender seu alcance e aprofundar sua influência. 20 de julho de 1933, a um Bahá'í III - O Desenvolvimento Futuro Das Artes POST-SCRIPTUM DO PRÓPRIO PUNHO DE SHOGHI EFFENDI EM UMA CARTA ESCRITA EM SEU NOME 42. ...do primeiro Mashriqu'l-Adhkár do Ocidente, assinalando a primeira tentativa, ainda que rudimentar, de expressar a beleza na qual a arte Bahá'í desdobrar-se-á, em sua plenitude, aos olhos do mundo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 23-24 DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI 43. Ele, sinceramente, espera que à medida que a Causa cresça e pessoas de talento venham sob seu estandarte, elas começarão a produzir, através das artes, o espírito divino que anima suas almas. Cada religião tem trazido consigo alguma forma de arte - vejamos as maravilhas que esta Causa está trazendo. Tão glorioso espírito deve também dar vazão a uma gloriosa arte. O Templo com toda sua beleza é apenas o primeiro raio de uma alvorada que se inicia; coisas ainda mais maravilhosas serão alcançadas no futuro. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 16 44. É certo que, com a propagação do espírito de Bahá'u'lláh, uma nova era alvorecerá na arte e na literatura. Ainda que antes a forma fosse perfeita, carecia, contudo, de espírito; agora, porém, haverá um glorioso espírito incorporado em uma forma imensuravelmente aperfeiçoada pelo gênio vivificado do mundo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 17 45. Shoghi Effendi ficou muito interessado em saber sobre o sucesso que a peça Pageant of the Nations produziu. Ele sinceramente espera que todos aqueles que dela participaram, tenham sido inspirados pelo mesmo espírito que o animou enquanto a organizava. É através de tais apresentações que podemos despertar o interesse do maior número de pessoas pelo espírito da Causa. Chegará o dia em que a Causa propagar-se-á tão rapidamente como o raio, quando seu espírito e ensinamentos serão apresentados nos palcos ou nas artes, e na literatura como um todo. A arte pode melhor despertar os sentimentos nobres do que o frio racionalismo, principalmente entre as massas. Temos que esperar apenas alguns anos para ver como o espírito soprado por Bahá'u'lláh encontrará expressão no trabalho dos artistas. O que você e alguns outros Bahá'ís estão tentando são apenas pálidos raios que precedem a luz efulgente de uma manhã gloriosa. Ainda não podemos avaliar o papel que a Causa está destinada a representar na vida da sociedade. Temos que lhe dar tempo. O material que este espírito tem que moldar é por demais rudimentar e sem valor, porém, no final, cederá e a Causa de Bahá'u'lláh revelar-se-á em seu pleno esplendor. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 18-19 46. O Guardião ficou contente também em saber sobre seu profundo interesse pela música e seu desejo de servir a Fé ao longo deste caminho. Apesar de agora ainda ser bem o início da arte bahá'í, os amigos que sentem que possuem esta dádiva devem se esforçar para desenvolver e cultivar seus dons e, através de seus trabalhos, refletir, ainda que inadequadamente, sobre o Espírito Divino que Bahá'u'lláh soprou ao mundo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22 47. ...levantou a questão sobre qual será a fonte de inspiração para os músicos e compositores Bahá'ís: a música do passado ou a Palavra Revelada? Não podemos prever, já que estamos no limiar da cultura bahá'í, quais formas e características de artes haverá no futuro, inspiradas por esta Poderosa Nova Revelação. De tudo que podemos ter certeza é que serão maravilhosas; assim como cada Fé deu origem a uma cultura que floresceu em formas diferentes, também de nossa amada Fé pode-se esperar que faça a mesma coisa. É prematuro, no presente, tentar e compreender o que serão. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22 48. Música, como uma das artes, é um desenvolvimento cultural natural, e o Guardião não sente que deve haver qualquer dedicação a mais à "Música Bahá'í" do que aquela que estamos tentando desenvolver para uma escola Bahá'í de pintura ou escrita. Os crentes são livres para pintar, escrever e compor da maneira que seus talentos os guiarem. Se a música é escrita incorporando os Escritos Sagrados, os amigos são livres para fazer uso dela, porém jamais deve ser considerado uma exigência ter-se tal música nas reuniões Bahá'ís. Quanto mais distantes os amigos mantiverem-se de quaisquer formas determinadas melhor, pois devem atentar para o fato de que a Causa é absolutamente universal, e o que pode parecer um bonito acréscimo ao seu modo de celebrar a Festa, etc., soaria, talvez, em ouvidos de pessoas de outro país, como sons desagradáveis - e vice-versa. Desde que tenham a música para seu próprio benefício, está tudo bem, porém não devem considerá-la música bahá'í. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 22-23 49. O Guardião está firmemente convencido de que, não importa qual seja a opinião da mais nova escola de arquitetura sobre este assunto, os estilos de arquitetura exibidos presentemente no mundo inteiro não só são muito feios, mas também carecem completamente da dignidade e graça que devem existir, pelos menos em algum grau, numa Casa de Adoração Bahá'í. Deve-se ter sempre em mente que a vasta maioria dos seres humanos não é nem muito moderna nem muito extremista em seus gostos e que aquilo que a escola mais adiantada talvez ache maravilhoso, é muitas vezes inteiramente desagradável ao gosto da gente comum, simples. citado em A Pérola Inestimável, p. 411 50. Com relação a produzir um livro com canções Bahá'ís, sua compreensão de que, neste momento, não existe uma expressão cultural que poderia ser chamada de Bahá'í (música, literatura, arte, arquitetura, etc., distintivas, como a flor da civilização e não surgindo no começo de uma nova Revelação) está correta. Isto não significa, contudo, que não temos canções Bahá'ís, em outras palavras, são canções escritas por Bahá'ís com temas Bahá'ís. 21 de setembro de 1957, à Assembléia Espiritual Nacional dos E.U.A. DE COMUNICAÇÕES DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 51. Há muitas referências sobre música nos Escritos Bahá'ís e se dá uma posição muito elevada à educação. Sem dúvida, à medida que a Fé progrida, aparecerão novas e maravi-lhosas composições e o efeito espiritual destas sobre a humanidade, certamente, não será menor do que o das grandes composições do passado. Seu desejo e habilidade para servir à Fé através da música é, portanto, aceitável e esperamos que encontrarás muitas oportunidades para utilizar seu talento desta forma. 19 de abril de 1973, carta a um Bahá'í 52. ...não há objeção alguma em se utilizar instrumentos musicais para acompanhar as orações Bahá'ís, exceto claro, no Mashriqu'l-Adhkár, e desde que se observe a devida reverência. Não há também objeção a que grandes grupos cantem em uníssono, porém os amigos são aconselhados a não permitirem que isto se converta em uma prática habitual. 18 de abril de 1984, memorando ao Centro Internacional de Ensino 53. O amado Guardião deixou claro que o florescimento das artes, o qual é resultado de uma revelação divina, surge apenas após alguns séculos. A Fé Bahá'í oferece ao mundo a total reconstrução da sociedade humana - uma reconstrução que tem sido aguardada por todas as revelações do passado, cujo efeito será de tão longo alcance e tem sido chamada de o estabelecimento do Reino de Deus na Terra. A nova arquitetura, à qual nascerá desta revelação, florescerá várias gerações à frente. Agora estamos, meramente, no início deste notável processo. O momento presente é um período de turbulência e mudança. A arquitetura, como todas as artes e ciências, está passando por um desenvolvimento muito rápido; deve-se apenas considerar as mudanças que ocorreram no decorrer das últimas décadas para se ter uma idéia do que provavelmente está para acontecer nos anos imediatamente à frente. Alguns prédios modernos possuem, sem dúvida, qualidades de grandeza e resistirão, porém muito do que está sendo construído agora pode ser super dimensionado e pode parecer feio para algumas gerações por vir. Em outras palavras, a arquitetura moderna pode ser considerada um novo desenvolvimento em seu estágio primitivo. O edifício que estamos a ponto de começar a construir está destinado a servir durante centenas de anos e é parte de um complexo de edifícios ao redor do arco no Monte Carmelo, os quais se harmonizam em estilo. Esta é a razão pela qual escolhemos um estilo que provou e tem permanecido por longo tempo, a um estilo moderno que bem pode ser efêmero. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 28-29 DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 54. Como concertista de piano, você está singularmente dotado para o serviço à Deus e à humanidade, pois o Mestre declara que "a arte musical está entre as artes dignas do mais alto louvor, e comove o coração de todos os que sofrem".(4) Além disso, a busca da excelência em sua arte cumpre com as exortações Bahá'ís e é adoração manifesta em sua profissão. (4) Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, nº 74, p. 101. 13 de maio de 1980 55.Em resposta ao seu pedido de orientação sobre as melhores maneiras para abordar artistas ao ensinar a Fé, pode-se dizer que, em adição àqueles métodos que geralmente atraem as pessoas, os artistas reagirão à arte. Quando os sublimes ensinamentos da Fé são refletidos em trabalhos artísticos, os corações das pessoas, incluindo os artistas, serão tocados. Uma citação dos Escritos Sagrados ou a descrição de uma peça de arte que esteja relacionada com as Escrituras pode oferecer ao espectador uma compreensão da fonte desta atração espiritual e conduzi-lo a um subseqüente estudo da Fé. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 31-32 56. Com a evolução da sociedade bahá'í, que é composta por pessoas de diversas origens culturais e de gostos diferentes, cada qual com sua concepção do que é esteticamente aceitável e agradável, aqueles Bahá'ís que possuem dom para música, interpretação e artes visuais estão livres para exercer seus talentos nas diversas formas com que servirão à Fé de Deus. Eles não devem se sentir perturbados com a falta de apreciação por parte dos crentes. Pelo contrário, ao conhecerem os irrefutáveis Escritos da Fé sobre música e expressão artística... eles devem continuar com seus empreendimentos artísticos em devotado reconhecimento de que as artes são um poderoso instrumento no serviço à Causa, artes as quais, no tempo devido, terão sua realização bahá'í. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 32 57. A Casa de Justiça deseja lhe encorajar a escrever seu livro, porém lembra que o Guardião, claramente declarou que, neste estágio inicial da Dispensação, não existe algo como arte, música, arquitetura ou cultura bahá'í. Estas, sem dúvida, emergirão no futuro como um amadurecimento natural de uma civilização bahá'í. As próprias preferências do Guardião em tais assuntos jamais devem ser consideradas como assentadoras das fundações para tais desenvolvimentos.... Você deve, portanto, cuidar para não indicar ou mesmo possibilitar deduções que o Guardião estabelecera os estágios iniciais das formas de arte bahá'í. Ele construiu lindos jardins e edifícios utilizando o que estava disponível e, como no caso da superestrutura do Santuário do Báb, envolveu especialistas que podiam produzir projetos adequados sob sua orientação. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 34-35 58. Com referência à música e às belas artes, esteja evidentemente livre para incluí-las como matérias curriculares das escolas Bahá'ís. Muitas das Assembléias Espirituais Nacionais, assim como a sua, entusiasticamente informadas sobre os Escritos Bahá'ís referentes à música e às artes, incorporaram estas instruções e materiais, ao considerarem praticáveis neste estágio de desenvolvimento da comunidade bahá'í. É preciso ser feito muito trabalho por professores dedicados e talentosos visando estimular, coletar e publicar a benéfica música que agora emerge no mundo Bahá'í e utilizá-la sistematicamente nas escolas... De acordo com nossos Ensinamentos, a música e as artes devem ser encorajadas, e estas acrescem, imensuravelmente, à vitalidade e ao espírito da comunidade.... A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 35-36 59. A Casa de Justiça tem prazer em saber sobre seu projeto de tese sobre "A Alvorada da Arte Bahá'í". Estudos eruditos como este desempenham um papel muito útil ao explorar as implicações dos ensinamentos Bahá'ís, transmitindo novas percepções sobre a aplicação desses ensinamentos a temas contemporâneos e demonstrando aos não-Bahá'ís as abrangentes conseqüências de longo alcance da Revelação de Bahá'u'lláh. 14 de novembro de 1989 IV - Orientações para Artistas Bahá'ís DOS ESCRITOS DE Bahá'u'lláh 60. Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai, porém, para que isso não vos leve a violar os limites do decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as mentes de todos que de Deus se aproximaram. Nós, em verdade, fizemos da música uma escada para as vossas almas, um instrumento pelo qual se possam elevar ao reino nas alturas; não a empregueis, portanto, como asas para o ego e a paixão. Nós, verdadeiramente, não vos queremos contemplar entre os néscios. O Kitáb-i-Aqdas, 51, pp. 31-32 DOS ESCRITOS DE SHOGHI EFFENDI 61. Tal vida casta e santa, implicando modéstia, pureza, temperança, decoro e uma mente sadia, exige nada menos que o exercício de moderação em tudo o que diz respeito ao vestuário, à linguagem, aos divertimentos e a todas as atividades artísticas e literárias. ... Não admite conduta frívola, com seu excessivo apego a prazeres triviais... Condena a prostituição da arte e da literatura...(*) Não pode tolerar nenhuma complacência para com as teorias, os padrões, os hábitos e excessos de uma era decadente. (*) A Casa Universal de Justiça, em carta datada de 15 de março de 1972, em seu nome, elucidou esta frase do Guardião da seguinte maneira: "Referente à sua pergunta sobre 'a prostituição das artes e literatura', isto é o que entendemos - usar a arte e a literatura para fins degradantes." O Advento da Justiça Divina, pp. 47-48 DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI 62. Nada há nos ensinamentos contra a dança, porém os amigos devem se lembrar que o padrão de Bahá'u'lláh é modéstia e castidade. A atmosfera nos modernos clubes de dança, onde tanto fumo e bebida e promiscuidade acontecem, é muito ruim; contudo, danças decentes não são prejudiciais em si mesmas. Certamente, nada há de prejudicial na dança clássica, ou em aprender a dançar nas escolas. Também não há mal algum em participar de dramatizações. Da mesma forma atuar em filmes. O que é prejudicial, nos dias de hoje, não é a arte em si mesma, mas a lamentável corrupção que freqüentemente envolve tais artes. Como Bahá'ís, não precisamos evitar nenhuma das artes, porém atos e a atmosfera que algumas vezes anda junto a estas profissões, devemos evitar. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 24-25 63. Quanto à sua pergunta se as Figuras do Báb e Bahá'u'lláh podem ser apresentadas como personagens em obras dramáticas escritas pelos crentes, a opinião de Shoghi Effendi é que tal tentativa de dramatizar os Manifestantes seria altamente desrespeitosa, e por isso deve ser evitada pelos amigos, até mesmo no caso do Mestre. Além disso, seria praticamente impossível executar tal plano fielmente e de uma maneira digna e condizente. Diretrizes do Guardião, p. 106 64. Quanto à sua pergunta que diz respeito à conveniência em se dramatizar episódios históricos Bahá'ís, o Guardião, certamente, aprovaria e até mesmo encorajaria os amigos a engajarem-se em tais atividades literárias as quais sem dúvida podem ser de imenso valor para o ensino. O que ele deseja é que os crentes evitem dramatizar as personagens do Báb, Bahá'u'lláh e 'Abdu'l-Bahá, o que quer dizer tratá-Los como figuras dramáticas, como personagens que se apresentam no palco. Ele sente que, conforme já salientado, isto seria bastante desrespeitoso. O mero fato de Eles aparecerem em cena constitui um ato de descortesia que não pode, de forma alguma, estar em harmonia com Suas posições altamente sublimes. Sua mensagem, ou verdadeiras palavras deve ser, preferivelmente, relatada ou transmitida por Seus discípulos que aparecem no palco. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 21 65. ...a Fé pode certamente ser dramatizada, mas duas coisas devem ser lembradas: sem nenhuma dramatização pessoal do Báb, Bahá'u'lláh, ou do Mestre - apenas Suas palavras podem ser usadas, mas nenhum papel poderá representá-Los; grande dignidade deve ser dada às citações. 19 de agosto de 1951, a um Bahá'í DE COMUNICAÇÕES DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 66. Nada encontramos nos textos que proíba o uso do Máximo Nome, dos Nomes das Manifestações de Deus ou dos Nomes das Figuras Centrais de nossa Fé nas letras das canções. Contudo, sentimos que quando forem usados, devem ser usados com reverência e respeito, tanto na forma como são incorporados à letra, como na forma de apresentação. 14 de março de 1968, à uma Assembléia Espiritual Nacional 67. Visto que o espírito de nossas reuniões é deveras afetado pela sonoridade e qualidade de nossa adoração, de nosso sentimento e apreciação da Palavra de Deus para este dia, é nossa esperança que encorajará em suas comunidades a manifestação, através da música, das mais belas expressões possíveis do espírito humano, dentre outras maneiras de sentir. 22 de fevereiro de 1971, à uma Assembléia Espiritual Nacional Nós não vemos objeção alguma ao uso de fenômenos naturais como símbolos para ilustrar o significado das três Figuras Centrais, leis Bahá'ís e administração bahá'í; e também apreciamos a adequada habilidade na utilização de símbolos visuais para expressar conceitos abstratos. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 36 69. Sua compreensão de que retratar o Báb e Bahá'u'lláh em trabalhos de arte é proibido está correta. O Guardião deixou claro que esta proibição refere-se a todos os Manifestantes de Deus; fotos ou reproduções de retratos do Mestre podem ser usadas em livros, porém não se deve, de modo algum, retratá-Lo em dramatizações ou outros trabalhos onde Ele seria uma das "dramatis personae". Entretanto, não pode haver objeção à representação simbólica das Figuras Sagradas, acautelando-se para que isto não se torne um ritual e que o símbolo usado não seja irreverente. 3 de dezembro de 1972 70. ...uma pesquisa nas cartas do amado Guardião deixa absolutamente claro que não é permissível representar em cena a figura da Manifestação de Deus, nem mesmo a do Mestre... A Casa Universal de Justiça considera inapropriado representar o Guardião da Fé como personagem em uma peça. O uso da luz, em grande intensidade ou em cores diferentes, requer sua cuidadosa consideração. Se o uso da luz, de alguma forma, sugere a personificação da Manifestação de Deus, não deve ser utilizada, porém caso possa ser feito sem dar a impressão de que, de algum modo, o Profeta está sendo representado ou personificado, então não há objeção ao seu uso. Quanto a representar pessoas vivas, há ocasiões em que isso pode ser feito, tais como em representações espontâneas ou locais, com o propósito de se ensinar ou de descrever eventos, porém geralmente é imprudente fazê-lo. 12 de agosto de 1975 71. Quanto à questão referente a bater palmas durante canções em que o Máximo Nome é usado, a Casa de Justiça não deseja estabelecer regras rígidas. Obviamente, tais questões são secundárias e sujeitas à considerações culturais, costumes e às convenções sociais prevalecentes em uma determinada sociedade. Em algumas culturas, por exemplo, bater palmas, como parte da expressão religiosa, é considerado ofensivo; em outras culturas, bater palmas é uma forma de acompanhar o ritmo do hino, principalmente na ausência de um instrumento musical, e está integrado à experiência religiosa; entre outros povos, bater palmas pode constituir uma demonstração de fervor religioso. Além disso, em qualquer país pode muito bem haver diferenças culturais regionais. Portanto, deixa-se a critério de cada Assembléia Espiritual Nacional considerar cada caso com cuidado e sensibilidade à luz do meio cultural prevalecente e, se necessário, oferecer guia aos amigos. 11 de outubro de 1986, memorando ao Centro Internacional de Ensino DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 72. A Casa Universal de Justiça recebeu sua carta de 25 de março de 1976, na qual perguntam se seria permissível incluir desenhos das Manifestações de Deus em algum material de estudo para as crianças que estão preparando, e nos orientou lhes comunicar que isto não seria permissível. 16 de maio de 1976, à uma Assembléia Espiritual Nacional 73. A proibição de representar o Manifestante de Deus em pinturas e desenhos, ou em apresentações dramáticas aplica-se a todos os Manifestantes de Deus. Há, claro, grandes e maravilhosos trabalhos de arte de Dispensações do passado, muitos dos quais retratam as Manifestações de Deus em um espírito de reverência e amor. Nesta Dispensação, contudo, a maior maturidade da humanidade e a maior consciência do relacionamento entre a Suprema Manifestação e Seus servos capacitam-nos a perceber a impossibilidade de representar a Pessoa do Manifestante de Deus em qualquer forma humana, seja pictoricamente, em escultura ou em representação dramática. Ao declarar a proibição bahá'í, o amado Guardião salientou esta impossibilidade. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 29-30 74. Como sem dúvida sabes, não é permitido representar as Manifestações de Deus em obras dramáticas e pode-se perceber que uma grande habilidade será necessária para se realizar um filme eficiente sobre a história da Fé, na qual nem o Báb, nem Bahá'u'lláh podem realmente aparecer. Em função da esmagadora importância da mensagem Bahá'í e da Revelação Bahá'í, qualquer filme produzido sob os auspícios da comunidade Bahá'í teria que ser da melhor qualidade possível em todos os aspectos. 24 de setembro de 1978, à uma Assembléia Espiritual Nacional 75. ...não seria adequado para um ator expressar-se no papel de uma das três Figuras Centrais da Fé em uma peça de rádio. 3 de abril de 1979, à uma Assembléia Espiritual Nacional 76. Sobre seu pedido de orientação por parte da Casa de Justiça referente à peça que está escrevendo, foi-nos solicitado dizer que os amigos são livres para escreverem o que quer que eles sejam inspirados a criar. Se, contudo, tais obras são sobre a Fé e são para publicação, estas devem ser revisadas e aprovadas pela Assembléia Espiritual Nacional do país no qual elas são originalmente publicadas. 5 de março de 1981 77. Todo trabalho literário, seja uma peça de teatro ou qualquer outro, tem que ser analisado seu conteúdo pela Assembléia Espiritual Nacional do país em que for publicado. Quanto à representação teatral em qualquer país, esta é uma questão a ser decidida pela Assembléia Nacional, que pode decretar que, por uma questão de segurança, uma determinada peça (Bahá'í ou não-bahá'í) não deve ser representada pelos Bahá'ís dentro de sua jurisdição. Esta, portanto, é uma questão diferente e nada tem a ver com a análise do conteúdo. 22 de fevereiro de 1982, à uma Assembléia Espiritual Nacional 78. Chamamos sua atenção para as instruções do amado Guardião no sentido de que, ainda que não deve haver representação pessoal das Figuras Sagradas no palco ou de forma pictórica, não há objeção a que Suas palavras e emanações sejam expressas. 15 de março de 1983, à uma Assembléia Espiritual Nacional 79. Não há objeção alguma aos Bahá'ís escreverem romances que narrem os acontecimentos e personagens históricos como os que descreveu em sua carta. Contudo, em função da impossibilidade de se representar adequadamente a Manifestação de Deus como personagem em um romance e da falta de respeito implícita nesta tentativa, uma tal representação envolvendo quaisquer das Figuras Centrais da Fé não deve ser tentada. 10 de junho de 1986 80. Ainda que a Casa de Justiça esteja consciente de que biografias da Folha Mais Sagrada serão escritas, sente que não seria adequado representá-la de qualquer forma, seja esta dramática ou fictícia. 22 de setembro de 1986 81. Algumas vezes, você forneceu descrições escritas detalhadas dos símbolos que usa em suas pinturas; como uma prática, isto poderia introduzir um aspecto que poderia ser indevidamente interpretativo dos conceitos Bahá'ís, depreciando, no final das contas, em vez de valorizar seus esforços artísticos. O simbolismo é a essência da arte, porém os artistas raramente interpretam os símbolos por eles usados, deixando que os observadores de seus trabalhos tirem as suas próprias conclusões, algumas vezes, nada mais do que alusões dos títulos dados a estes trabalhos. É prerrogativa do artista intitular a peça de arte; a única objeção seria ao uso de um título irreverente para uma peça que pretende representar um tema bahá'í. Com relação à sua pergunta sobre um artista executar uma "pintura que é uma iluminação contemporânea de uma passagem das Escrituras Sagradas", a Casa de Justiça sente que os artistas não devem ser inibidos pelas instituições de criarem uma variedade de versões de caligrafias das Escrituras Sagradas ou do Máximo Nome. Contudo, tais esforços devem ser de bom gosto, não assumindo formas que os torne ridículos. Quanto ao símbolo comumente usado do Máximo Nome, a Casa de Justiça aconselha que todo cuidado deve ser observado para com a precisa representação da caligrafia persa, uma vez que qualquer distorção de uma representação aceita pode causar tristeza aos crentes iranianos. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 37 82. A diretriz formulada pela Casa de Justiça para desencorajar a reprodução de fotografias de pinturas do Mestre para distribuição não implica em qualquer julgamento da qualidade de uma pintura. Há uma ampla variação na qualidade do talento artístico com que as pinturas do Mestre são realizadas. A Casa de Justiça não deseja demonstrar predileção por uma pintura sobre outra; antes, prefere adotar esta diretriz geral como um meio de assegurar que respeito apropriado está em harmonia com as representações de 'Abdu'l-Bahá e que não haja distribuição de reproduções fotográficas daquelas pinturas que sejam de qualidade pobre. ... De um modo geral, a Casa de Justiça sente que um dos grandes desafios que os Bahá'ís de todos os lugares enfrentam é o de restituir às pessoas do mundo uma consciência da realidade espiritual. Nossa visão do mundo é marcadamente diferente daquela da massa da humanidade; nela percebemos que a criação encerra tanto entidades espirituais como físicas, e consideramos o propósito do mundo em que nos encontramos como um veículo para nosso progresso espiritual. Esta visão tem implicações importantes sobre o comportamento dos Bahá'ís e dá origem a práticas que são completamente contrárias à conduta predominante da sociedade em geral. Uma das virtudes distintivas enfatizadas nas Escrituras Bahá'ís é o respeito pelo que é sagrado. Tal comportamento nada significa para aqueles cuja perspectiva do mundo é totalmente materialista, ao mesmo tempo em que muitos seguidores das religiões estabelecidas o rebaixaram a um conjunto de rituais destituídos de verdadeiro sentimento espiritual. Em alguns casos, as Escrituras Bahá'ís contêm orientações precisas sobre como a reverência aos objetos ou lugares sagrados deve ser expressas; por exemplo, restrições ao uso do Máximo Nome em objetos, ou ao uso indiscriminado da gravação da voz do Mestre. Em outros casos, os crentes são solicitados a esforçarem-se por obter um entendimento mais profundo do conceito de santidade nos ensinamentos Bahá'ís, dos quais eles podem determinar suas próprias formas de conduta pela qual reverência e respeito devem ser expressos. A importância de tal comportamento deriva do princípio expressado nas Escrituras Bahá'ís de que o exterior tem influência sobre o interior. Referindo-Se ao "povo de Deus", Bahá'u'lláh declara: "Sua conduta exterior é apenas um reflexo de sua vida interior, e esta um espelho de sua conduta exterior."(5) (5) Seleção dos Escritos de Bahá'u'lláh, CXXVI, p. 203. É neste contexto que a Casa Universal de Justiça deseja que veja as considerações que têm sido expressadas durante os últimos anos. Os Bahá'ís imbuídos de talento artístico encontram-se em uma posição única para usar suas habilidades, quando tratam de temas Bahá'ís, de tal forma a desvendar para a humanidade a evidência da renovação espiritual que a Fé Bahá'í trouxe para o gênero humano através de sua revitalização do conceito de reverência. Questões sobre liberdade artística não são pertinentes aos assuntos aqui levantados. Os artistas Bahá'ís são livres para aplicar seus talentos em quaisquer temas que sejam de interesse deles. É esperado, contudo, que eles exerçam um papel de liderança na restituição, a uma sociedade materialista, do reconhecimento da reverência como um elemento vital para se alcançar a verdadeira liberdade e a permanente felicidade. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 38-40 83. Em O Advento da Justiça Divina, pp. 47-48, Shoghi Effendi declara que a Fé "condena a prostituição da arte" e "a prática do nudismo" e chama em seu lugar "o exercício de moderação em tudo o que diz respeito ao vestuário, à linguagem, aos divertimentos e a todas as atividades artísticas e literárias". Contudo, a Casa de Justiça desconhece qualquer passagem nos ensinamentos que proíba desenhar o corpo humano em obras de arte. É a prática do nudismo que o Guardião condena em O Advento da Justiça Divina e não a nudez. Há muitas variáveis na questão sobre retratar a forma desnuda na arte, incluindo os costumes locais e a atitude. A intenção do artista é um fator muito importante. Normalmente é uma questão que se deixa com a consciência e o bom gosto do artista individual, a menos que a Assembléia Espiritual decida que a Causa está sendo realmente prejudicada em algum caso particular. 25 de fevereiro de 1988, à uma Assembléia Espiritual Nacional 84. A Casa de Justiça está contente em saber do sucesso que vem obtendo em sua profissão. Ela aconselha que veja esta atividade profissional dentro do contexto de serviço à Fé e da promoção do trabalho de proclamação e ensino. Suas realizações musicais irão capacitá-lo a alcançar uma ampla gama de pessoas e, por fim, a proclamar a Mensagem de Bahá'u'lláh a elas através da expressão de seus valores em sua música. Pode também, à medida que seu trabalho continue a desenvolver-se, fazer valiosas amizades para a Fé entre as pessoas influentes que conhecerá. Estas considerações bem podem guiá-lo em sua atual decisão, antes que considere a região onde deverá residir. Artistas Bahá'ís que alcançam eminência e renome em sua área escolhida e que permanecem dedicados à promoção da Fé, podem ser de especial ajuda à Causa no momento presente, quando a curiosidade pública sobre os ensinamentos Bahá'ís está gradualmente sendo despertada. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 40 85. Em resposta à sua carta... em que pergunta se os versos das orações ou seleções de As Palavras Ocultas podem ser repetidos quando são cantados por um coro ou por indivíduos, especialmente na Casa de Adoração, a Casa Universal de Justiça nos instruiu lhe comunicar que não há objeção à repetição destes versos em canções visando adequá-los às exigências musicais. 30 de março de 1989, à uma Assembléia Espiritual Nacional 86. Quanto à sua pergunta referente às limitações no sentido de musicar os Escritos Bahá'ís, devemos mencionar que é permissível usar seleções dos Escritos Sagrados, como letras de canções a serem acompanhadas por composições musicais, e para repetir versos ou palavras. Um compositor é livre para determinar o estilo musical, tendo em mente a obrigação espiritual de tratar os Textos Sagrados com propriedade, dignidade e reverência. 28 de novembro de 1990 87. ...danças tradicionais associadas à expressão de uma cultura são permissíveis nas Sedes Bahá'ís. Contudo, deve-se ter em mente que tais danças tradicionais geralmente possuem um tema subjetivo, básico ou uma história a ser representada. Cautela deve ser exercida para assegurar que os temas de tais danças estejam em harmonia com os altos padrões éticos da Causa e não sejam representações que incitariam instintos vis e paixões indignas. ... Quanto às danças coreografadas cujo propósito é reforçar e proclamar os princípios Bahá'ís, se podem ser executadas de um modo tal que representem a nobreza de tais princípios e invoquem atitudes apropriadas de respeito e reverência, não há objeção a tais danças, as quais buscam interpretar passagens das Escrituras; contudo, é preferível que os movimentos da dança não sejam acompanhados da leitura das palavras. O princípio que deve guiar os amigos em suas considerações sobre estas questões é a observância da "moderação em tudo que seja pertinente a vestimenta, linguajar, divertimentos e a todas ocupações vocacionais literárias e artísticas". A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 44-45 88. Não há objeção, evidentemente, ao uso do termo "artista bahá'í", porém neste momento da Dispensação Bahá'í não devemos usar o termo "arte bahá'í", "música bahá'í" ou "arquitetura bahá'í". A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 45 89. Quanto à sua pergunta sobre ser apropriado os amigos cantarem em uníssono as orações Bahá'ís, as quais foram musicadas, isto é inteiramente permissível. Contudo, a música deve refletir apropriadamente a natureza sagrada dos Escritos e os amigos são aconselhados a não fazer desta prática um ritual. O amado Mestre nos encoraja quanto a isto: "Portanto... dai música aos versos e às palavras divinas para que possam ser cantados em melodias que toquem a alma nas Assembléias e reuniões, e para que os corações dos ouvintes possam tornar-se agitados e ascendam em direção ao Reino de Abhá em súplica e oração."(6) 20 de abril de 1992, à uma Assembléia Espiritual Nacional (6) Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 101. I - MUSICA COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA DOS ESCRITOS DE Bahá'u'lláh 1. Entoa, ó Meu servo, os versículos de Deus por ti recebidos, assim como os entoam os que dEle se aproximaram, a fim de que a doçura de tua melodia possa acender tua própria alma e atrair os corações de todos os homens. Seleção dos Escritos de Bahá'u'lláh, p. 219 2. Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai, porém, para que isso não vos leve a violar os limites do decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as mentes de todos que de Deus se aproximaram. Nós, em verdade, fizemos da música uma escada para as vossas almas, um instrumento pelo qual se possam elevar ao reino nas alturas; não a empregues, portanto, como asas para o ego e a paixão. Nós, verdadeiramente, não vos queremos contemplar entre os néscios. O Kitáb-i-Aqdas, 51, pp. 31-32 3. Bem-aventurado quem, na hora do alvorecer, com os pensamentos centrados em Deus, ocupado com Sua lembrança e suplicando Seu perdão, dirige os passos ao Mashriqu'l-Adhkár e, lá entrando, senta-se em silêncio para escutar os versículos de Deus, o Soberano, o Poderoso, o Todo-Glorificado. Dize: o Mashriqu'l-Adhkár é todo e qualquer prédio erigido nas cidades e vilas para celebração de Meu louvor. É este o nome pelo qual foi chamado ante o trono da glória, fôsseis vós dos que compreendem. Os que recitam os versículos do Todo-Misericordioso com a mais melodiosa entoação, descobrirão neles aquilo com o qual o domínio sobre a terra e o céu jamais se poderá comparar. Inalarão nestes versículos a fragrância divina de Meus mundos - mundos que hoje ninguém pode discernir, salvo os que foram dotados de visão por esta Revelação sublime e formosa. Dize: Estes versículos atraem os corações puros aos mundos espirituais que nem as palavras podem descrever nem as alusões insinuar. Bem-aventurados os que refletem. O Kitáb-i-Aqdas, 115-116, p. 49 4. Ensinai às vossas crianças os versículos revelados do céu de majestade e poder, para que recitem as Epístolas do Todo-Misericordioso, nos mais melodiosos tons, nos recantos dos Mashriqu'l-Adhkars. Quem é arrebatado pelo êxtase que nasce da adoração de Meu Nome, o mais Compassivo, recitará os versículos de Deus de tal maneira que cativará os corações dos ainda letárgicos. Feliz quem, das palavras de seu misericordioso Senhor, sorve o Vinho Místico da vida eterna em Meu Nome - um Nome pelo qual toda montanha altiva e majestosa foi reduzida a pó. O Kitáb-i-Aqdas, 150, p. 59 II - Dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá 5. Ó ave que suavemente canta a Beleza de Abha! Nesta nova e maravilhosa dispensação, os véus da superstição foram rompidos e os preconceitos dos povos orientais são censurados. Entre certas nações do Oriente, a música era considerada condenável, mas nesta nova era a Luz Manifesta proclamou especificamente em Suas sagradas Epístolas que a música, seja cantada, seja tocada, é alimento espiritual para a alma e o coração. A arte musical está entre as artes dignas do mais alto louvor, e comove o coração de todos os que sofrem. Assim, pois, ó Shannáz(*) toca e canta as sagradas palavras de Deus, em tons maravilhosos, nas reuniões dos amigos, para que o ouvinte possa ser libertado dos grilhões da preocupação e da tristeza, e sua alma vibre de júbilo e se humilhe em oração ao reino da Glória. (*) Shahnáz, nome do destinatário desta Epístola e também nome para uma forma musical. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, 74, pp. 100-101 6. Agradece tu a Deus por haveres sido instruído em música e em melodia, cantando com voz agradável a glorificação e o louvor ao Eterno, ao Vivente. Rogo a Deus para que possas empregar este talento em oração e súplica, a fim de que as almas possam se tornar vivificadas, os corações possam se tornar atraídos e todos possam se tornar inflamados com o fogo do amor de Deus. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas - Vol. 3, p. 512 7. ... embora os sons sejam apenas vibrações no ar que afetam o nervo auditivo, e essas vibrações nada mais são que fenômenos acidentais transmitidos através do ar, mesmo assim, vede quanto elas comovem o coração. Uma admirável melodia é como asas para o espírito e faz com que a alma vibre de alegria. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, 129, p. 132 8. A maior alegria foi atingida, pois - louvado seja Deus! - os amigos do Misericordioso passaram alguns momentos deste dia em contentamento e cantando no terreno do Mashriqu'l-Adhkár, e se alegraram na comemoração ao Senhor dos versos com o maior júbilo... Tenho esperança de que, durante o próximo Ridvan(*), um grande festival será realizado no terreno do Mashriqu'l-Adhkár, uma celebração espiritual preparada e as melodias do violino e do bandolim e hinos em louvor e glorificação ao Senhor das Hostes trarão júbilo e êxtase a todos os participantes. (*) 21 de Abril de 1909. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas - Vol. 1, p. 101 9. Ó servas de Deus! Cantai em lindas melodias nas reuniões das servas, louvando e glorificando teu Senhor Supremo. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas - Vol. 1, p. 65 10. Ó tu que és atraído ao Reino! Completa teus estudos de arte e música e sacrifica-te na medida necessária ao Senhor do Reino. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas - Vol. 3, p. 671 11. ... uma voz musical e melodiosa inspira vida a um coração atraído, porém incita à cobiça aquelas almas que estão engolfadas em paixão e desejo. Bahá'í World Faith, p. 366 12. Ó servo de Bahá! A música é considerada uma ciência valiosa no Limiar do Todo-Poderoso, para que possas entoar versos na mais maravilhosa melodia em grandes encontros e congregações e elevar hinos de louvor no Mashriqu'l-Adhkár para arrebatar a Assembléia no Alto. Em virtude disto, considera quão admirada e louvada é a arte da música. Tenta, caso possas, usar melodias espirituais, canções e cantigas e harmonizar a música do mundo com a melodia celestial. Então, tu notarás quão grande influência a música tem e que alegria e vida celestiais ela confere. Toca, pois, melodias e cantigas tais que façam com que os rouxinóis do mistério divino sintam-se plenos de alegria e êxtase. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 7 III - De Palestras de 'Abdu'l-Bahá 13. Que reunião maravilhosa é esta! Estes são os filhos do Reino. A canção que acabamos de ouvir foi muito bela na melodia e nas palavras. A arte da música é divina e eficaz. É o alimento da alma e do espírito. Através do poder e encanto da música o espírito do homem se eleva. Tem um maravilhoso poder e efeito nos corações das crianças, pois seus corações são puros, e melodias exercem uma grande influência sobre elas. Os talentos latentes com os quais os corações destas crianças são dotados encontrarão expressão através da música. Por isso deveis vos empenhar em fazê-los proficientes; ensinai-as a cantar com excelência e eficiência. Incumbe a cada criança saber algo sobre música, pois sem conhecimento desta arte as melodias dos instrumentos e vozes não podem ser apropriadamente desfrutadas. Do mesmo modo, é necessário que as escolas as ensinem para que as almas e os corações dos alunos possam ser vivificados e alegrados, e suas vidas, abrilhantadas com alegria. A Promulgação da Paz Universal, pp. 62-63 14. A música é uma das artes importantes. Exerce um poderoso efeito sobre o espírito humano. As melodias musicais são determinadas coisas que demonstram ser provenientes de acidentes sobre vibrações etéreas, pois a voz nada mais é do que a expressão de vibrações, as quais, ao atingir o tímpano, afetam os nervos da audição. As melodias musicais são, portanto, aqueles efeitos peculiares produzidos por, ou provenientes de, vibração. Exercem, não obstante, o mais penetrante efeito sobre o espírito. Na verdade, apesar da música ser algo material, ainda assim exerce tremendo efeito espiritual, e sua maior conexão é com o reino do espírito. Se uma pessoa deseja fazer um discurso, este provará ser mais efetivo após serem ouvidas algumas melodias. Os gregos antigos, assim como os filósofos persas, tinham por hábito pronunciar seus discursos da seguinte maneira: primeiro tocavam algumas músicas, e quando o público atingia uma certa receptividade através deste meio, imediatamente abandonavam seus instrumentos e iniciavam seu discurso. Dentre os mais renomados músicos da Pérsia havia um chamado Bárbud, a quem, sempre que uma grande questão era suscitada na corte do rei, e o ministro falhava em persuadir o rei, imediatamente o assunto lhe era delegado após o que, ele ia com seu instrumento à corte e tocava a música mais apropriada e comovente e, assim, chegava-se rapidamente ao final da questão, pois o rei era de pronto atingido pelas tocantes melodias musicais, certos sentimentos de generosidade cresciam em seu coração e ele cedia. Podeis tentar o seguinte: se tendes um grande desejo e pretendeis alcançar um determinado fim, tentai fazê-lo diante de um grande público após um grande solo ter sido oferecido, porém deve ser diante de uma audiência sobre a qual a música produza efeito, porque há pessoas que são como pedras e a música não pode ter efeito sobre pedras. A música é um importante meio para a educação e desenvolvimento da humanidade, porém o único e verdadeiro caminho é através dos Ensinamentos de Deus. A música é como este copo, o qual deve ser preferivelmente imaculado e limpo. É exatamente como este cálice imaculado diante de nós, e os Ensinamentos de Deus, as emanações de Deus, são como a água. Quando o copo, ou o cálice está absolutamente imaculado e transparente e a água é perfeitamente fresca e límpida, então ele conferirá Vida; é esta a razão pela qual os Ensinamentos de Deus, quando apresentados na forma de cânticos ou entoações ou orações e são melodiosamente cantados, causam a mais forte impressão. Foi por este motivo que sua santidade Davi cantou os salmos no Santo dos Santos em Jerusalém em doces melodias. Nesta Causa, a arte da música é de suprema importância. A Abençoada Perfeição, quando esteve pela primeira vez no quartel ('Akká), repetiu esta declaração: "Se dentre os primeiros seguidores houvesse aqueles que tocassem algum instrumento musical, isto é, a flauta ou harpa, ou que cantassem, teriam encantado a todos." Em resumo: melodias musicais desempenham um importante papel nas associações, ou nas características interiores e exteriores, ou nas qualidades do homem, pois elas o poder motivador das suscetibilidades tanto materiais quanto espirituais. Que poder motivador é a música em todos os sentimentos de amor! Quando o homem está atraído ao Amor de Deus, a música exerce um grande efeito sobre ele. "Table Talk", 'Akká, julho de 1909, citado em Herald of the South, pp. 2-3 15. A voz é a vibração do ar, e é como as ondas do mar. A voz é produzida através da instrumentalidade dos lábios, garganta, dentes, língua, etc. Estes causam uma onda no ar, e esta onda atinge o nervo do ouvido, o qual é assim afetado. Isto é a voz. ... Há dois tipos de voz. Uma, quando o completo instrumento é perfeito; então a emissão do som é perfeita. A segunda é quando o instrumento é imperfeito, afetando a voz de tal maneira que está longe de ser agradável. O que acabamos de dizer, refere-se à voz em si mesma. É natural para o coração e o espírito obter prazer e contentamento de todas as coisas que apresentam simetria, harmonia e perfeição. Por exemplo: uma casa bonita, um jardim bem traçado, uma linha simétrica, um movimento gracioso, um livro bem escrito, vestes bonitas - de fato, todas as coisas que possuem graça ou beleza em si mesmas são agradáveis ao coração e ao espírito - portanto, é certo que uma verdadeira voz cause profunda satisfação. O que é música? É a combinação de sons harmoniosos. O que é poesia? É uma coleção simétrica de palavras. São agradáveis, portanto, em virtude da harmonia e do ritmo. A poesia é muito mais efetiva e completa do que a prosa. Ela comove mais profundamente, por ser de uma composição mais refinada. Uma voz refinada, quando unida a uma bela música causa um grande efeito, pois ambas são desejáveis e aprazíveis. Estas possuem, em si mesmas, uma organização própria e estão construídas sobre uma lei natural. Correspondem, portanto, àquela ordem da existência em que algumas coisas se encaixam como em um molde. Uma verdadeira voz encaixa-se no molde da natureza. Quando isto acontece, os nervos são afetados e estes, por sua vez, afetam o coração e o espírito. No mundo da existência as coisas físicas possuem uma conexão com as realidades espirituais. Uma destas coisas é a voz, a qual conecta-se com o espírito e, por seu intermédio, o espírito pode ser elevado - porque embora seja uma coisa física é uma das organizações materiais, naturais - sendo, portanto, efetiva. Todas as formas, quando corretamente entendidas, alegram o espírito. As melodias são como a água. A voz é como um cálice. A água pura em um copo límpido é aprazível. É, portanto, aceitável. Porém, mesmo quando a água for pura, se estiver em um cálice que não o seja, este recipiente fará com que a água se torne inaceitável. Portanto, uma voz defeituosa, mesmo que a música seja boa, será desagradável. Em resumo: as melodias, embora sejam algo material, estão conectadas com o espiritual e produzem, portanto, um grande efeito. Um certo tipo de melodia faz o espírito feliz, um outro tipo o torna triste, ainda outro, incita-o à ação. Todos estes sentimentos podem ser causados pela voz e pela música, pois através dos nervos, incitam e comovem o espírito. Por exemplo: quando alguém deseja levar um camelo por uma estrada através do deserto, pendura-lhe alguns sinos, ou toca flauta, e deste modo o som evita que o animal perceba a fadiga da viagem; seus nervos são afetados, porém ele não experimenta um progresso em seu pensamento, nada sente além de sensação física... O que quer que esteja no coração do homem, a música anima e desperta. Se um coração repleto de bons sentimentos e uma voz pura são unidos, um grande efeito é produzido. Por exemplo: se há amor no coração, através da música, o amor aumentará, tornando-se tão intenso que mal poderá ser suportado; porém, se maus pensamentos estão no coração, tais como ódio, estes aumentarão e se multiplicarão. Por exemplo: a música usada na guerra desperta o desejo de derramamento de sangue. Isto significa que a melodia torna mais intenso qualquer que seja o sentimento que está no coração. Alguns sentimentos ocorrem acidentalmente e outros possuem um embasamento. Por exemplo: algumas pessoas são naturalmente bondosas, porém elas podem acidentalmente irritar-se como resultado de uma onda de raiva. Ao ouvirem música, porém, a verdadeira natureza reassumirá. A música realmente desperta a natural, verdadeira natureza, a essência inicial. Seja qual for o propósito com que ouçais música, este propósito será ampliado. Por exemplo: haverá um concerto específico para os pobres e desafortunados, e se lá fordes pensando neste objetivo, a música aumentará sua compaixão e generosidade. Esta é a razão pela qual a música é usada na guerra. E assim é com todas as coisas que causam a excitação dos nervos. A Brief Account of My Visit to Acca, pp. 11-14 IV - De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 16. Com relação a cantar alguns dos hinos escritos pela sra. xxxx, ele acha que seria uma esplêndida idéia, e quando a sra. Lua Getsinger estava morando com a família do Mestre, ela freqüentemente os cantava e procurava ensiná-los às crianças pequenas da família. 22 de abril de 1928, a um Bahá'í 17. Ele considera que seria especialmente bonito assistir a grupos de crianças pequenas cantando esses hinos. 22 de abril de 1928, a um Bahá'í 18. O Guardião valoriza os hinos que você está compondo tão lindamente. Eles certamente contêm as realidades da Fé e ajudar-lhe-ão, certamente, a transmitir a Mensagem aos jovens. É a música que nos ajuda a tocar o espírito humano; é um meio importante que ajuda a comunicarmo-nos com a alma. O Guardião espera que através desta ajuda você transmitirá a Mensagem às pessoas e atrairá seus corações. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 19 19. Com relação à principal questão que levantaste que diz respeito a cantar hinos nas reuniões Bahá'ís, ele deseja que eu lhe assegure que não vê objeção alguma sobre isto. O elemento da música é, sem dúvida, um importante aspecto de todas as reuniões Bahá'ís. O próprio Mestre enfatizou sua importância. Porém, os amigos devem, com relação a esta, assim como em todas as outras coisas, não transpor os limites da moderação, e devem tomar muito cuidado em manter o estrito caráter espiritual de todas as suas reuniões. A música deve conduzir à espiritualidade e, ao proporcioná-la, cria-se uma atmosfera tal que não se lhe pode haver objeção alguma. Uma distinção de vital importância deve, contudo, ser claramente estabelecida entre cantar hinos compostos pelos crentes e entoar as Sagradas Emanações. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 20-21 20. Quanto à sua pergunta referente ao uso de música nas Festas de Dezenove Dias, ele deseja que assegure aos amigos que não apenas aprova tal prática, como considera que seja mesmo aconselhável que os crentes façam uso, em suas reuniões, de hinos compostos pelos próprios Bahá'ís e também daqueles hinos, poemas e entoações que são baseados nas Palavras Sagradas. 7 de abril de 1935, a um Bahá'í 21. Guardião ficou contente também em saber sobre seu profundo interesse pela música e seu desejo de servir a Fé ao longo deste caminho. Apesar de agora ainda ser bem o início da arte bahá'í, os amigos que sentem que possuem esta dádiva devem se esforçar para desenvolver e cultivar seus dons e, através de seus trabalhos, refletir, ainda que inadequadamente, sobre o Espírito Divino que Bahá'u'lláh soprou ao mundo. 4 de novembro de 1937, a um Bahá'í 22. Música, como uma das artes, é um desenvolvimento cultural natural, e o Guardião não sente que deve haver qualquer dedicação a mais à "Música Bahá'í" do que aquela que estamos tentando desenvolver para uma escola Bahá'í de pintura ou escrita. Os crentes são livres para pintar, escrever e compor da maneira que seus talentos os guiarem. Se a música é escrita incorporando os Escritos Sagrados, os amigos são livres para fazer uso dela, porém jamais deve ser considerado uma exigência ter-se tal música nas reuniões Bahá'ís. Quanto mais distantes os amigos mantiverem-se de quaisquer formas determinadas melhor, pois devem atentar para o fato de que a Causa é absolutamente universal, e o que pode parecer um bonito acréscimo ao seu modo de celebrar a Festa, etc., soaria, talvez, em ouvidos de pessoas de outro país, como sons desagradáveis - e vice-versa. Desde que tenham a música para seu próprio benefício, está tudo bem, porém não devem considerá-la música bahá'í. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 22-23 23. Música instrumental pode ser usada nas Festas Bahá'ís. 20 de agosto de 1956, a um Bahá'í 24. Com relação a produzir um livro com canções Bahá'ís, sua compreensão de que, neste momento, não existe uma expressão cultural que poderia ser chamada de Bahá'í (música, literatura, arte, arquitetura, etc., distintivas, como a flor da civilização e não surgindo no começo de uma nova Revelação) está correta. Isto não significa, contudo, que não temos canções Bahá'ís, em outras palavras, canções escritas por Bahá'ís sobre temas Bahá'ís... 21 de setembro de 1957, à uma Assembléia Espiritual Nacional 25. Deve tentar pesquisar e deliberar as questões sobre canções com o Comitê de Revisão de Conteúdo Bahá'í ou com a Assembléia Espiritual Nacional. Um Bahá'í pode escrever canções mencionando a Fé. Isto não é "Música Bahá'í", porém música na qual a Fé é mencionada - é isto, provavelmente, o que a Assembléia Espiritual Nacional quis dizer. 24 de outubro de 1957, a um Bahá'í POETAS COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA I - GUIA AOS POETAS Quanto à questão se Bahá'u'lláh delineou determinadas responsabilidades, obrigações, preferências e limites com relação aos poetas, Shoghi Effendi indica que os poetas são "mencionados separadamente" por Bahá'u'lláh. Eles, juntamente com "os sábios do mundo,... seus literatos,... seus místicos e até mesmo... seus comerciantes" são exortados por Bahá'u'lláh "a estarem atentos à Sua voz, reconhecerem Seu Dia e seguirem Suas ordens". Existem muitas passagens nos Escritos que dão testemunho da elevada posição que Bahá'u'lláh dá à prática das artes. Por exemplo: Foi revelado e é agora repetido que o verdadeiro valor dos artistas e dos artesãos deve ser reconhecido, pois eles trazem progresso aos assuntos da humanidade. Assim como as estruturas da religião são fortalecidas através da Lei de Deus, os meios de subsistência dependem daqueles que estão engajados nas artes e nos ofícios. A verdadeira aprendizagem é aquela que conduz ao bem-estar do mundo, não ao orgulho e presunção, ou à tirania, violência e pilhagem. Muitos versículos da poesia árabe e persa foram citados nos Escritos das Figuras Centrais da Fé. Por exemplo, no livro Os Sete Vales, Bahá'u'lláh faz referência a dois grandes poetas de Shíráz: Hafíz e Sa'dí, e a muitos outros que são conhecidos como místicos sufis. Com relação a se existem instruções específicas nos Escritos para guiar a atividade dos poetas, anexamos... uma compilação intitulada: Escritores(*), da qual muitos princípios podem ser extraídos. Por exemplo: (*) Ver o próximo tema compilado neste livro. · A importância de não ultrapassar os "limites da discrição e da sabedoria"; · O poder da "elocução humana" e a necessidade de dar-lhe o equilíbrio da "moderação" e do "refinamento"; · O uso da linguagem eloqüente, etc. As qualidades pessoais do poeta também são importantes. Neste sentido, 'Abdu'l-Bahá, em A Promulgação da Paz Universal (p. 168), ao descrever o progresso dos Bahá'ís da Pérsia, em particular (mas não exclusivamente) das mulheres, indicou que: "Elas estão imbuídas de todas as virtudes e excelências da humanidade. São eloqüentes; são poetizas e eruditas, e são a personificação da quintessência da humildade." 13 de março de 1988, memorandum em nome da Casa Universal de Justiça a um Bahá'í II - Orações e Epístolas aos Poetas Existem muitas Epístolas dirigidas a poetas por Bahá'u'lláh e 'Abdu'l-Bahá, muitas das quais ainda não traduzidas para o inglês. Inúmeras dessas Epístolas foram reunidas em um livro compilado por Ni'matu'lláh Bayda'í, intitulado Tadhkiriy-i Shu'aray-i-Qarn-i Avval-i-Bahá'í, 4 volumes (Teerã: Bahá'í Publishing Trust, B.E. 121, 123, 126, 129). Uma amostra do material disponível em inglês [e português] inclui: 1. Nas Epístolas de Bahá'u'lláh Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas (p. 196), Bahá'u'lláh dirige uma Epístola a Maqsud na qual comenta sobre sua poesia nas seguintes palavras: "Cada palavra de tua poesia assemelha-se, realmente, a um espelho no qual se refletem as evidências da devoção e do amor que tu nutres por Deus e por Seus eleitos. Feliz és tu que sorveste do vinho seleto das palavras e tiveste teu quinhão da corrente suave do verdadeiro conhecimento. Bem-aventurado é aquele que bebeu até se saciar e a Ele atingiu, e que sejam infelizes os desatentos. Sua leitura provou ser altamente compreensiva, pois indicou tanto a luz da reunião como o fogo da separação." 2. Em Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas, vols. 1-3 (Chicago: Bahá'í Publishing Society, 1930, 1940, 1930); pp. 223-24; p. 404; e p. 546, existem três Epístolas do Mestre a indivíduos que submeteram poemas à Sua apreciação: "Ó tu que estás atraído ao Reino de Deus! Tua carta foi lida com a maior atenção. A poesia é bela. Louvado seja Deus, tu estás afastado de tudo o mais salvo do Pai Celestial. Tu foste do mundo - mas agora és do Reino do Poder. Tu estás espalhando os Ensinamentos divinos. Graças a Deus, estás passando por testes no caminho do Reino e estás suportando as perseguições e os sofrimentos. Tais tribulações levam ao desenvolvimento espiritual e a descida do Espírito Santo. Ó tu que és uma serva de Deus! Suplico a Deus que Ele te conceda a graça de tornar-te uma mensageira do Reino em todos esses lugares, de forma a que possas proclamar as boas-novas do Senhor das Hostes." "Ó tu que tens doce expressão! Teu poema é uma maravilha para as mentes e intelectos, e tua composição uma evidência do dom que o grande Senhor te concedeu. Portanto, teu vinho é vinho puro, teu coração um recanto de luz e teu semblante radiante de amor. Se as pessoas do mundo forem justas em seu julgamento, a doçura de teu poema seria uma prova suficiente. Um jovem da posteridade de Israel cuja boca de pureza ainda emite a fragrância do leite, expressando tão maravilhoso hino!" "Ó tu serva de Deus! Tua poesia foi recebida. O conteúdo muito gracioso. As palavras, eloqüentes, e o tema, Luz Manifesta. Conseqüentemente, foi altamente apreciado. Esforce-te, tanto quanto te seja possível, para que dia a dia possas enfileirar as pérolas da poesia com ritmos ainda mais doce e conteúdo mais eloqüentes, a fim de conduzir teu nome à perpetuidade em reuniões espirituais. Para ti, saudações e louvores!" 3. Também em Tributo aos Fiéis (1ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá'í do Brasil, 2004), 'Abdu'l-Bahá descreve a vida e os serviços prestados por um considerável número de crentes, os quais Ele caracteriza como poetas. Ver: pp. 32-36; pp. 80-82; pp. 101-102 e pp. 142-144. 13 de março de 1988, memorandum em nome da Casa Universal de Justiça a um Bahá'í ESCRITORES COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA (AMPLIADA) I - DOS ESCRITOS DE Bahá'u'lláh 1. Tu escreveste que um dos amigos compôs um tratado. Isto foi mencionado na Sagrada Presença, e isto é o que foi revelado em resposta: Muita cautela deve ser exercida para o que quer que seja escrito nestes dias não seja causa de dissensão, nem desperte a objeção das pessoas. O que quer que os amigos do verdadeiro Deus digam nestes dias é ouvido pelos povos do mundo. Assim foi revelado no Lawh-i-Hikmat: "...os descrentes têm inclinado a Nós os ouvidos a fim de ouvirem o que os possa capacitar a cavilar de Deus, o Amparo no perigo, o Subsistente por Si próprio."(1) O que quer que seja escrito não deve transgredir os limites do tato e da sabedoria, e as palavras usadas devem conter as propriedades do leite, para que assim as crianças do mundo possam por este ser nutridas, e atingir a maturidade. Nós dissemos no passado que uma palavra tem a influência da primavera e torna os corações frescos e verdejantes, enquanto que outra é como praga que faz os brotos e as flores murcharem. Deus permita que dentre os amigos surjam autores que escrevam de tal maneira que seja aceitável às mentes imparciais, e que não leve à zombaria das pessoas. (1) Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 157. De uma Epístola de Bahá'u'lláh a um crente, traduzida do persa e árabe para o inglês 2. Dizei: Ó homens! Este é um Dia inigualável. Também inigualável deve ser a língua que celebra o louvor do Desejo de todas as nações, inigualável a ação que aspira a ser por Ele aceita. A raça humana inteira tem ansiado por este Dia, a fim de que possa, quiçá, cumprir o que for bem condizente com sua posição e digno de seu destino. Bem-aventurado o homem que os afazeres do mundo não puderam impedir de reconhecer Aquele que é o Senhor de todas as coisas. Seleção dos Escritos de Bahá'u'lláh, p. 41 3. Como é grande a multidão de verdades que a vestimenta das Palavras jamais poderá conter! Como é vasto o número de tais verdades que nenhuma expressão adequadamente descreve, cujo significado jamais se desvelará e às quais não podem ser feitas nem sequer as mais remotas alusões! Como são múltiplas as verdades que não devem ser expressas antes que venha o tempo marcado! Assim como se tem dito: "Nem tudo o que um homem sabe, pode ser revelado, nem tudo o que lhe é possível revelar deverá ser julgado oportuno, nem todo dizer oportuno pode ser considerado adaptável à capacidade dos que o ouvem." Destas verdades, algumas podem ser reveladas somente na medida da capacidade dos repositórios da luz de Nosso conhecimento e dos recipientes de Nossa graça oculta. Suplicamos a Deus que te fortaleça com Seu poder e te capacite a reconhecer Aquele que é a Fonte de todo o conhecimento, para que te possas desligar de toda erudição humana, pois, "que proveito traria a um homem esforçar-se para adquirir erudição após haver encontrado e reconhecido Aquele que é o Objeto de todo o conhecimento?" Segura-te à Raiz do Conhecimento e Àquele que é sua Fonte, para que te vejas independente de todos os que se dizem bem versados na erudição humana e cuja pretensão nenhuma prova clara, nem o testemunho de qualquer livro esclarecedor, pode sustentar. Seleção dos Escritos de Bahá'u'lláh, pp. 136-137 4. Neste Dia, os segredos da terra são desvendados diante dos olhos dos homens. As páginas de jornais rapidamente aparecendo são, em verdade, o espelho do mundo. Refletem os feitos e as ocupações dos diversos povos e raças - refletem e também os tornam conhecidos. São um espelho dotado de audição, visão e expressão oral. É este um fenômeno extraordinário, potente. Cumpre a seus redatores, porém, se purificarem da influência dos maus desejos e paixões e se adornarem com as vestes da justiça e eqüidade. Devem investigar as situações, tanto quanto lhes seja possível, certificando-se dos fatos, e então registrá-los por escrito. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 48 5. Mal te convém fixar teu olhar nos tempos antigos nem nos mais recentes. Faze tu menção deste Dia e magnifica o que nele apareceu. Será, em verdade, suficiente para todo o gênero humano. De fato, exposições e discursos para a explicação de tais assuntos esfriam os espíritos. É mister expressar-te de tal modo que possa inflamar os corações dos verdadeiros crentes a fazer elevarem-se seus corpos. ... Ensina tu a Causa de Deus com tais palavras que façam arderem as sarças e delas se erguer o chamado: "Verdadeiramente, nenhum Deus há, senão Eu, o Todo-Poderoso, o Absoluto." Dize: A palavra humana é uma essência que aspira a exercer sua influência e necessita de moderação. Quanto à sua influência, isso é condicionado ao aperfeiçoamento, o qual por sua vez depende de corações que estejam desprendidos e puros. Quanto à sua moderação, esta tem de ser combinada com tato e sabedoria, assim como prescrevem as Sagradas Escrituras e Epístolas. Medita sobre aquilo que tem emanado do céu da Vontade de teu Senhor, dAquele que é a Fonte de toda a graça, a fim de poderes compreender o significado que se tem em vista, o qual se encerra nas sagradas profundezas das Santas Escrituras. Epístolas de Bahá'u'lláh, pp. 159-160 6. Cada palavra de tua poesia assemelha-se, realmente, a um espelho no qual se refletem as evidências da devoção e do amor que tu nutres por Deus e por Seus eleitos. Feliz és tu que sorveste do vinho seleto das palavras e tiveste teu quinhão da corrente suave do verdadeiro conhecimento. Bem-aventurado é aquele que bebeu até se saciar e a Ele atingiu, e que sejam infelizes os desatentos. Sua leitura provou ser altamente compreensiva, pois indicou tanto a luz da reunião como o fogo da separação. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 196 II - Dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá 7. Espero que tenhas sucesso em escrever teu livro. A linguagem, entretanto, deve ser moderada, adequada e infinitamente cortês. Não atente para a linguagem usada por aquele escrito hostil, pois ele foi preconceituoso e sem refinamento. Qualquer pessoa com o menor grau de eqüidade entenderá que seus escritos são totalmente parciais e inspirados por animosidade. Isto é prova suficiente de que o que ele escreveu é espúrio. De uma Epístola a um bahá'í, traduzida do persa para o inglês 8. Almas puras, tais como Mirza Abu'l-Fadl, sobre ele esteja a Glória de Deus, passava suas noites e dias demonstrando a verdade desta Revelação, ao apresentar provas brilhantes e conclusivas e propagando as verdades desta Fé, ao levantar os véus, promover a religião de Deus e espalhar Suas fragrâncias. De uma Epístola a um bahá'í, traduzida do persa para o inglês 9. Muita cautela deve ser exercida ao realizar esta tradução. O sr. xxxx deve fazer um esforço supremo para que a linguagem seja a mais seleta, eloqüente e lúcida, ainda que o texto dependa da opinião de especialistas em linguagem e seja submetido a eles. De uma Epístola a um bahá'í, traduzida do persa para o inglês 10. São muitos os assuntos a serem ensinados às crianças nas escolas, e por falta de tempo Nós podemos abordar apenas alguns: O primeiro e mais importante é educar o comportamento e o bom caráter; a retificação das qualidades; despertar o desejo de se tornar realizado e adquirir perfeições, e aderir à religião de Deus e permanecer firme em Suas Leis; prestar total obediência a todo governo justo, demonstrar lealdade e fidelidade ao governante da época, e desejar o bem da humanidade, ser bom para todos. E mais, assim como os ideais de caráter, a instrução nas artes e ciências é benéfica, e também nas línguas estrangeiras. Também, a repetição de orações para o bem-estar dos governantes e dos governados; e evitar os trabalhos materialistas que são correntes entre aqueles que vêem apenas as causas naturais, e histórias de amor, e livros que despertem paixões. Resumindo, façam com que todas as aulas sejam inteiramente devotadas à aquisição das perfeições humanas. Eis aqui então, de maneira abreviada, instruções para o currículo das escolas. Saudações e louvor estejam sobre todos. The Bahá'í World: 1972-1976, vol. 16, pp. 36-37 11. Escreveste a respeito dos peregrinos e das notas de peregrinos. Qualquer narrativa que não for autenticada por um Texto não deverá merecer confiança. Narrativas, ainda que verdadeiras, causam confusão. Para o povo de Bahá, o Texto e apenas o Texto é autêntico. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês, citada em carta do Centro Internacional de Ensino ao Corpo Continental de Conselheiros para as Américas de 1o de julho de 1984 III - De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 12. Estou encantado com tão esplêndida produção. Eu recomendo fortemente que garanta a assistência de um dos melhores e mais respeitados editores na Inglaterra e assegure que seu trabalho receberá atenção integral com relação à forma exterior e o estilo de impressão. O livro está correto na apresentação da essência da Fé, é eminentemente legível, primorosamente organizado e possui um encanto distintivo insuperável por qualquer outro livro do mesmo tipo, seja ele escrito por crentes do Ocidente ou do Oriente. Eu o recomendo, entusiasticamente, a todo sincero e devotado instrutor da Causa. Do próprio punho de Shoghi Effendi anexa a uma carta, 11 de novembro de 1927, a um Bahá'í 13. Sua habilidade literária lhe faz especialmente qualificado para ensinar a Causa. Pois no mundo de hoje, muito pode ser realizado através do poder da pena. Tudo o que precisa é procurar aprofundar seu conhecimento na história e nos ensinamentos da Fé e, assim bem equipado, seguramente obterá um glorioso sucesso - Bahá'u'lláh nos assegurou que Ele estará sempre ao nosso lado e nos dará toda ajuda que precisarmos. Deve, portanto, levantar-se firmemente para servir nossa Amada Causa e dedicar o resto de sua vida a nobre ideais, os quais busca realizar. 30 de julho de 1932, a um Bahá'í 14. O que Bahá'u'lláh fundamentalmente quis dizer com "ciências que começam e terminam em palavras" são aqueles tratados e comentários teológicos que mais sobrecarregam a mente humana ao invés de ajudá-la a alcançar a verdade. Os estudantes devotariam suas vidas ao seu estudo, porém ainda assim, não chegariam a lugar algum. Bahá'u'lláh, certamente, jamais pretendeu incluir o dom de escrever histórias nesta categoria; e a taquigrafia e datilografia são ambas habilidades muito úteis, muito necessárias em nossa atual vida social e econômica. O que poderia, e deveria fazer, é usar suas histórias para que venham a ser uma fonte de inspiração e guia para aqueles que as lêem. Com tal meio à tua disposição, pode difundir o espírito e os ensinamentos da Causa; pode mostrar os males que existem na sociedade, assim como a maneira pela qual podem ser remediados. Caso possua verdadeiro talento para escrever, deve considerá-lo como concedido por Deus e empregar todo esforço a fim de usá-lo para o engrandecimento da sociedade.(*) (*) Este conselho foi dado a um crente que perguntou se aptidões tais como taquigrafia e datilografia, e escrever histórias que tratam das experiências humanas deveriam ser classificadas entre aquelas ciências que "começam e terminam em palavras", como mencionado por Bahá'u'lláh. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 19-20 15. Shoghi Effendi tem dito freqüentemente que as notas dos peregrinos deveriam ser apenas para uso pessoal e que não têm absolutamente nenhuma autoridade. 26 de fevereiro de 1933, a um Bahá'í 16. Ele recebeu e leu com o mais profundo interesse os manuscritos que anexaste a sua carta, um intitulado The Ocean of His Utterances [O Oceano de Suas Palavras] e o outro consistindo de um longo poema no qual fez uma tentativa de apresentar a Mensagem indiretamente. Quanto a este último, ele aprova sua sugestão de escrever em forma de série e de referir-se mais diretamente à Causa. Ele aconselha, contudo, que expresse o assunto de uma tal forma a torná-lo interessante e atraente ao leitor não-bahá'í. A apresentação direta dos Ensinamentos é, com certeza, extremamente importante e mesmo indispensável nos dias de hoje. Porém, isto deve ser feito com o máximo cuidado e tato, e de uma maneira que atrairia os não-crentes. 31 de dezembro de 1935, a um Bahá'í 17. Há uma enorme necessidade de se ensinar a Causa no momento atual; todo Bahá'í deve ensinar e cada um possui sua própria capacidade e pode ter a expectativa de atingir algumas almas que respondam aos seus esforços. Seu dom de escrever, sob todas as formas, deve ser utilizado no serviço à Causa. Cada um é, forçosamente, apenas um instrumento ao dar a Mensagem, a qual é mais ou menos maquiada por sua própria capacidade e visão de vida. Não há mal algum nisso. Deve escrever livremente o que sente, o que deseja transmitir à mente do leitor; posteriormente, você mesmo e aqueles que lêem os manuscritos e as publicações Bahá'ís podem ter certeza de que todos as suas colocações estão em conformidade com os Ensinamentos. A maneira como você os oferece e apresenta é uma questão individual e não há objeção a isto de modo algum. Ele não recomendaria a ficção como um meio para o ensino; a condição do mundo é por demais crítica para permitir demora em lhe ser oferecido o ensino direto, associado ao nome de Bahá'u'lláh. Porém, quaisquer abordagens apropriadas da Fé que interessem a este ou aquele grupo é certamente digna de esforço, já que desejamos levar a Causa a todos os homens, em todas as áreas da vida, de todas as mentalidades.(*) (*) Este conselho foi dado a um crente que buscou aconselhar-se com o Guardião sobre como se deve usar a habilidade de escrever para ensinar a Fé. O crente propôs escrever um romance no qual os ensinamentos Bahá'ís e sua Fonte seriam apresentados indiretamente e de uma maneira a estimular a curiosidade e o desejo de busca do leitor. 23 de março de 1945, a um Bahá'í 18. Quanto à sua pergunta sobre quais cursos seriam mais úteis a serem estudados por você: Ele sente que ambos, rádio e jornalismo, são áreas nas quais os Bahá'ís poderiam aprender a se expressar bem em prol do seu trabalho no ensino, e lhe aconselha, se tiver tempo, a estudar estes assuntos. 15 de agosto de 1945, a um Bahá'í 19. Sua sugestão referente a um livro para o público em geral é boa. A questão, entretanto, não é apenas se temos Bahá'ís competentes para apresentar este assunto de uma forma que possa captar a atenção do público, mas também, se tal livro existisse atingiria seu propósito? Infelizmente, não temos muitos escritores Bahá'ís capazes, e a condição de confusão no mundo é tal que parece duvidoso que semelhante trabalho prenderia a atenção de uma humanidade distraída. Precisamos, contudo, de mais e melhores livros Bahá'ís, e ele sugere que apresente sua idéia às Assembléias Nacionais Alemã, Britânica e Americana. 26 de outubro de 1950, a um Bahá'í 20. Não há objeção que seja um jornalista, desde que se mantenha fora dos assuntos políticos; especialmente a grande questão Ocidente-Oriente. Você possui talento para escrever e isto pode te ser de grande ajuda financeiramente e para fazer contatos para a Fé. 30 de novembro de 1950, a um Bahá'í 21. Quanto ao conselho que pediu, ele sente que é muito arriscado se alguém dedica todos os seus estudos com o objetivo de se tornar um escritor bahá'í. Precisamos muitíssimo de escritores Bahá'ís, porém deve se assegurar de que tem suficiente talento para ganhar a vida neste campo, e também servir a Fé através dele. Ele sente que a melhor coisa para você é dedicar seus estudos a adquirir uma boa educação, se gosta da linha literária, e então, ver como as coisas se desenvolvem. 14 de maio de 1957, a um Bahá'í IV - De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça 21. A Casa Universal de Justiça considerou sua carta de 6 de dezembro de 1979 referente ao romance que está escrevendo que envolve um relacionamento romântico e onde pergunta se deve continuar com este projeto à luz do conselho de 'Abdu'l-Bahá que os currículos das escolas devem evitar histórias de amor. Fomos solicitados a dizer que o que deve ser evitado são histórias que despertem paixões. De acordo com o que diz, o propósito de sua história é suscitar as mais altas motivações na vida e, na verdade, propagar o espírito e os ensinamentos da Causa. 23 de dezembro de 1979, a um Bahá'í 22. ...referindo-se à "revisão de conteúdo" da literatura, especificamente se a Casa Universal de Justiça estaria considerando algumas alterações na diretriz sobre o processo de "revisão de conteúdo"(*), por favor transmitam a ele que nenhuma mudança foi cogitada até o momento. (*) Não confundir com revisão de tradução e/ou ortográfica. Todo Bahá'í ao editar qualquer tipo de material (livro, filme, panfleto, etc.) que contenha informações sobre a Fé Bahá'í ou assuntos relacionados, seja por empresas Bahá'ís ou não-Bahá'ís, deve obrigatoriamente apresentar antecipadamente à publicação, seu trabalho para aprovação do seu conteúdo à Assembléia Espiritual Nacional do país em que pretende lançar tal obra. A única exeção é para os trabalhos acadêmicos. n.e. Este assunto algumas vezes tem motivado calorosas discussões na comunidade bahá'í, particularmente entre eruditos no Ocidente... Neste estágio inicial do desenvolvimento da Fé Bahá'í, que se defronta com grandes obstáculos para se estabelecer em um mundo que é altamente crítico, muitas vezes até antagonista quanto à novas idéias, em cujas comunicações a mídia tende a enfatizar informações negativas, é importante que os autores Bahá'ís, redatores e produtores de filmes se esforcem para apresentar a Fé com fidelidade e dignidade. Uma coisa é um não-Bahá'í fazer afirmativas errôneas sobre a Fé, podendo ser desculpado com base em sua ignorância sobre a Fé, mas para um Bahá'í cometer tais erros é algo totalmente diferente, porquanto ele é considerado conhecedor daquilo que divulga. Portanto, de um autor Bahá'í espera-se que ele assegure-se, num grau máximo, de dar informações corretas da Fé em seu trabalho; e em sua ajuda pode recorrer às facilidades de "revisão de conteúdo" providas pelas instituições Bahá'ís. Um grande número de autores espontaneamente e informalmente submete seus manuscritos a algum tipo de revisão, embora não necessariamente considerem-na como "revisão de conteúdo" quando solicitam comentários e críticas de pessoas cujas qualificações e julgamento respeitam e acatam. Submeter um trabalho à "revisão Bahá'í de conteúdo" não é uma grande exigência, e pode ser menos necessária, em alguns casos, do que uma "revisão crítica" rigorosa de obras científicas antes de sua publicação. Da mesma forma que os cientistas aceitam a disciplina curricular da Crítica, no interesse de assegurar a precisão e integridade de suas dissertações, os autores Bahá'ís respeitam a função da "revisão de conteúdo" na comunidade bahá'í. A Fé Bahá'í faz afirmativas muito sérias e tem uma história rica e complexa, mas é ainda uma nova religião cujos preceitos não são amplamente entendidos. Tem sofrido severas perseguições na terra de seu nascimento e enfrentado séria oposição em outros lugares onde seus detratores não têm constrangimento algum em deturpar seus propósitos. Até que sua história, ensinamentos e práticas sejam bem conhecidos em todo o mundo, será necessário que a comunidade Bahá'í se esforce, começando internamente, a apresentar informações corretas sobre a Fé em livros, filmes ou outra forma de comunicação externa. Isso pode ser feito sem violar o princípio de liberdade de expressão, o qual, de acordo com os ensinamentos da Fé, é um direito vital de todas as pessoas. "Embora a função de 'revisão de conteúdo' na comunidade Bahá'í trate de examinar a exatidão da exposição de um autor, quanto ao que diz sobre a Fé e seus ensinamentos, esta função não deve ser confundida com avaliação do mérito literário do trabalho ou de seu valor como uma publicação, as quais são normalmente prerrogativas do editor." (25 de setembro de 1989, a um bahá'í) "A Casa de Justiça não acha ter sido possível até agora isentar os eruditos Bahá'ís do processo de 'revisão de conteúdo' para suas publicações em geral. Existem duas razões para isso. Embora existam eruditos Bahá'ís que têm um profundo conhecimento da Causa e certamente não iriam mal-informar ou distorcê-la em seus escritos, existem, infelizmente, alguns que, embora tendo qualificações acadêmicas em uma determinada área, são ainda seriamente carentes em seus conhecimentos dos ensinamentos. Os escritos de tais autores, se publicados sem a 'revisão de conteúdo', podem dar uma impressão errônea da Fé aos olhos do público em geral, e o próprio fato de seus autores serem reconhecidos como acadêmicos aumentaria seriamente os erros que estariam propagando neste estágio do desenvolvimento da Fé. Ainda mais, a Casa de Justiça sente não ser sábio, nesta conjuntura, ter uma lista de eruditos Bahá'ís confiáveis, cujos trabalhos não estariam sujeitos à 'revisão de conteúdo', diferentemente do que se exige de todos os outros crentes." (17 de março de 1988, a um bahá'í) Talvez seja do interesse do dr. xxxx, no caso de não ter sido já informado sobre isso, que há algum tempo a Casa de Justiça decidiu que teses de doutorado e tratados similares submetidos a instituições de ensino superior, para obtenção de um título de formação universitária, não estariam sujeitos à "revisão Bahá'í de conteúdo", se não forem publicados mais amplamente além do exigido pela titulação em questão. 8 de setembro de 1991, a um Bahá'í V - De Uma Carta Escrita pela Editora Bahá'í do Brasil 23. ...somos muito agradecidos por você pedir nossa permissão para incluir materiais da Editora Bahá'í do Brasil na World Wide Web. ...Escritos das três Figuras Centrais, de Shoghi Effendi e documentos da Casa Universal de Justiça podem ser usados livremente. De acordo com uma carta da Casa Universal de Justiça à Assembléia Espiritual Nacional dos E.U.A., datada de 9 de abril de 1981: "...Assembléias Nacionais e crentes são livres para citar em suas publicações quaisquer dos Escritos das três Figuras Centrais da Fé ou dos escritos do amado Guardião, tanto no idioma original como sua tradução, sem necessitar obter autorização dos proprietários do copyright, a não ser que o copyright, no caso de uma tradução, seja um indivíduo ou uma instituição não-bahá'í..." Quando citar os Escritos Bahá'ís, deve ter muito cuidado para assegurar que as passagens citadas são exatas e apresentadas de um modo digno. O Departamento de Revisão de Conteúdo/Pesquisa do Centro Mundial Bahá'í é capaz de responder qualquer questionamento que concerne ao uso certo dos Escritos. Por favor, identifique as fontes de todas as citações, usando as fontes originais ao invés de fontes secundárias. Use a mais recente fonte publicada. Existem algumas fontes que têm traduções ultrapassadas ou seções não-autênticadas e portanto não devem ser usadas sem serem checadas. Alguns casos: Star of the West; Bahá'í World Faith; Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas, Bahá'í Scriptures e `Abdu'l-Bahá on Divine Philosophy. Por favor, contate-nos ou ao Departamento de Revisão de Conteúdo/Pesquisa da Casa Universal de Justiça caso tenha alguma dúvida sobre a autenticidade de alguma passagem. Em 2005, publicamos um Manual de Procedimentos para Publicações Bahá'ís, este precioso material contém uma seção com várias orientações e explanações de alguns textos e orações que comumente há muita dúvida, caso for do seu interesse enviamos-lhe em formato eletrônico. Por favor, use a seguinte norma ao citar Textos Sagrados: (autor, título, edição, local, editora, ano de publicação, número da página) Por exemplo: ['Abdu'l-Bahá, Respostas a Algumas Perguntas. 5ª ed. Mogi Mirim: Editora Bahá'í do Brasil, 2001, pp. 123-143.] Também, inclua uma nota de permissão aos créditos de seu trabalho, similar aos exemplos abaixo: · Respostas a Algumas Perguntas, copyright 1948, 1959, 1979, 2001 pela Editora Bahá'í do Brasil. · Epístolas de Bahá'u'lláh Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas, copyright 1983 pela Editora Bahá'í do Brasil. Livros de autores Bahá'ís, panfletos ou outros trabalhos publicados pela Editora Bahá'í e não escritos pelas Figuras Centrais estão sob copyright. Deve pedir permissão para cada item que queira postar na Internet ou publicar. ...Não fornecemos arquivos eletrônicos de quaisquer de nossos trabalhos. Os programas Ocean e BahaiResearch ou qualquer outro que contenha livros em formato eletrônico são de iniciativas individuais e a Editora Bahá'í não se responsabiliza pelo material neles contido e se possuem a última versão atualizada. Nós pedimos, como cortesia, que o amigo disponibilize ao leitor em sua página na Internet ou em suas publicações que contenha qualquer item publicado pela Editora Bahá'í do Brasil, o nosso site: www.editorabahaibrasil.com.br. 15 de dezembro de 2006, a um Bahá'í HUMOR E RISOS COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA I - DOS ESCRITOS DE Bahá'u'lláh Parece-me sentir, nesse momento, o almíscar das vestes do José de Bahá(*), verdadeiramente Ele parece estar ao alcance da mão, ainda que os homens pensem estar Ele muito longe.(**) Minh'alma realmente sente o perfume que vem do Bem-Amado. Minha percepção inebria-se com a fragrância de Meu querido companheiro.(***) (*)Esta é uma alusão a história de José como está no Alcorão e na Bíblia. (**)Isto se refere àqueles que não esperavam o iminente advento de "Aquele a Quem Deus tornará Manifesto". (***) Todo este parágrafo está em árabe no texto original de Bahá'u'lláh. Obedece ao dever dos longos anos de amor E dos felizes dias idos relata o ardor, Para que céu e terra se alegrem de emoção, E isso possa alegrar olhos, mente e coração. Os Quatro Vales, p. 19 2. De modo idêntico às nuvens, vertamos lágrimas; e como os relâmpagos coriscantes, riamo-nos de nossas carreiras pelo Leste e pelo Oeste. Dia e noite, restrinjamos os pensamentos à disseminação dos doces eflúvios de Deus. Não persistamos perpetuamente em nossas fantasias e ilusões, em nossas análises, interpretações e difusão de dúvidas complexas. Ponhamos de lado todas as cogitações do ego; fechemos os olhos a todos na Terra. Não demos a conhecer nossos sofrimentos, nem deploremos as injustiças contra nós cometidas. Antes, esqueçamo-nos de nós mesmos e, sorvendo do vinho da graça celestial, exclamemos nosso júbilo e percamo-nos no êxtase da abnegação ante a beleza do Todo-Glorioso. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, n.195, p. 215 3. Prisão era para ele [Mirza Ja'far-i-Yazdí] um jardim de rosas, e sua cela estreita, um lugar amplo e perfumado. Enquanto estávamos na fortaleza, ele caiu gravemente doente e ficou confinado à cama. Seu estado de saúde passou por muitas complicações, até que o médico finalmente desistiu dele e não mais o visitou. Então, o enfermo deu seu último suspiro. Mirza Áqá Ján correu para Bahá'u'lláh, para dar a notícia da morte. Não apenas havia o paciente cessado de respirar, como o corpo perdera todas as forças. Sua família estava reunida à sua volta, lamentando e vertendo lágrimas amargas. A Abençoada Beleza me disse: -- Vá, entoe a oração de Yá Sháfí - Ó Tu, O que cura - e Mirza Já'far reviverá. Muito rapidamente, ele estará bem como sempre. Cheguei à sua cabeceira. Seu corpo estava frio e todos os sinais da morte estavam presentes. Vagarosamente, ele começou a se mexer; logo podia mover os membros, e antes que se passasse uma hora levantou a cabeça, sentou-se e começou a rir e a contar anedotas. Viveu por muito tempo depois disso, sempre ocupado servindo os amigos. Servir era um motivo de orgulho para ele; para todos era um servo. Era sempre modesto e humilde, invocando a Deus, e no mais alto grau, cheio de esperança e fé. Finalmente, enquanto ainda na Maior Prisão, ele abandonou essa vida terrena e alçou vôo para a vida do além. Tributo aos Fiéis, p. 154-155 Eu desejo tornar manifesto entre os amigos da América uma nova luz, de modo que possam se tornar um novo povo, que um novo alicerce possa ser estabelecido e completa harmonia seja realizada, pois o alicerce de Bahá'u'lláh é o amor. Quando fordes a Green Acre, devereis ter infinito amor uns pelos outros, cada um preferindo o outro a si mesmo. O povo deve ser tão atraído a vós a ponto de exclamar: "Que felicidade existe entre vós!" e verão em vossas faces as luzes do Reino; e então, maravilhados, volver-se-ão a vós e buscarão a causa de vossa felicidade. Deveis dar a mensagem através de ações e obras, não somente por palavras. Palavras devem ser conjugadas com atos. Deveis amar vossos amigos mais do que a si próprios; sim, estai prontos a vos sacrificar. A Causa de Bahá'u'lláh ainda não se tornou visível neste país. Desejo que estejais prontos a sacrificar tudo uns pelos outros, até mesmo a própria vida; então saberei que a Causa de Bahá'u'lláh foi estabelecida. Rezarei por vós para que vos torneis a causa da elevação das luzes de Deus. Que todos vos apontem, perguntando: "Por que estas pessoas são tão felizes?" Quero que sejais felizes em Green Acre, para sorrirdes e regozijardes a fim de que outros possam se tornar felizes por vosso intermédio. Rezarei por vós. A Promulgação da Paz Universal, p. 270 5. Meu lar é o lar da paz. Meu lar é o lar de alegria e deleite. Meu lar é o lar de risos e exaltação. Quem entrar pelos portais deste lar tem que sair com um coração jovial. Este é o lar de luz; quem aqui entrar tem que se tornar iluminado.(*) (*) "Nota de Peregrino." Não é considerado como texto autêntico, mas sim, anotações de palavras de 'Abdu'l-Bahá feitas em 26 de março de 1914, em Haifa, Israel, extraídas do diário de um indivíduo - conforme carta da Casa Universal de Justiça de 21.3.1978. Ver 'Abdu'l-Bahá, O Centro do Convênio, H.M. Balyuzi, p. 428, onde ele relata este acontecimento. Star of the West, vol. 9, no. 3, p. 40 III - De Cartas Escritas em Nome da Casa Universal de Justiça 6. ...mesmo que o humor não deva ser suprimido ou visto com reprovação, não deve ser tolerado se for para ferir os sentimentos de outros. Se alguém diz ou faz algo em tom humorístico, não deve ser feito para criar preconceitos de qualquer espécie. Deve-se lembrar a admoestação de 'Abdu1'l-Bahá: "Estejas alerta para não ofenderes os sentimentos dos outros ou sejas a causa da tristeza de qualquer coração..."(1) (1) Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas, vol. I, p. 45. 1o de dezembro de 1977 a um Bahá'í 7. Nas páginas 47 e 48 de O Advento da Justiça Divina, o amado Guardião descreve os requisitos não só da castidade, mas de "uma vida casta e santa" - ambos os adjetivos são importantes. Um dos sinais de uma sociedade decadente, um sinal que é muito evidente no mundo hoje em dia, é uma devoção quase frenética ao prazer e à diversão, uma sede insaciável de entretenimento, uma devoção fanática a jogos e esportes, uma relutância em tratar qualquer assunto com seriedade, e uma atitude desdenhosa, zombeteira, com respeito a virtude e valor sólido. O abandono de uma "conduta frívola" não implica que um Bahá'í tenha que ser uma pessoa de cara amarrada ou perpetuamente solene. Humor, felicidade e alegria são características de uma verdadeira vida bahá'í. A frivolidade enfastia e finalmente leva ao tédio e ao vazio, porém, a verdadeira felicidade, alegria e humor, que são partes de uma vida equilibrada que inclui pensamentos sérios, compaixão e humilde servitude a Deus, são características que enriquecem a vida e acrescem à sua radiância. A escolha de palavras por Shoghi Effendi sempre foi significativa e cada uma delas é importante na compreensão de sua orientação. Neste trecho específico, ele não proíbe prazeres "triviais", porém previne contra "excessivo apego" aos mesmos e indica que eles podem, muitas vezes, ser "mal-orientados". Lembremos da advertência de 'Abdu'l-Bahá de não deixarmos um passatempo transformar-se em um desperdício de tempo. Uma Vida Casta e Santa, pp. 11-12 8. Também o humor, assim como você diz, é um elemento essencial em preservar um balanço apropriado na vida e em nossa compreensão da realidade. 23 de julho de 1985 a um Bahá'í 9. A Casa de Justiça sugere que devam rever o uso de o humor em seus relatórios para assegurar que a possibilidade de insensibilidade não seja inadvertidamente transmitida nos mesmos. Foi notado isto no relatório de um leilão feito num salão de dança oferecido pela Assembléia Espiritual Local de... Enquanto a intenção do autor foi claramente em tom cômico à exuberância e entusiasmo que se manifestaram durante o evento, todo cuidado deve ser exercido para evitar ofender àqueles que estão sensibilizados aos históricos acontecimentos da opressão da mulher e da negação de seus direitos humanos. A Casa de Justiça confia que vocês acharão a melhor maneira de reportar estas observações aos editores de sua carta-noticiosa, de tal maneira que não acabem com o entusiasmo deles, pois, realmente, eles têm o mérito pela abrangente qualidade realizada no trabalho deles. 21 de julho de 1988 a uma Assembléia Espiritual Nacional 10. ...pergunta sobre a existência de uma Epístola de Bahá'u'lláh na qual Deus é mencionado com o "Todo-Humoroso" e solicita trechos dos Escritos sobre humor e riso. Foi-nos solicitado dar a seguinte resposta, que quanto à existência de uma Epístola revelada por Bahá'u'lláh, na qual "Ele se refere a Deus como Todo-Humoroso e conta uma história engraçada", o seguinte excerto de uma carta datada de 19 de fevereiro de 1981 em nome da Casa Universal de Justiça a um crente, trata da pergunta feita pelo sr. Martineau: "Em sua carta à Casa Universal de Justiça, de 14 de janeiro, você solicita uma cópia de uma eventual Epístola de Bahá'u'lláh sobre o assunto 'humor'. Fomos solicitados a lhe informar que nenhuma Epístola sobre esse tema é conhecida, porém, em uma Epístola, Bahá'u'lláh afirma que um dos Nomes de Deus é o de 'Humorista'." A epístola em questão foi revelada no idioma árabe. Não foi ainda traduzida para o inglês. Embora comece com as palavras: "Em Meu Nome, o Humorista" (tradução provisória), esta Epístola não contém uma ocorrência humorística. Na verdade é um poema místico bem sério, revelado em forma de uma oração. O texto não esclarece a referência ao termo o "Humorista". Contudo, é interessante notar que, mesmo tratando de um tema elevado, a linguagem usada é, supreendentemente, num estilo bem claro e simples, coloquial, que as pessoas comuns podem entender facilmente. Embora o Departamento de Pesquisa não tenha conseguido localizar qualquer afirmativa nos ensinamentos Bahá'ís que proveja uma interpretação autorizada do termo "Humorista" ou da Epístola mencionada, desejamos destacar que a palavra "Humorista" não necessariamente tem a conotação de "gracejador", ou uma pessoa cômica, ou alguém engajado em frivolidades. Existem muitos significados relacionados com essa palavra na língua inglesa [e portuguesa], incluindo, por exemplo, a hoje pouco usada referência de "alguém ligado ao humor ou indulgente". Assim, também, existem conotações de significado ligadas à palavra árabe "mazzah", que tem sido traduzida como "humorista". Uma conotação possível é "brincalhão". Para se obter um entendimento mais profundo do conceito nas Escrituras Bahá'ís sobre esse assunto, seria recomendável ir além de uma tradução literal e examinar algumas das conotações associadas com o propósito de encontrar possíveis paralelos com o uso do humor nos Escritos Bahá'ís. Por exemplo, é interessante observar que eruditos recentemente identificaram genialidade e diversão como ingredientes essenciais do humor, e brincadeira e diversão como a essência do que é cômico. Afirmam mais, que dentro do próprio Alcorão, a forma de humor mais prevalecente é a ironia - a percepção de um conflito entre a aparência e a realidade, entre o ideal e o que efetivamente é. ... 12 de janeiro de 1997 a um Bahá'í APÊNDICE (*) (*) Acrescido pela Editora Bahá'í do Brasil. FÉ E HUMOR UMA EXPLANAÇÃO Fé e humor são dois aspectos da vida que nunca estiveram totalmente harmonizados entre si. Houve sempre uma disputa entre a incongruência das aspirações mundanas (materiais) e outras, não mundanas (espirituais), com o riso e a religião parecendo a menos esperada das uniões não sagradas. Parece estranhamente natural, então, que relativamente poucas referências ao humor nos escritos Bahá'ís estejam presentes nesta compilação. Pode ser que realmente apareçam algumas, ou que haja ainda muita pesquisa a ser feita. De qualquer maneira é importante destacar que, para que as expectativas não descambem em desapontamento, essas referências junto com muitas outras não incluídas aqui demonstram existir uma veia comum em praticamente todas as referências ao humor na literatura bahá'í: existem deliciosas, fascinantes e até mesmo divertidas - mas nunca tão engraçadas como se poderia esperar ser. Em termos coloquiais, o riso é usualmente muito particular. Entre as comunidades religiosas, incluindo a sociedade bahá'í, o lugar do humor está invariavelmente segregado da vida espiritual. Restringe-se a piadas cuidadosamente colocadas em alguma palestra de um orador bahá'í, ou sob a forma de um programa noturno onde "os jovens", como eles são carinhosamente chamados, podem apresentar divertidas cenas de humor teatralizadas. Existe o tempo devido a ser dedicado à espiritualidade, e existe certamente também o tempo para o humor e diversão. Os dois não se misturam. Fé e humor, naturalmente, não são mutuamente exclusivos, e as pessoas religiosas em qualquer parte reconhecem que a falta de senso de humor ou de um espírito alegre e divertido pode parecer a uma sociedade secular e cínica que os Bahá'ís são pessoas alienadas da vida real. Porém, rir e desenvolver um senso de humor é uma arte. A habilidade de rir de si mesmo e ter um senso de humor é a chave para uma vida equilibrada. Como escreveu o conhecido psiquiatra Warren Poland: "O humor... reflete uma consideração por si mesmo e a seus próprios limites a despeito do sofrimento pelo qual a pessoa possa estar passando. Tal senso de humor demonstra uma aceitação de como a pessoa é, que tem facilidade em ser divertido mesmo em períodos de dificuldades... tal humor está freqüentemente ligado à aceitação de ironias, exige uma modéstia respeitosa com base em uma força própria subjacente e um simultâneo reconhecimento e consideração pelos outros".(1) (1) Warren Poland, "The Gift Of Laughter" em The Use of Humour in Psychotherapy, ed. H. Strean (Londres: Aronson, 1994) p. 3. Como o ser humano é o único organismo na Terra que tem a habilidade de rir - nenhum outro animal tem tal capacidade - a extensão na qual tivermos a presença do humor em nossas vidas parece ser um sinal de crescimento espiritual. É um fato reconhecido que são as pessoas com maturidade e emocionalmente sadias que riem mais freqüentemente e se divertem com o riso. Mas na civilização ocidental, cada vez mais herética e estressada, enfrentamos uma nova e singular dicotomia: a vontade de rir e a satisfação dos prazeres mundanos tornaram-se desvairadas e insaciáveis; no entanto mais e mais pessoas - possivelmente como conseqüência de tal sociedade - são incapazes de desfrutar dos prazeres de um humor sadio. A falta de humor, em alguns casos, é irreparável. A verdadeira qualidade de vida depende da capacidade para o humor, a habilidade de rir de si mesmo e da posição que ocupa no mundo. A falta de humor implica na incapacidade da pior natureza: o embotamento da alma - o verdadeiro demônio que a religião se propõe a exorcizar. O humor é um poderoso acervo na sociedade atual. Amamos, respeitamos e até mesmo reverenciamos aqueles que nos fazem rir. Respondemos a eles intelectualmente e por nos motivarem a rir despertam nossas emoções positivas. Por exemplo, no início dos anos de 1990, a comédia na Inglaterra era até mesmo "o novo rock'n'roll". Os comediantes substituíram os grandes astros e estrelas com a finalidade de levantarem recursos financeiros para ajudar no combate à fome quando "grupos humanitários" tornaram-se "grupos cômicos" e estão agora trabalhando para a BBC com o objetivo de nos persuadirem a pagarmos nossos impostos e licenças para usufruirmos as programações da televisão. A comédia na Inglaterra jamais esteve em uma condição saudável, com mais de 500 clubes em todo país atraindo proporcionalmente maiores audiências do que os teatros. Mesmo sendo agora um grande negócio, o humor e a comédia nem sempre foram monopolizados pela sociedade secular. Dentro da comunidade judaica mundial o humor tem uma veia muito rica e tem ajudado a reforçar a identidade daquele povo. É um fenômeno moderno que a religião seja envolvida em autocrítica e humor na vida das pessoas, na verdade, com a indústria de entretenimento em geral. Mesmo que o judaísmo seja hoje considerado, por alguns, mais uma raça do que uma religião, a identidade judaica pode até mesmo ser enfatizada através de tipos caracteristicamente judeus sobre os quais os comediantes fazem piadas. Por exemplo, um judeu pode não estar familiarizado com a Tora, pode achar a ortodoxia repugnante e até mesmo não acreditar em Deus, mas ficará orgulhoso ser reconhecido como judeu simplesmente ao ser mencionado como alguém esperto, um bom comerciante, ou apenas alguém que dá muito valor ao dinheiro. Isso porque os judeus seculares são freqüentemente conhecidos como sendo tão confiáveis como os rabinos em Jerusalém. Woody Allen e Jackie Mason - dois dos mais famosos comediantes judeus norte-americanos - têm usado fortemente sua arte para confirmar sua condição de judeus, alcançando popularidade mundial por isso. O trabalho deles tem servido como um testemunho do fato de que os judeus podem e provavelmente sempre riem de si mesmos; uma notável qualidade sob qualquer ponto de vista. Como grupo, os Bahá'ís em sua maioria têm a capacidade de rir da vida como também de si mesmos. Se não o fazem, certamente deveriam fazê-lo; existem aspectos da comunidade Bahá'í que são dignos de análise cômica. Por exemplo, sendo uma comunidade diversificada e de abrangência mundial, os Bahá'ís são solicitados a viver em unidade e harmonia com todos os seus companheiros Bahá'ís. Isso pode significar envolverem-se com pessoas com as quais raramente se relacionariam, ou até mesmo delas ouvir falar, e muito mais, associar-se a elas. O fato dos Bahá'ís serem assim é engraçado para muitos, embora seja algo digno de admiração. Eles precisam de sabedoria e de um bom senso de humor, na verdade gostam desses relacionamentos, ligando o material ao espiritual e que são essenciais para "trilhar o caminho espiritual com pés práticos". Os Bahá'ís deviam, em verdade, emular o exemplo deixado por 'Abdu'l-Bahá, cuja sagacidade e senso de humor eram marcantes, até se diz que, após o jantar, Ele estimulava um "tempo para rir".(*) Mas, quão poderosos o humor e a sátira poderão ser na vida da comunidade bahá'í, é algo que ainda não se sabe. (*) Ver, por exemplo, a resposta de 'Abdu'l-Bahá à Comissão de Investigação que averiguava as reclamações dos atos dos Bahá'ís, citado em The Covenant of Bahá'u'lláh de A. Taherzadeh (Oxford: George Ronald, 1992) 235-6. O humor deve ser honesto e franco. Pode despertar autoconfiança e tem o poder de transformar em um instante o estado de espírito de uma pessoa. Trata de nossos temores e preconceitos e destaca determinadas verdades que invariavelmente atingem o "ponto certo". Pessoas muito religiosas privam-se muitas vezes do prazer inerente ao processo de adoção de alguma "forma de vida" ensinada pela religião ou filosofia. Os diferentes processos espirituais à disposição da humanidade são freqüentemente mal interpretados e adotados pelas pessoas que os aceitam como um conjunto de princípios muito rígidos. Em vez de serem vividos sincera e abertamente, voltados à realidade, os próprios princípios levam à estagnação e, por fim, tornam a pessoa tão fechada em si mesma que provoca piadas jocosas sobre seu modo de vida. A pessoa precisa ser realmente muito corajosa e decidida para tentar viver dentro de padrões religiosos mais realistas, quanto mais um bahá'í, e o humor e o ato de rir são ferramentas importantes no desenvolvimento de nossa abertura mental e franqueza, dois dos principais pré-requisitos em nossa luta por transformação espiritual. Quanto, a saber, sobre quais temas preferimos rir e o porquê, são questões que ainda provocam cogitação. Existem muitas formas de humor, desde as mais simples às bem sofisticadas, as diretas e fortes, as mais abrangentes e leves, as cruéis, as sardônicas, as sádicas ou aquelas cheias de sexualidade. Talvez não exista nada mais cômico do que observar um homem que, não intencionalmente e em local público, deixe sua calça cair ou escorregue em uma casca de banana, seja ele testemunhado ao vivo ou assistindo ao programa de televisão de Jeremy Beadles: "You've Been Framed."(*) Mas, quanto mais pensamos sobre o humor, mais vemos que existem momentos em que somos levados a reagir emocionalmente, pois as cenas vistas mostram a realidade impressionante da vida. Exemplo, quando a calça de um homem cai, e isso muitas vezes acontece, é um absurdo que isso possa acontecer, mas acontece e embora provoque riso é uma situação constrangedora para a pessoa, por cujo constrangimento qualquer homem pode passar, e numa situação dessas, se acontecesse conosco, certamente não riríamos. Tudo o que mostra algo inesperado ou absurdo provoca o riso de quem o está vendo, sendo mesmo uma reação incontida do observador. Parece que todos gostam de rir da desgraça alheia. Como Byron certa vez escreveu: "...e se eu rio de alguma coisa mortal, é que por ela não posso chorar." Com a vida tão cheia de acontecimentos absurdos, a raça humana, pelo menos em teoria, deveria rir o tempo todo. (*) Um programa de entretenimento familiar da "British Independent Television". É feito com a montagem de vídeo-clipes enviados pelos telespectadores sobre acontecimentos humorísticos e pequenos acidentes da vida real. Omid Djalili e Annabel Knight (Publicado em Bahá'í Studies Review no 7. Association for Bahá'í Studies of English-Speaking Europe. 1997) TRADUTORES COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA (AMPLIADA) I - DOS ESCRITOS DE 'Abdu'l-Bahá 1. A tradução de .... é da maior dificuldade. Deve ser traduzida por um comitê, cujos membros sejam altamente conhecedores tanto do persa como do inglês, dando ao trabalho a mais íntima e minuciosa atenção. De outra forma, o texto não ficará inteligível. A mesma regra aplica-se aos outros Escritos e Epístolas. No momento, a formação de tal comitê de tradutores não é possível, não havendo outro meio senão a tradução feita por indivíduos. No futuro, que Deus assim o permita, novos meios existirão. As traduções serão feitas por um comitê composto de dois grandes eruditos persas e dois americanos de grande cultura, todos possuindo a maior proficiência em ambas as línguas e um bom conhecimento de ciências e artes. Então, outros colaboradores, dentre os eruditos e pensadores, poderão ajudar. Naquele tempo, as Epístolas serão corretamente traduzidas e publicadas. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas, vol.1, pp. iii-iv 2. Tu escreveste mencionando a tradução de Epístolas. Uma tradução perfeita será possível quando se puder formar um comitê de tradutores. Tal comitê deverá ser composto por diversos persas e diversos americanos, todos com a maior proficiência tanto do idioma persa como do inglês. Então, as Epístolas serão traduzidas por esse comitê. No momento, a formação de tal comitê não é possível. Portanto, sempre que se fizer necessária a tradução de uma Epístola, escolhe-se uma pessoa capaz de traduzí-la para então distribuí-la, com o quê o objetivo será atendido. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas, vol.2, p. 466 3. Quanto à tradução dos Livros e Epístolas da Abençoada Beleza, dentro em breve serão feitas traduções para todas as línguas, com poder, clareza e graça. No tempo em que forem traduzidos de conformidade com os originais e com poder e graça de estilo, difundir-se-ão os esplendores de seus significados interiores e serão iluminados os olhos de toda a humanidade. Faze o máximo possível para assegurar que a tradução esteja de conformidade com o original. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 59 4. Tens a intenção de imprimir e publicar as palestras de 'Abdu'l-Bahá que compilaste. Isto, com efeito, é assaz oportuno. Este serviço será causa de teres a face refulgente no Reino de Abhá e fará de ti objeto de louvor e gratidão dos amigos, tanto do Oriente quanto do Ocidente. Porém, isso deve ser executado com o máximo cuidado, a fim de que se reproduza fielmente o texto, excluindo-se todas as deturpações e adulterações cometidas por tradutores anteriores. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pp. 203-4 5. E posteriormente, tendo se decidido obter a tradução de uma Epístola dos Escritos Sagrados, ela deve ser traduzida por um comitê de dois tradutores persas juntos com dois competentes escritores ingleses. Os persas devem traduzir, e os escritores moldarem seu significado em um estilo literário do idioma inglês com profundidade, musicalidade e exatidão, e de uma forma tal que a suavidade musical do persa original não seja perdida. Então o material deve-me ser encaminhado. Considerarei o assunto e darei permissão para sua publicação e circulação. Então, podes regozijar-te por seres agora um especialista, com minha permissão, e por teres feito circular as publicações. Em resumo, a tradução é uma das artes mais difíceis. Tanto em persa como em inglês é necessária a mais elevada proficiência, que o tradutor seja um escritor e use como veículo de expressão uma grande eloqüência e fluência de linguagem. Tablets of `Abdu'l-Bahá Abbas, vol.1, pp. 151-2 II - De Uma Palestra de 'Abdu'l-Bahá 6. É muito difícil fazer uma tradução perfeita. A pessoa precisa possuir a maior proficiência em ciência e religião, em sabedoria divina, nas tendências correntes do pensamento na Europa, e em expressões filosóficas e científicas. De uma palestra traduzida do persa para o inglês III - De Um Escrito de Shoghi Effenfi 7. Esta é mais uma tentativa de apresentar ao Ocidente, embora em linguagem inadequada, este livro de preeminência insuperável entre os escritos do Autor da Revelação Bahá'í. É de se esperar que possa vir a ser de auxílio a outro em seus esforços por se aproximarem daquilo que há de ser considerado sempre como alvo inatingível - uma apresentação digna da linguagem incomparável de Bahá'u'lláh. O Kitáb-i-Íqán, p. 1 IV - DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI 8. Deve ter sido bastante desagradável para você ler algumas das traduções improvisadas e gramaticalmente faltosas, as quais, mais como fruto da necessidade do que por escolha, foram circuladas e até mesmo publicadas. Ainda mais, foi sempre a vontade e o desejo expresso de 'Abdu'l-Bahá que houvessem traduções corretas e apropriadas, as quais não somente transmitissem o verdadeiro espírito do original, mas também possuíssem algum mérito literário. E para isso Ele enfatizou a necessidade de se criar um comitê de tradutores. Tal comitê, porém, tem sido impossível formar até o momento. 28 de março de 1926, a um Bahá'í 9. Shoghi Effendi espera que não demore muito para que tenhamos um grupo de competentes eruditos persas e ingleses que devotem todo o seu tempo e energia para traduzir as Palavras, produzindo um trabalho que seja realmente merecedor de louvor. Pois tudo o que temos no momento, mesmo os melhores trabalhos, é somente uma versão medíocre de expressão da beleza de estilo do persa e do árabe, e da fertilidade de linguagem que encontramos no original. 4 de julho de 1929, a um Bahá'í 10. Quanto às diferentes traduções das Palavras, é seguramente o texto original que nunca deve ser alterado. As traduções continuarão a variar à medida que mais e melhores traduções forem feitas. Shoghi Effendi não considera nem mesmo suas próprias traduções como finais, quanto mais as traduções feitas nos primeiros dias da Causa no Ocidente, quando não existiam tradutores com a competência necessária. 14 de agosto de 1930, a John Hyde Dunn 11. Shoghi Effendi deseja também que você saiba de sua profunda satisfação por sua intenção de estudar o Alcorão. O conhecimento desse sagrado Livro revelado é, na verdade, indispensável a todos os Bahá'ís que desejam entender adequadamente os Escritos de Bahá'u'lláh. E deve ser lembrado que o Guardião tem invariavelmente estimulado os amigos a fazerem um estudo completo desse Livro, sempre que possível, particularmente em suas Escolas de Verão. A tradução de Sale é a mais erudita que temos, mas a versão de Rudwell é mais literária, e, portanto, mais fácil de ser lida. 23 de novembro de 1934, a um Bahá'í 12. Você não deve se preocupar se a tradução não for absolutamente correta. O essencial é que deve transmitir a Mensagem em uma linguagem a mais clara e compreensível possível. Considerações sobre literatura de ensino são, sem dúvida, importantes, mas de importância secundária quando comparadas com as idéias e pensamentos que constituem a própria Mensagem. 14 de outubro de 1936, a um Bahá'í 13. Ele é de opinião que um padrão, o mais elevado possível, seja mantido em futuras traduções dos Escritos Bahá'ís em espanhol, e por esta razão vê com muita satisfação a sugestão de referir tal trabalho à atenção de professores espanhóis... 14 de dezembro de 1938, a um Bahá'í 14. Ele não acredita existir alguém atualmente capaz de traduzir as passagens mencionadas por você do Qayyúmu'l-Asma em um inglês correto e moderno. O árabe é um idioma particularmente difícil, e muitos dos escritos Bahá'ís exigirão um grupo bem qualificado de tradutores, não somente uma pessoa. 15 de julho de 1947, a um Bahá'í 15. Em persa, é considerado falta de respeito não usar a palavra "Hadrat" antes do nome do Profeta, de forma que, falando claramente, uma tradução apropriada deve sempre ter a expressão "Sua Santidade, Moisés, Cristo", etc.; porém, como tal expressão soa estranho em inglês, não sendo de bom uso em nosso idioma, o Guardião acha que tal uso em persa pode ser dispensado em inglês. Pronomes referindo-se ao Manifestante, ou ao Mestre, devem, porém invariavelmente ser escritos com letra maiúscula. 8 de novembro de 1848, a uma Assembléia Espiritual Nacional 16. Ele tem interesse que duas coisas sejam atendidas - gostaria que em idiomas europeus houvesse uniformidade, tanto quanto possível, com as traduções em inglês; e não deseja que as traduções Bahá'ís de forma alguma estejam em flagrante violação das regras de linguagem, nas quais nossa literatura seja traduzida. Seu comitê deve conscienciosamente estudar esta questão e então fazer o melhor que puder para que a literatura Bahá'í em francês atenda ao elevado padrão do idioma francês e de sua gramática. Se os adjetivos e os pronomes demonstrativos e possessivos em francês nunca são expressos em letras maiúsculas ao referir-se a "Deus", então tal uso deve ser mantido também na literatura bahá'í. Mas se houver um precedente para assim fazê-lo na língua francesa, devem ser adotados. O mesmo é válido para os atributos de Deus. 15 de fevereiro de 1957 ao Comitê Nacional de Tradução e Publicação da França V - DE CARTAS ESCRITAS PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 17. Certamente é permitido traduzir escritos Bahá'ís em outros idiomas e dialetos. É também possível simplificar ou parafrasear os escritos Bahá'ís a fim de facilitar sua tradução em idiomas e dialetos que tenham vocabulário restrito. No entanto, não é permitido publicar simplificações e paráfrases de escritos Bahá'ís como Escritura Bahá'í. 13 de março de 1969, a uma Assembléia Espiritual Nacional 18. Obviamente, literatura e livros de ensino sobre a Fé podem ser escritos em um inglês simples. Porém, achamos que quando os Escritos Sagrados são publicados, a tradução deve ser feita em um inglês padrão, mas não há objeção de que seja impressa, juntamente com aquela, a tradução em um inglês simplificado, a qual deve ser descrita como uma paráfrase da Palavra Sagrada. Assim, para as pessoas de Papua e Nova Guiné, que têm dificuldade em compreender o inglês padrão, a versão simplificada seria como uma explicação dos Escritos para que elas possam entendê-los. No caso de literatura de ensino, no qual as citações dos Escritos aparecem, estes podem ser ou parafraseados ou uma versão simplificada do inglês pode ser usada com a versão normal impressa, como uma nota de rodapé. Este método será também um meio pelo qual as pessoas de Papua e Nova Guiné poderão melhorar seu conhecimento e entendimento da língua inglesa. 20 de setembro de 1973, a uma Assembléia Espiritual Nacional 19. Sabemos que traduzir é uma tarefa bastante difícil e que por melhor que seja a tradução existirão sempre diferentes opiniões, tanto quanto à exatidão como quanto ao estilo. Porém, na tradução das Escrituras Bahá'ís é importante lembrar que o estilo literário do original é elevado e este aspecto não deve ser descuidado nas traduções em outros idiomas. Nota-se, por exemplo, que quando o amado Guardião fazia suas traduções em inglês, usava um estilo que estava longe de ser o de um inglês moderno, mas conseguia expressar de forma admirável a riqueza e o imaginário do original. 12 de agosto de 1973, a uma Assembléia Espiritual Nacional 20. O assunto de tradução é um grande problema. Como você mesmo sabe muito bem, transmitir exatamente o significado e a eloqüência de uma passagem de um idioma para outro é muitas vezes impossível e a pessoa pode apenas esforçar-se para chegar tão próximo quanto possível de uma perfeição que é praticamente inatingível. Até mesmo nosso amado Guardião, cuja habilidade nesta arte chegou à genialidade, caracterizou sua tradução do O Kitáb-i-Íqán como "mais uma tentativa para apresentar ao Ocidente, em linguagem, porém inadequada, este livro de proeminência insuperável entre os Escritos do Autor da Revelação Bahá'í", e expressou a esperança de "que ela possa ajudar outras pessoas em seus esforços para alcançarem o que precisa ser sempre considerada como uma meta inatingível - uma apresentação adequada da incomparável elocução de Bahá'u'lláh". A dificuldade da tradução aumenta quando dois idiomas expressam os pensamentos e as metáforas de culturas amplamente diferentes. Assim, é infinitamente mais difícil para um europeu conceber os padrões de pensamento expressos em árabe ou persa, do que entender uma passagem escrita em inglês. Ainda mais, o amado Guardião não foi somente um tradutor, mas o intérprete inspirado dos Escritos Sagrados; desta forma, quando uma passagem em persa ou árabe pode dar surgimento a duas expressões diferentes em inglês, a pessoa deve saber qual delas transmitir. De forma semelhante, deve estar melhor equipado do que um tradutor comum para conhecer qual metáfora empregar em inglês para expressar a metáfora em persa que poderia não ter significado algum se traduzida literalmente. Assim, em geral, os que falam outras línguas européias irão obter uma tradução mais esmerada adotando a já existente tradução em inglês do Guardião, mais do que tentando, neste estágio da história bahá'í, traduzir diretamente do original. Isso não significa, porém, que os tradutores não possam também comparar suas traduções com os textos originais se estiverem familiarizados com os idiomas persa e árabe. Podem existir muitos casos onde o significado exato do texto em inglês seja pouco claro a eles, e isso pode tornar-se evidente quando comparado com o original... ...concernente à intercalação de textos. Isso se refere somente à compilação e comparação dos Escritos originais, e não às revisões de traduções. Os trabalhos já com boa tradução em inglês, ou escritos naquele idioma pelo amado Guardião, são mais que suficientes para o tempo presente. Naturalmente que em outros idiomas existem muitas metas para tradução e publicação de literatura. No tempo devido, com certeza, antigas traduções em inglês, tais como aquelas Epístolas e palestras de 'Abdu'l-Bahá deverão ser revisadas, mas é nosso parecer que isso não é tão urgente quanto outras tarefas. 8 de dezembro de 1964, a um Bahá'í 21. Uma tradução deve, certamente, ser tão fiel quanto possível ao original, e ao mesmo tempo no melhor estilo possível da linguagem à qual está sendo traduzida. No entanto, você deve dar-se conta de não ser possível traduzir as Epístolas adequadamente em um holandês simples e moderno. Muitos dos escritos originais de Bahá'u'lláh e 'Abdu'l-Bahá foram escritos em estilo muito elevado e poético nas línguas persa e árabe, e, portanto, uma eloqüência similar deve ser tentada no idioma para o qual é traduzido. Você verá, por exemplo, que ao traduzir as Epístolas de Bahá'u'lláh em inglês, o amado Guardião criou um estilo poético e muito bonito da língua inglesa, usando muitas palavras que podiam ser consideradas arcaicas e que fazem lembrar o inglês usado por tradutores da versão bíblica do rei James. Como você menciona, uma tradução literal é muitas vezes inadequada porque pode produzir uma fraseologia do imaginário que daria uma impressão errada. Assim, um tradutor é muitas vezes compelido a transmitir o significado do original utilizando um tipo de palavra mais adequada ao idioma. Porém, uma pessoa ao traduzir os Escritos Bahá'ís precisa sempre ter em mente que ele ou ela está lidando com a Palavra de Deus, e, ao esforçar-se para transmitir o significado do texto original, deve esforçar-se ao máximo para que sua versão seja tanto fiel quanto adequada. 29 de outubro de 1973, a um Bahá'í 22. A Casa Universal de Justiça teve a oportunidade de revisar recentemente os procedimentos relacionados à tradução dos Escritos Bahá'ís em inglês, sempre envolvendo obras completas ou excertos. Fomos solicitados a compartilhar com vocês as seguintes conclusões, podendo relacioná-las com seus programas de publicações ou com os programas de publicações dos editores Bahá'ís dentro de sua jurisdição. Como no passado, determinadas Epístolas ou excertos traduzidos em inglês para uso ou publicação pelo Centro Mundial Bahá'í ou outras editoras, continuarão a ser revisadas e aprovadas na Terra Santa e designadas como "traduções autorizadas". Porém, devido à crescente necessidade de traduções de materiais específicos, particularmente devido a ocorrência de um interesse cada vez maior, na área da erudição, pela Fé e seus inúmeros ensinamentos, uma consideração favorável tem sido dada para possibilitar a ampliação do uso de traduções provisórias. Os crentes, individualmente, certamente continuarão livres para traduzir em inglês qualquer dos Escritos Sagrados para seu próprio uso. Tais traduções podem também ser publicadas em circulares e em revistas, sem a revisão [feita pelo Centro Mundial Bahá'í] a não ser aquela feita pelos editores de tais publicações. Podem também compartilhá-las eletronicamente. Em todos os casos devem ser claramente identificadas como "traduções provisórias". A Casa de Justiça estabeleceu agora um mecanismo através do qual permitirá, para inclusão em livros e folhetos, traduções provisórias que sejam suficientemente de boa qualidade, para uma ampla distribuição. Arranjos foram feitos para que tais traduções sejam avaliadas no Centro Mundial. Quando esses itens forem incluídos em obras com a intenção de publicação por um editor bahá'í, a editora ou a instituição responsável envolvida, deve enviá-los para nós, para a necessária liberação. No caso de itens a serem incluídos em obras submetidas a editoras não-Bahá'ís, os próprios autores ou tradutores devem nos enviar os trabalhos para prévia consideração antes do envolvimento de qualquer editor não-bahá'í. Publicações contendo tais traduções, uma vez liberadas, devem indicar serem traduções provisórias. As traduções submetidas para análise no Centro Mundial devem incluir cópias dos textos em árabe ou persa usados pelo(s) tradutor(es). Os trabalhos enviados serão considerados tanto do ponto de vista da qualidade do inglês empregado no material, como também se existem alguns pontos importantes de dúvida com relação à fidelidade da própria tradução. Aqueles que tiverem contestação de algum tipo nessa análise serão devolvidos ao interessado com uma explicação. Por exemplo, as traduções podem precisar de um aprimoramento adicional, ou podem conter erros de significado, e, portanto, precisam de melhoria antes de uma nova apreciação. Continua como prerrogativa do Centro Mundial decidir sobre a questão do tempo e da sabedoria de publicar ou não traduções em inglês de específicas epístolas. Algumas poderão ser identificadas como não devidas para publicação no tempo presente. A Casa de Justiça espera que estas novas diretrizes levem à disponibilização de um número maior de materiais traduzidos e evitem a atual demora na aprovação completa de traduções autorizadas. 30 de junho de 1999, a uma Assembléia Espiritual Nacional 23. O propósito principal destas diretrizes é expandir o uso de traduções provisórias para as publicações em livros e folhetos, contanto que sejam de qualidade adequada, sem envolver as demoras que exigiriam para serem revisadas de forma completa, corrigidas e melhoradas. A) Epístolas, ou excertos delas, traduzidas em inglês para uso ou publicação pelo Centro Mundial Bahá'í, continuarão a ser revisadas por um comitê ad hoc(*) de revisão e tradução no Centro Mundial, e designadas como traduções autorizadas. (*) Comitê criado para dar uma explicação para fatos que pareçam refutar a teoria de alguém. B) Crentes, individualmente, são livres para traduzir em inglês quaisquer dos Escritos Sagrados para seu próprio uso. Tais traduções podem também ser editadas eletronicamente e podem ser publicadas em circulares ou em periódicos sem outra revisão, a não ser aquela dos editores das publicações, mas devem, em todos os casos, ser claramente identificadas como "traduções provisórias". C) Se tais traduções forem incluídas em livros ou folhetos para serem publicadas por uma editora bahá'í, a mesma, ou o editor particular envolvido, deve enviar o manuscrito para o Centro Mundial Bahá'í para aprovação, junto com cópias dos textos em árabe ou persa utilizados na tradução. Se o editor não for uma empresa bahá'í, os próprios autores ou tradutores devem enviar o manuscrito e os textos em árabe ou persa ao Centro Mundial para consideração prévia ao envolvimento de qualquer editora não-bahá'í. Se as traduções forem consideradas de qualidade adequada para publicação, o manuscrito será retornado ao remetente com uma nota a respeito. Tais traduções devem ser identificadas como "traduções provisórias". Se as traduções não forem consideradas de qualidade aceitável, serão devolvidas ao tradutor para refazer as mesmas. Este procedimento não substitui o processo de "aprovação do conteúdo" para o livro como um todo, o qual permanece sob a responsabilidade da Assembléia Espiritual Nacional em cuja área de jurisdição o livro ou o folheto será publicado. 4 de julho de 1999, às Assembléias Espirituais Nacionais VI - DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA A tradução é sempre um processo notoriamente difícil porque, à parte de ser inteiramente um assunto de exatidão, as pessoas têm a tendência de expressar fortes preferências pessoais quanto a um estilo ou outro. Você verá que onde já existem traduções feitas, os crentes demonstram muito apego emocional enraizado quanto às formas de como as palavras são usadas. No caso das orações, por exemplo, muitos deles já decoraram as orações. Por isso, não seria sábio mudar repetidamente as traduções, sendo recomendável que vocês só façam eventuais revisões quando as traduções forem reconhecidamente pobres e nas quais existam erros flagrantes, e então concentrem seus esforços para a tradução do grande volume da literatura Bahá'í ainda não traduzida para o finlandês. Temos observado a tendência, que ocorre em muitos países, de tentar traduzir a literatura Bahá'í numa linguagem bem atual, fácil de entender e de uso diário do país. Isso, porém, não deve ser uma consideração que elimine as traduções já existentes. Muitas das Epístolas de Bahá'u'lláh e de 'Abdu'l'Bahá são escritas em uma linguagem de exaltação e altamente poética em seus originais persa ou árabe. E vocês verão, por exemplo, que nas traduções dos Escritos de Bahá'u'lláh em inglês, o amado Guardião não usou um inglês coloquial e de uso diário, mas desenvolveu um estilo altamente poético e muito belo, empregando muitas expressões arcaicas ao estilo das traduções da Bíblia. 7 de outubro de 1973, a uma Assembléia Espiritual Nacional 25. Vocês mencionam não existirem letras maiúsculas em japonês; é o que acontece também com os idiomas persa e árabe. É permissível usar o nome próprio em lugar do pronome pessoal se este for aceito como um bom padrão na língua japonesa, da mesma forma como é feito com as traduções da Bíblia, conforme vocês mencionam. O Guardião também é favorável que se busque um aconselhamento profissional para tais problemas, e vocês poderiam apresentar esses casos literários técnicos a algum professor da língua japonesa, ou alguém bem conhecido e atuante na área de tradução. 14 de março de 1977, a um Comitê Nacional Bahá'í de Tradução e Revisão 26. Em muitas línguas cada palavra tem uma gama maior ou menor de significados, e também suas áreas de penumbra de conotações. Algumas delas se justapõem, dando origem a sinônimos que são intercambiáveis em alguns contextos, mas não em outros. Raramente acontece ocorrer uma exata correlação entre o total de significados e conotações de uma palavra em um idioma e aqueles de equivalência mais próxima em outro idioma. Esta falta de correlação de significados é particularmente evidente entre as palavras de idiomas usados em muitas e diversificadas partes do mundo, ou em culturas bem diferentes. A Casa Universal de Justiça é de parecer, por isso, que construir uma rígida lista de palavras no idioma holandês, que são sempre utilizadas para traduzir determinadas palavras em inglês, seria algo não somente desnecessário como definitivamente enganoso. Como o amado Guardião destacou, a palavra "Bahá" tem os significados de "Glória", "Esplendor", "Luz" de Deus; não existe uma única palavra em inglês que possa expressar esses três significados. Assim, conforme você observou, é traduzido como "Glória" no nome "Bahá'u'lláh", enquanto que na lista dos meses Bahá'ís, no qual "Jalál" é o segundo mês, está traduzido como "Glória"; e "Bahá" é traduzido por "Esplendor". Todas as traduções são, em algum grau, inadequadas. Aqueles que recebem a incumbência de traduzir os Escritos Sagrados do original para o inglês devem estudar o original com muita atenção e então tentar expressar fielmente e da forma mais bela quanto possível em inglês o teor que o texto original expressa. Para fazer isso, freqüentemente têm de usar vários sinônimos diferentes em inglês para traduzir uma mesma palavra do árabe ou persa, quando ela aparece em diferentes contextos. Por outro lado, podem ter de usar a mesma palavra do inglês em diferentes contextos para traduzir várias palavras diferentes no original. Ao fazer isso, devem tentar seguir o exemplo estabelecido por Shoghi Effendi em suas majestosas traduções. 31 de maio de 1981, ao Comitê Nacional de Tradução e Revisão de uma Assembléia Espiritual Nacional 27. Os sumários feitos por Jináb-i-Fádil e publicado no Star of the West, volume XIII, e por Adib Taherzadeh, em sua obra A Revelação de Bahá'u'lláh, Vol. I, pp.180-182 são basicamente corretas. Cerca de dois terços deste trabalho de Bahá'u'lláh são dedicados a uma explicação sobre as "Sete Cidades" encontradas na jornada espiritual para Deus. Quando, em 1947, um dos amigos ofereceu-se para traduzir Os Sete Vales diretamente do persa para o alemão, Shoghi Effendi deixou claro que as idéias associadas com tão "místico trabalho" exigia não somente um comando desses dois idiomas, mas também "uma profunda familiaridade com a literatura oriental no original e com a sua forma de expressão e pensamento". 27 de maio de 1982, a um Bahá'í 28. A tradução dos Textos Sagrados é, realmente, um assunto vital, e como você próprio destaca, as traduções do Guardião não são simplesmente literais, traduções acadêmicas, mas contêm um elemento de exposição do texto original, uma exposição grandemente ampliada, para a comunidade Bahá'í e para a posteridade, pelo enorme volume de outros escritos de Shoghi Effendi sobre a Ordem Mundial de Bahá'u'lláh e as implicações de Sua Revelação. 2 de junho de 1982, a um Bahá'í 29. A tradução é uma arte bastante difícil... uma arte na qual a perfeição absoluta é inatingível. E por melhor que seja a tradução, haverá sempre aqueles que prefeririam que fosse diferente, uma questão de gosto pessoal, algo indefinível, mas que exerce grande influência em tais julgamentos. 20 de setembro de 1982, a um Bahá'í 30. Quando, em 1947, um dos amigos ofereceu-se para traduzir Os Sete Vales diretamente do persa para o alemão, Shoghi Effendi deixou claro que as idéias associadas com tão "místico trabalho" exigia não somente um comando desses dois idiomas, mas também "uma profunda familiaridade com a literatura oriental no original e com a sua forma de expressão e pensamento". 27 de maio de 1983, a um Bahá'í 31. Os originais dos Escritos Bahá'ís não estão somente em três diferentes idiomas (árabe, persa e alguns em turco), os quais têm diferentes características e estilos diferentes. Alguns são altamente poéticos e metafóricos, outros, mais precisos e específicos. Em países onde se fala o inglês, bem como em outros, religião e espiritualidade são atualmente relegadas a um segundo plano; por isso, o vocabulário usado para transmitir muitos dos conceitos profundamente religiosos caiu em desuso. Tentar expressar a terminologia altamente poética e direta dos Escritos Bahá'ís em um inglês simples e moderno seria, ou banal, ou fariam com que as passagens citadas soassem muito estranhas e alienígenas. A utilização do Guardião de um estilo de inglês levemente arcaico, um estilo que emprega abundantemente uma terminologia espiritual e poética, criou como que uma ponte entre o inglês da atualidade e o estilo dos Escritos em persa ou árabe dos Fundadores da Fé. Existem atualmente muitas tentativas de traduzir a Bíblia em um inglês moderno, mas deve ser lembrado, neste particular, que o idioma hebraico do Velho Testamento é muito mais tosco e direto do que o persa ou o árabe dos Escritos Bahá'ís, enquanto que o koine grego da maioria do Novo Testamento é, da mesma forma, a forma da linguagem diária daquele tempo. As traduções da Bíblia, portanto, não apresentam um paralelo exato com as traduções dos Escritos Bahá'ís. 1o de julho de 1985, a um Bahá'í 32. A Casa de Justiça ficou interessada em saber do seu trabalho relacionado com traduções, já que esta é uma arte de grande importância para uma correta e fiel disseminação da Mensagem de Bahá'u'lláh à humanidade. Com relação ao seu pedido específico, podemos dizer que vários glossários de palavras e expressões usadas pelo amado Guardião, ao traduzir do árabe e persa para o inglês, foram compilados, mas encontram-se ainda em uma forma muito incompleta. Uma das dificuldades até este momento é que eles não dão, de um modo geral, o contexto no qual as várias expressões foram empregadas e, por isso, um tradutor que não conheça perfeitamente ambos os idiomas, poderia facilmente utilizar o equivalente errado ao fazer a tradução. Os métodos utilizados por Shoghi Effendi em suas traduções constituem um campo de estudo que, espera-se, será cada vez mais explorado por eruditos Bahá'ís em anos futuros. 30 de julho de 1987, a um Bahá'í 33. Com relação à sua pergunta sobre o estilo do idioma inglês usado na tradução das orações Bahá'ís, fomos solicitados a destacar que encontrar um estilo adequado em inglês para expressar de forma devida e um belo estilo poético, metafórico e referencial de muitas Escrituras Bahá'ís, não é uma tarefa fácil. As versões em persa e árabe das Escrituras Bahá'ís são em si mesmas consideravelmente diferentes dos estilos correntes e seu uso naqueles idiomas. A solução de Shoghi Effendi de usar uma forma levemente arcaica do inglês, que de alguma forma é equivalente à usada nos idiomas originais, torna possível o uso de imagens e metáforas que podem parecer estranhas quando expressadas em inglês moderno. Além disso, os estilos de escrita mudam comparativamente com muita rapidez. Se já tivesse sido julgado necessário usar um estilo diferente daquele usado para as traduções de cinqüenta anos atrás, poder-se-ia estimar que uma mudança adicional só ocorreria daqui há cinqüenta anos. Há que se considerar, também, o grande número de novas traduções da Bíblia que têm surgido, e que continuam a aparecer, e notar que ainda muitos dos cristãos de língua inglesa preferem continuar usando a versão autorizada, a despeito de suas comprovadas incorreções. As Escrituras Sagradas têm um significado profundo para seus leitores, e a mudança de palavras com as quais estão familiarizados pode ser, para muitos, gravemente inoportuna e indesejável. Os próprios Livros das Escrituras moldam a linguagem na qual são escritos. A Casa de Justiça acredita que se os tradutores se esforçarem para transmitir as palavras do Báb, de Bahá'u'lláh e de 'Abdu'l-Bahá em inglês, de uma forma que reproduza tão fielmente quanto possível o significado dos originais, isto é, da forma a mais bela possível e que se harmonize intimamente com o estilo usado por Shoghi Effendi, esses próprios Escritos terão um efeito muito maior no aprendizado dos Bahá'ís, especialmente nas crianças e nos jovens Bahá'ís, de usar a língua inglesa eficazmente para pensar e para se expressar. 3 de fevereiro de 1988, a um Bahá'í 34. Naturalmente a exigência mais fundamental para se conseguir uma boa tradução é a existência de um tradutor que tenha não somente um bom conhecimento do idioma original, mas que seja capaz de escrever em francês de uma forma clara e bela, para que possa re-expressar nesse idioma não somente o verdadeiro significado do original, mas que possa revesti-lo em uma linguagem que reproduza de forma apropriada no idioma francês à beleza do estilo do original. Sendo uma tradução literal quase que inevitavelmente uma péssima tradução, o tradutor deve estar atento para não se desviar ou fazer adições ao significado do original, mesmo que tenha de usar uma expressão para traduzir uma palavra, ou reduzir uma frase do original a uma palavra em francês, mudar a ordem das palavras na frase, ou ainda substituir uma metáfora que não teria significado se traduzida literalmente por uma equivalente que transmita o mesmo significado. Ao traduzir os escritos de Shoghi Effendi, em particular, vocês podem achar que muitas de suas longas frases, que são perfeitamente claras em inglês, sejam praticamente intraduzíveis em francês, sendo necessário dividi-las em frases mais curtas. Se não houver um Bahá'í cuja língua materna seja o francês e que tenha domínio de ambos os idiomas, ou se tais amigos estão já muito ocupados, vocês podem com certeza utilizar tradutores não-Bahá'ís. Aqui, porém, poderão ter outro problema, que é a possibilidade do tradutor não entender os ensinamentos Bahá'ís que estão implícitos nas palavras. Seria essencial para vocês terem as traduções cuidadosamente revisadas por Bahá'ís de confiança, que possam tratar com o tradutor algumas passagens que achem transmitir erradamente o significado do conteúdo original. Quando tiverem qualquer dos Textos Sagrados traduzidos com base em traduções autorizadas em inglês, vocês podem envolver no trabalho um ou mais Bahá'ís que sejam fluentes em francês e também familiarizados com os originais em árabe ou persa. Assim, quando o tradutor sentir-se incapaz de entender o significado exato das palavras em inglês, seu entendimento será esclarecido pela referência aos textos originais. 2 de dezembro de 1988, à Maison d'Editions Bahá'íes 35. As perguntas contidas... sobre a linguagem da Revelação e a posição que têm as traduções de Shoghi Effendi foram encaminhadas à Casa Universal de Justiça. Fomos instruídos a transmitir-lhe a seguinte resposta: Quanto à sua indagação sobre se, no contexto bahá'í, a língua inglesa poderia possivelmente ser considerada como o idioma da Revelação, a Casa de Justiça pediu-nos para explicar-lhe que, embora as traduções de Shoghi Effendi dos Escritos de Bahá'u'lláh em inglês contenham em grande parte sua interpretação da intenção e do propósito do Autor do texto - uma interpretação que unicamente ele, como intérprete autorizado dos Textos Sagrados, pode prover - não se pode concluir que a língua inglesa na qual os Escritos foram traduzidos, deve, por essa razão, ser considerada como a língua da Revelação. Quanto à posição que têm as traduções de Shoghi Effendi, o amado Guardião em uma carta de 15 de novembro de 1956, escrita em seu nome, especifica que "a tradução em inglês" de um texto define a "base" para traduções em outros idiomas europeus. A Casa Universal de Justiça, em uma carta de 8 de setembro de 1964, destaca a singularidade das traduções de Shoghi Effendi e provê a seguinte elucidação: "...o amado Guardião não foi somente um tradutor, mas um intérprete inspirado dos Escritos Sagrados; assim, onde um texto em persa ou árabe pode dar vazão à duas expressões diferentes em inglês, ele saberia qual delas transmitir. De forma semelhante, ele está melhor qualificado do que um tradutor comum para saber que metáfora emprega em inglês para expressar uma metáfora usada em persa, a qual poderia não ter o mesmo significado numa tradução literal. Assim, no geral, as pessoas que falam outros idiomas europeus poderão obter uma tradução mais esmerada adotando a tradução em inglês do Guardião do que tentando, neste estágio da história bahá'í, traduzir diretamente do original. Isso não significa, porém, que os tradutores não devem também checar suas traduções com os textos originais, se estiverem familiarizados com o persa ou árabe. Podem ocorrer casos onde o significado exato do texto em inglês não esteja bem claro e isso pode ser comprovado comparando-o com o original..." A Casa Universal de Justiça também esclarece que embora as traduções em inglês do Guardião servem como uma fonte fidedigna, as traduções para idiomas orientais, como o turco ou o urdo, podem ser feitas diretamente dos textos originais. 16 de setembro de 1992, a um Bahá'í 36. A primeira pergunta do dr. xxxx diz respeito ao uso provisório (e, portanto, sem "revisão de conteúdo") de traduções dos Escritos Bahá'ís que apareceram em um artigo do sr. yyyy. Fomos solicitados a dizer-lhe que a diretriz da Casa Universal de Justiça nesse assunto não mudou e que as traduções em inglês e as revisões de traduções anteriores naquele idioma, devem ser analisadas no Centro Mundial e oficialmente aprovadas antes de serem publicadas. Porém, existem ocasiões nas quais a Casa de Justiça permite a publicação de traduções provisórias feitas por indivíduos cujo trabalho já é conhecido por ela. Nesses casos, as traduções normalmente aparecem em publicações eruditas, ou outras de distribuição restrita, e não são necessariamente para serem utilizadas como base para traduções em outros idiomas. Tal uso não altera a diretriz geral acima mencionada. Uma carta datada de 31 de agosto de 1989, escrita em nome da Casa Universal de Justiça a um bahá'í, afirma que "esta diretriz não tem a intenção de proibir os Bahá'ís de realizarem estudos eruditos desses Escritos [da Fé], incluindo uma análise das traduções já existentes, o uso de termos mais técnicos em parênteses ou em notas de rodapé, e comentários sobre o enfoque dado pela tradução feita pelo Guardião". No caso específico mencionado pelo dr. xxxx quanto às traduções feitas pelo sr. yyyy, o (editor) foi informado pelo Departamento do Secretariado, em uma mensagem datada de 21 de novembro de 1990, que embora os excertos traduzidos pelo sr. yyyy não tenham sido revisados aqui no Centro Mundial Bahá'í até o momento, "não há objeção, a princípio, dada a competência do autor, caso seu uso estiver claramente especificado ser uma tradução em caráter provisório". 8 de setembro de 1991, a um Bahá'í 37. Mesmo que o amado Guardião tenha escrito algumas orações em suas cartas aos amigos no Oriente, ele não permitiu sua tradução em idiomas do Ocidente. Em uma carta escrita em seu nome à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís dos Estados Unidos, em 23 de fevereiro de 1957, sua secretária informou: "Ele não vê necessidade de traduzir para o inglês as orações que escreveu em persa. Os Bahá'ís têm à sua disposição muitas orações maravilhosas já traduzidas, e ele acha que agora não é o tempo de gastar dinheiro com essas coisas." (4 de dezembro de 1985, a um bahá'í) ...com relação à possibilidade de publicar uma seleção das orações de Shoghi Effendi traduzidas para o inglês, a Casa Universal de Justiça orientou-nos informá-los não achar que tenha chegado o tempo para fazer tal publicação. Devemos fazer os seguintes comentários adicionais: "Não há dúvida que um dia as mensagens gerais do amado Guardião, dirigidas aos crentes no Oriente, particularmente aos amigos no Irã, escritas em árabe ou persa, serão traduzidas para benefício do mundo de língua inglesa. No contexto de tal projeto, as orações de Shoghi Effendi, que usualmente fazem parte dessas comunicações, serão naturalmente traduzidas e disponibilizadas aos amigos." (23 de novembro de 1986, a uma Editora Bahá'í) 11 de dezembro de 1994, a um Bahá'í 38. ...com relação a quais traduções do Novo Testamento ou da Bíblia, foram utilizadas por 'Abdu'l-Bahá. Uma versão em árabe e duas em persa foram encontradas entre os livros e documentos de 'Abdu'l-Bahá. Os detalhes dessas obras são dados abaixo: · Bible (al-Kitáb al-Muqddas), em árabe. Tab at al-awla. 1ª ed. Nova Iorque: al-Jam iyyat al-Amrika'iyyáh li-ajl-i Intishár al-Injíl, 1867. (De acordo com a nota na página de título, esta Bíblia foi traduzida em Beirute pela Sociedade Bíblica Americana e foi disponibilizada de Nova Iorque no início de 1816. Sua primeira impressão foi feita em 1867.) · Bible (Kitáb-i Muqaddas ya ni kutub-i Ahd-i Atiq va Ahd-i Jadid), em persa. Londres: British and Foreign Bible Society of London, 1895. Leipzig, Alemanha: Drucklegung. (Esta Bíblia foi traduzida de textos em hebraico, caldeu e grego pela Sociedade Bíblica Inglesa e Externa. Foi editada em Londres e impressa em Leipzig.) · Persian Pocket Bible. Londres: British and Foreign Bible Society, 1904. (Esta edição não contém o nome do tradutor.) A biblioteca do Centro Mundial Bahá'í possui cópias de outras antigas edições de traduções em árabe e persa da Bíblia, que foram amplamente usadas pelos Bahá'ís no Oriente desde os primeiros dias da Fé. Muitos desses livros foram adquiridos antes do estabelecimento formal da biblioteca, e por isso não existem registros das datas de suas aquisições. A possibilidade de que 'Abdu'l-Bahá possa ter acessado a algumas ou a todas essas obras não pode ser afastada. · Bible (Kitáb al-Muqaddas), em persa. Londres: British and Foreign Bible Society, 1856. (O Antigo Testamento desta edição foi traduzido do hebraico para o persa por William Glenn (?) e outros, e o Novo Testamento foi traduzido do grego pelo reverendo Henry Martyn em 1846.) · Bible (al-Kitáb al-Muqaddas), em árabe. Beirute: Vincentius Bracco, 1876-1882, 3 volumes. (Uma cópia desta obra foi encontrada na Casa de Abbud.) Duas outras traduções da Bíblia em árabe foram encontradas na biblioteca de Shoghi Effendi e de Mirza Abu'l-Fadl. A primeira foi publicada pela Universidade de Oxford em 1890; a segunda foi publicada em Beirute em 1894 por Matba'ah Sabiah. 12 de junho de 1996, a um Bahá'í 39. ...solicita esclarecimentos sobre "os princípios que regulam o uso de citações da Bíblia em inglês em publicações Bahá'ís". Ele explica que soube de uma opinião não confirmada de que somente a versão da Bíblia do rei James pode ser utilizada e observa que "essa pessoa parece dar à versão do rei James maior autoridade do que o texto original em assuntos de interpretação". Suas indagações foram encaminhadas ao Departamento de Pesquisa e nossa resposta é a seguinte: Não conseguimos encontrar orientação nos Escritos referindo-se diretamente a citações da Bíblia em publicações Bahá'ís na língua inglesa. Será de ajuda... observar, porém, que, em uma mensagem enviada ao Guardião, datada de 2 de setembro de 1949, por um crente cujo idioma nativo é o inglês, o qual fez a seguinte pergunta: "Bem recentemente, ao autor, como guia no Templo, foi perguntado qual era a versão da Bíblia que os Bahá'ís utilizavam. Podemos ter vossa orientação nesse sentido, por favor?" A resposta do Guardião aparece em uma carta escrita em seu nome, onde se lê: "O próprio Shoghi Effendi usa a versão da Bíblia do rei James, porque é uma versão autorizada e porque está escrita em um inglês muito bonito." (28 de outubro de 1949, a um bahá'í) Parece-nos possível que esta declaração pode dar a impressão, em alguns crentes, de que a versão da Bíblia do rei James tem uma consideração especial na Fé. É importante notar, porém, que em uma carta escrita em nome da Casa Universal de Justiça, em resposta a uma pergunta similar, a mesma declaração do Guardião aparece e é então seguida pela seguinte afirmativa: "A Casa de Justiça destaca, no entanto, nada existir nas declarações feitas por Shoghi Effendi que indique que os amigos não possam usar outras traduções da Bíblia." (2 de dezembro de 1987, a uma Assembléia Espiritual Nacional) É também digno de nota, no mesmo contexto, que essa tradução, conhecida como versão norte-americana do "rei James", é geralmente mencionada como a "versão autorizada" na Inglaterra, e em muitas edições a seguinte declaração aparece na página de título: · A Bíblia Sagrada: Contendo o Antigo e o Novo Testamento traduzidos dos idiomas originais e com as antigas traduções diligentemente comparadas e revisadas por determinação especial de sua majestade, 1611 d.C.. Indicada para ser lida nas Igrejas. É neste contexto que pode ser entendido a referência do Guardião a ela como uma versão "autorizada". Tal declaração não implica, porém, que essa tradução seja mais autêntica e oficial que os textos originais. Também chamamos a atenção... para a seguinte resposta da Casa de Justiça a uma indagação de outra Assembléia Espiritual Nacional quanto à permissão de usar versões da Bíblia que não a do rei James para selecionar textos para leitura no Mashriqu'l-Adhkár: "A Casa de Justiça acusa recebimento de sua carta de 30 de outubro, indagando sobre se é permitido ler de outras versões da Bíblia que não a versão autorizada do rei James. Fomos instruídos a dizer que embora não exista qualquer indício que limite as leituras selecionadas da Bíblia somente à versão autorizada, a decisão é deixada inteiramente à sua discrição." (13 de novembro de 1974, a uma Assembléia Espiritual Nacional) Com base no que foi acima mencionado, cremos que os amigos são livres para usar seu próprio julgamento sobre as traduções da Bíblia em inglês para as citações a serem utilizadas em suas obras publicadas. 3 de novembro de 1996, a um Bahá'í 40. ...Como o sr. xxxx sem dúvida sabe, o assunto da tradução dos Escritos Sagrados é bastante complexo. De tempos em tempos o Departamento de Pesquisa prepara uma compilação em resposta a perguntas pessoais ou preocupação demonstrada por indivíduos e instituições, porém não existe, neste momento, nenhuma compilação que cubra todos os aspectos do processo de tradução, diretrizes e procedimentos relacionados com ele. ...Com relação à consideração se as traduções de Shoghi Effendi, o Guardião da Fá Bahá'í, são "infalíveis", parece-nos que este assunto está definido em excertos da compilação e nas seguintes declarações de cartas dirigidas a indivíduos em nome de Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça, respectivamente: "Quanto às diferentes traduções das Palavras, é seguramente o texto original que nunca deve ser alterado. As traduções continuarão a variar à medida que mais e melhores traduções forem feitas. Shoghi Effendi não considera nem mesmo suas próprias traduções como finais, quanto mais as traduções feitas nos primeiros dias da Causa no Ocidente, quando não existiam tradutores com a competência necessária." (14 de agosto de 1930) "Com relação ao idioma inglês, as traduções do amado Guardião são obviamente as mais autênticas e devem ser utilizadas. Se por alguma razão particular, um autor bahá'í, ao citar uma passagem do Texto Sagrado que tenha sido traduzido em inglês pelo Guardião, deseja usar uma tradução diferente da feita pelo amado Guardião, seu pedido nesse sentido deve ser enviado para consideração da Casa Universal de Justiça. Passagens dos Textos Sagrados não traduzidas por Shoghi Effendi, mas já existentes em inglês e publicadas com aprovação, podem ser usadas. Se um autor deseja fazer sua própria tradução de uma passagem ainda não traduzida por Shoghi Effendi, a nova tradução deverá ser submetida à Casa Universal de Justiça para aprovação." (3 de novembro de 1996) O Departamento de Pesquisa não tem conhecimento de quaisquer compilações sobre o assunto de traduções provisórias. Porém, este assunto foi considerado pela Casa Universal de Justiça e algumas novas diretrizes foram recentemente anunciadas em sua carta de 4 de julho de 1999.(*) (*) Ver o texto no 23 desta compilação. 3 de agosto de 1999, a um Bahá'í O Departamento de Pesquisa não conseguiu localizar qualquer guia específica da Casa Universal de Justiça quanto ao uso de traduções mais recentes do Alcorão. É interessante notar que em relação ao uso de versões mais recentes da Bíblia(*) a Casa Universal de Justiça, numa carta escrita em seu nome a uma Assembléia Espiritual Nacional, em 2 de dezembro de 1987, afirma que "nada existe nas declarações feitas por Shoghi Effendi para indicar que os amigos não possam usar outras traduções da Bíblia", e em resposta a uma indagação da Assembléia Espiritual Nacional da Austrália quanto à permissão de usar outras versões da Bíblia para leituras no Mashriqu'l-Adhkár, a carta escrita em nome da Casa Universal de Justiça declara: (*) No caso da Bíblia, uma carta em nome de Shoghi Effendi, datada de 28 de outubro de 1949, afirma: "O próprio Shoghi Effendi usa a versão da Bíblia do rei James, porque é uma versão autorizada e porque está escrita em um inglês muito bonito." "...não existe qualquer indício que limite as leituras selecionadas da Bíblia somente à versão autorizada, a decisão é deixada inteiramente à sua discrição." (13 de novembro de 1974) À luz da guia da Casa Universal de Justiça com relação à Bíblia, e na ausência de declarações específicas autorizadas quanto às novas traduções da Bíblia, parece razoável concordar que as pessoas são livres para exercer seu critério na escolha de qual tradução do Alcorão usar. Quanto às traduções [para o inglês] do Alcorão, é parecer do Departamento de Pesquisa existir um bom número de boas traduções, adicionalmente àquelas feitas por Sale e Rodwell. Até certo ponto, a escolha de uma tradução particular é decidida pelas necessidades e propósitos específicos do leitor - algumas traduções trazem notas úteis, outras numeram cada versículo, e outras ainda incluem ambos. 19 de agosto de 2002, a um Bahá'í VII - DE UM MEMORÂNDUM ESCRITO EM NOME DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 42. 1. Traduções em outros idiomas que não sejam semelhantes ao persa e árabe devem normalmente ser feitas de traduções já aprovadas em inglês, em vez de diretamente dos originais em persa ou árabe. Em tais casos, é recomendável que, se possível, o(s) tradutor(es) também compare(m) seus textos com os originais. 2. Todas as novas traduções em inglês, e todas as revisões de traduções anteriores nesse idioma, precisam ser analisadas no Centro Mundial e oficialmente aprovadas antes de sua publicação. 3. Qualquer crente pode traduzir, para seu próprio uso, qualquer texto que deseje, mas a disseminação ou publicação de tais traduções dependerá de sua aprovação pela Assembléia Espiritual Nacional de seu país ou, no caso de traduções em inglês, da aprovação do Centro Mundial. a) Se um Bahá'í espontaneamente fizer sua própria tradução de um determinado texto, deve prontamente colocá-la à disposição de uma Assembléia Espiritual, mas não é imperioso que o faça. b) Se uma tradução feita espontaneamente por um indivíduo for aprovada e publicada, ele retém o direito legal de sua tradução, a não ser que, naturalmente, livremente a libere. 4. Quando uma Assembléia Espiritual desejar que uma tradução seja feita, a mesma deve, se possível, ser feita por um comitê em vez de indivíduos, conforme explicado por 'Abdu'l-Bahá. a) Os membros de tal comitê não precisam ser todos Bahá'ís. b) As traduções feitas para um comitê são de propriedade da Assembléia que designou o comitê, e não dos membros do comitê. c) Com exceção das traduções em inglês, uma tradução feita por um comitê não precisa ser revisada a não ser que a Assembléia julgue tal medida aconselhável. d) De acordo com as instruções de Shoghi Effendi, o nome do comitê deve aparecer no livro como o órgão tradutor, mas os nomes dos membros não devem aparecer. 5. Se não for possível formar um comitê de tradução, as traduções terão de ser feitas, forçosamente, por indivíduos. a) Quando um indivíduo é encarregado por uma Assembléia para fazer uma tradução, esta torna-se propriedade da Assembléia, não do indivíduo, mesmo que o trabalho tenha sido feito sem remuneração. É aconselhável ter este e outros assuntos concordados por escrito antes do trabalho ser iniciado, para evitar qualquer mal-entendimento posterior. b) Uma tradução feita por um indivíduo deve, se possível, ser revisada antes de publicada, e tal revisão deve ser feita por um comitê, em vez de um indivíduo, se isso for exeqüível. c) Quando uma tradução feita por um indivíduo é publicada, seu nome pode aparecer como tradutor, se ele assim o desejar. 6. Normalmente, o crédito pela tradução deve aparecer em todos os trabalhos completos e compilações publicadas, como também em livros que citem as passagens traduzidas. a) Os créditos para a tradução não devem aparecer no caso de passagens citadas em comunicações de instituições Bahá'ís, mesmo quando as mesmas forem publicadas. b) O crédito para a tradução não deve aparecer em folhetos e panfletos publicados, a não ser que seja uma exigência legal fazê-lo. 3 de outubro de 1993, a um Bahá'í VIII - DO LIVRO "A PÉROLA INESTIMÁVEL"(*) (*) A Editora Bahá'í do Brasil sugere a leitura do capítulo 10 do livro citado, onde nesta biografia do Guardião, sua esposa adentra sobre o tema de traduções, dando exemplos a serem seguidos pelos tradutores dos Escritos Bahá'ís. 43. Numa era em que se joga futebol com as palavras, chutando-as para lá e para cá indiscriminadamente, sem respeito pelo seu significado ou seu emprego certo, o estilo de Shoghi Effendi sobressai com beleza deslumbrante. Sua alegria nas palavras era uma de suas características pessoais mais fortes, quer escrevendo em inglês - idioma ao qual rendera seu coração - ou na mistura do persa com o árabe, usada por ele em suas cartas circulares ao Oriente. Embora tão simples em seus gostos pessoais, ele tinha um amor inato pela riqueza que se manifesta na maneira como ele arranjava e decorava os vários Lugares Sagrados Bahá'ís, no estilo do Santuário do Báb, nas suas preferências na arquitetura e na sua escolha e combinação de palavras. Dele se poderia dizer que, conforme as palavras de um outro grande escritor, Macaulay: "escrevia em linguagem... precisa e luminosa." Diferente de tantas pessoas, Shoghi Effendi escrevia o que queria dizer e queria dizer exatamente o que escrevia. É impossível eliminar uma palavra sequer, de suas sentenças, sem sacrificar uma parte do sentido - tão conciso, tão expressivo é seu estilo. A linguagem em que Shoghi Effendi escrevia, quer para os Bahá'ís ocidentais ou para os orientais, estabeleceu um padrão que deveria efetivamente impedir que eles descessem ao nível dos letrados incultos, o que infelizmente muitas vezes caracteriza a presente geração no que diz respeito ao uso e à apreciação das palavras. Ele nunca se comprometia com a ignorância de seus leitores; esperava que eles, na sua sede por conhecimento, vencessem sua ignorância. Shoghi Effendi escolhia, tanto quanto podia, o veículo certo para seu pensamento e não se importava se a pessoa média conhecia ou não a palavra que ele usava; afinal, pode-se averiguar o que se não conhece. Embora ele tivesse tão brilhante domínio da língua, freqüentemente reforçava seu conhecimento pela certeza procurando no grande dicionário Webster a palavra que ele planejava usar. Muitas vezes, uma das minhas funções era passá-lo para ele, e era um volume realmente pesado! Não raramente, sua escolha era a terceira ou a quarta aplicação da palavra, às vezes aproximando-se do arcaico, mas era a palavra exata que transmitia o que ele queria dizer e, portanto, ele a usava. Lembro-me que minha mãe disse uma vez que, tornar-se Bahá'í era como entrar numa universidade, só que nunca se parava de aprender, nunca se graduava. Em suas traduções dos escritos Bahá'ís e, acima de tudo, em suas próprias composições, Shoghi Effendi estabeleceu um padrão que educa e eleva o nível cultural do leitor, ao mesmo tempo em que nutre sua mente e sua alma com pensamentos e a verdade. A Pérola Inestimável, pp. 232-3 44. A suprema importância das comunicações e traduções inglesas de Shoghi Effendi jamais poderá ser suficientemente enfatizada, em vista de sua função como intérprete único e autorizado dos Escritos Sagrados, conforme designado por 'Abdu'l-Bahá em Seu Testamento. Há muitos casos em que, devido à inexatidão na construção das frases persas, poderia haver ambigüidade na mente do leitor quanto ao sentido. Um inglês cuidadoso e correto, em primeiro lugar sem margem para ambigüidades, combinado com a mente brilhante de Shoghi Effendi e seu poder como intérprete da Palavra Sagrada, tornou-se o que bem poderíamos chamar de veículo cristalino dos Ensinamentos. Muitas vezes, recorrendo-se à tradução de Shoghi Effendi para o inglês, o sentido original do Báb, de Bahá'u'lláh ou de 'Abdu'l-Bahá se torna claro e é assim salvaguardado contra uma interpretação errônea no futuro. Ele era meticuloso no traduzir e queria ter absoluta certeza de que as palavras que usava em inglês transmitiam o pensamento e as palavras originais, e não se desviavam deles. É necessário que se tenha domínio do persa e do árabe para entender corretamente o que ele fez. A Pérola Inestimável, pp. 238-9 45. Frisou que um tradutor deveria ser absolutamente fiel a seu texto original e que, em alguns casos, isso significava que o resultado em outro idioma fosse feio e, até, sem sentido. A Pérola Inestimável, p. 239 ARQUITETURA COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA I - DOS ESCRITOS DE Bahá'u'lláh 1. Ó Povos da Criação! Incumbe a vós construir Casas [Templos], nas cidades e em nome do Senhor da Revelação, as mais perfeitas possíveis que se possa construir na Terra, e adorná-las com aquilo que seja mais apropriado a elas, não com imagens e estátuas. Tornai-as majestosas para que nelas seja louvado vosso Senhor Misericordioso em um espírito de alegria e radiância. Vede! É através de Sua menção que os corações serão iluminados e os olhos confortados. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês II - DOS ESCRITOS E PALESTRAS DE 'Abdu'l-Bahá 2. Apraz-me saber que te esforças ao máximo em tua arte, pois nesta maravilhosa nova era, arte é adoração. Quanto mais te esforçares para aperfeiçoá-la, mais te aproximarás de Deus. Qual dádiva maior do que esta poderia haver, que a arte de uma pessoa seja igual ao ato de adoração ao Senhor? Isto significa que, quando teus dedos dominam o pincel, é como se tu estivesses a orar no Templo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 7 3. O Mashriqu'l-Adhkár deve ter nove lados, portas, fontes, caminhos, portais, colunas e jardins, contendo um piso principal, galerias e uma abóbada, e seu projeto e construção devem ser bonitos... O mistério do edifício é grande, e não pode ser revelado ainda, mas sua construção é o mais importante empreendimento deste tempo. O Mashriqu'l-Adhkár tem importantes dependências anexas, que são consideradas como parte integrante do mesmo. São estas: escola para órfãos, hospital e dispensário para os pobres, lar para os inválidos, escola para a educação científica superior, e hospedaria. Em cada cidade deve ser fundado um grande Mashriqu'l-Adhkár segundo esse modelo. No Mashriqu'l-Adhkár serão mantidas programações devocionais todas as manhãs. Não haverá órgão no Templo. Nos edifícios próximos realizar-se-ão festivais, programas devocionais, convenções, reuniões públicas e reuniões espirituais, porém no Templo a entoação e o canto não serão acompanhados. Abri as portas do Templo a toda a humanidade. Bahá'u'lláh e a Nova Era, p. 180 (inclusa a primeira frase) 4. O Mashriqu'l-Adhkár de 'Ishqábád está quase terminado. Ele é centralizado, nove avenidas conduzem a ele, nove jardins, nove fontes; todo o plano e a construção estão de acordo com o princípio e proporção do número nove. É como um lindo buquê. Imaginai um edifício sublime e imponente, completamente cercado por jardins e flores de muitas cores, com nove avenidas conduzindo através delas, nove fontes e espelhos de água. Assim é seu incomparável e belo desenho. Agora estão construindo um hospital, uma escola para órfãos, uma casa para deficientes, um albergue e um grande dispensário. Se Deus quiser, quando for completado será um paraíso. Tenho a esperança de que o Mashriqu'l-Adhkár em Chicago também será assim. Esforçai-vos para conseguir um terreno circular. Se possível, ajustai e modificai o projeto para deixar as dimensões e as delimitações em forma circular. O Mashriqu'l-Adhkár não pode ser triangular. Deve ter a forma de um círculo. A Promulgação da Paz Universal, pp. 85-6 III - De Cartas Escritas em Nome de Shoghi Effendi 5. Ele, sinceramente, espera que à medida que a Causa cresça e pessoas de talento venham sob seu estandarte, elas começarão a produzir, através das artes, o espírito divino que anima suas almas. Cada religião tem trazido consigo alguma forma de arte - vejamos as maravilhas que esta Causa está trazendo. Tão glorioso espírito deve também dar vazão a uma gloriosa arte. O Templo com toda sua beleza é apenas o primeiro raio de uma alvorada que se inicia; coisas ainda mais maravilhosas serão alcançadas no futuro. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 16 6. ...levantaste a questão sobre qual será a fonte de inspiração para os músicos e compositores Bahá'ís: a música do passado ou a Palavra Revelada? Não podemos prever, já que estamos no limiar da cultura bahá'í, quais formas e características de artes haverá no futuro, inspiradas por esta Poderosa Nova Revelação. De tudo que podemos ter certeza é que serão maravilhosas; assim como cada Fé deu origem a uma cultura que floresceu em formas diferentes, também de nossa amada Fé pode-se esperar que faça a mesma coisa. É prematuro, no presente, tentar e compreender o que serão. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22 7. Música, como uma das artes, é um desenvolvimento cultural natural, e o Guardião não sente que deve haver qualquer dedicação a mais à "Música Bahá'í" do que aquela que estamos tentando desenvolver para uma escola Bahá'í de pintura ou escrita. Os crentes são livres para pintar, escrever e compor da maneira que seus talentos os guiarem. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 23 8. Ele pessoalmente não acredita que o desejo do Mestre de ter um Templo inspirado no Táj Mahal queira dizer que deve ser 100% baseado naquele edifício e inteiramente indiano em todos os detalhes. Ele é de opinião que o Mestre quis significar que, numa impressão geral, a beleza, os contornos e a simetria daquele glorioso sepulcro deviam ser predominantes no Templo. 3 de julho de 1947, a um Bahá'í 9. Esses slides de nosso Templo Bahá'í e das várias atividades são muito interessantes e abrem uma nova porta para o enfoque de ensino ao público em geral. Os conjuntos de fotos mais interessantes podem ser selecionados e circulados entre os amigos... 28 de dezembro de 1946, a um Bahá'í 10. Resta agora a importante consideração de um projeto para o Mashriqu'l-Adhkár. Não importa que seja feito por um arquiteto Bahá'í ou um não-bahá'í, o essencial é que deve ser belo e digno. Não deve ser nada parecido com o estilo visto em edifícios modernos: exagerado, bizarro, horrível. Este não é um estilo adequado para a nossa Casa de Adoração. Ele acha que vocês devem deixar isso bem claro para qualquer dos arquitetos que deseje submeter seu projeto. Os aspectos essenciais do projeto, conforme definidos por 'Abdu'l-Bahá, são que o edifício deve ter nove lados e ser em formato circular. Além disso, o arquiteto não deve ter nenhuma outra restrição na escolha do estilo que irá utilizar. 25 de junho de 1954, a uma Assembléia Espiritual Nacional 11. Aproveitando a oportunidade, existe um ponto que precisa ser mencionado: é que o Templo em Wilmette não constitui um padrão para outros Templos, nem apresenta um novo tipo de arquitetura bahá'í. Portanto, não é necessário que seus arquitetos se esforcem para seguir aquele padrão. O que deve ser feito é seguir as instruções do Mestre quanto às principais características do Templo, e então criar algo que seja desejável e apropriado para a sua área. 10 de fevereiro de 1955, a uma Assembléia Espiritual Nacional 12. Ele ficou muito feliz em saber que sua Assembléia Nacional está apressando o trabalho com relação aos projetos feitos para o Templo a ser construído em Frankfurt. Ele dá grande importância a este empreendimento, como vocês sabem, e considera que dois pontos devem ser sempre mantidos em mente pelos arquitetos: primeiro, que o edifício não deve ter um custo muito elevado, e segundo, que o projeto deve ser belo e digno, e não deve refletir a influência dos extremos da arquitetura moderna que são transitórios em estilo, feios em sua maior parte, e muito utilitários em sua aparência, para se utilizar em uma Casa de Adoração. 9 de abril de 1955, a um Bahá'í 13. O Guardião está firmemente convencido de que, não importa qual seja a opinião da mais nova escola de arquitetura sobre este assunto, os estilos de arquitetura exibidos presentemente no mundo inteiro não só são muito feios, mas também carecem completamente da dignidade e graça que devem existir, pelo menos em algum grau, numa Casa de Adoração Bahá'í. Deve-se ter sempre em mente que a vasta maioria dos seres humanos não é nem muito moderna nem muito extremista em seus gostos e que aquilo que a escola mais adiantada talvez ache maravilhoso, é muitas vezes inteiramente desagradável ao gosto da gente comum, simples. 11 de julho de 1956, a uma Assembléia Espiritual Nacional IV - DE UMA CARTA ESCRITA PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA 14. Agradecemos sua carta tratando do projeto do edifício que irá servir como Sede da Casa Universal de Justiça no Monte Carmelo. O amado Guardião deixou claro que o florescer das artes, que é o resultado de uma Revelação Divina, ocorre somente após alguns séculos. A Fé Bahá'í oferece ao mundo a reconstrução completa da sociedade humana - uma reconstrução de efeito tão abrangente que é o esperado por todas as Revelações do passado e que traga o estabelecimento do Reino de Deus na Terra. A nova arquitetura que esta revelação irá dar nascimento irá florescer por muitas gerações no futuro. Estamos apenas no início deste grande processo. O tempo atual é um período de tumultos e mudanças. A arquitetura, como todas as artes e ciências, está passando por um rápido desenvolvimento. Deve-se apenas considerar as mudanças que ocorreram no curso das últimas décadas para se ter uma idéia do que poderá acontecer nos próximos anos. Alguns edifícios modernos terão, sem dúvida, qualidades de grandeza e irão durar, mas muito do que está sendo construído agora poderá ser superado e parecer feio para as próximas gerações. A arquitetura moderna, em outras palavras, deve ser considerada como um novo desenvolvimento em seu estágio primitivo. A arquitetura grega clássica, porém, é um exemplo de um estilo de arte duradoura. É muito bela agora, como a foi há dois mil anos ou mais. O edifício que estamos agora para construir deverá servir por centenas de anos no futuro e é parte de um complexo de edifícios em torno do arco no Monte Carmelo que deverá estar harmonizado em estilo. Por isso escolhemos um estilo que provou ser, e por longo tempo tem se mantido, mais que um estilo moderno que poderá ser efêmero. 18 de julho de 1974, a um Bahá'í V - De Cartas escritas em Nome da Casa Universal de Justiça 15. A Casa de Justiça não faz, a princípio, objeção em realizar uma exposição como a proposta por você, mas trata-se de uma decisão que cabe à Assembléia Nacional tomar. Portanto, você deve encaminhar a sugestão para sua Assembléia Nacional. Os crentes na Europa, já em ocasiões anteriores, usaram as iluminuras(*) das Epístolas para várias finalidades, e a Casa de Justiça sugere que você poderá obter exemplares delas através, ou diretamente, de diversas Assembléias Nacionais. Exemplares originais das iluminuras das próprias Epístolas não devem, naturalmente, ser usadas em tais painéis como você propõe. (*) Iluminura é a arte de fazer desenhos extremamente elaborados para emoldurar algum escrito ou desenho que se queira destacar e enobrecer. 29 de dezembro de 1981, a um Bahá'í 16. Sua carta de 8 de setembro de 1983 solicitando orientações sobre a questão da representação visual das personagens relacionadas à Idade Heróica da Fé foi recebida. A Casa Universal de Justiça deseja que saiba que nada há nas instruções do Guardião, nem da Casa de Justiça, que proíba artistas de fazerem desenhos das Letras da Vida em ambientes, ou participando em eventos, desde que sejam historicamente precisos. Obviamente, em acréscimo à precisão, é importante preservar a dignidade das personagens que são representadas. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 32-33 PROFISSOES COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA I - ARTISTAS E PINTORES 1. O Sol da verdade é a Palavra de Deus, da qual depende a educação daqueles que estão imbuídos com o poder da compreensão e da expressão. Ela é o verdadeiro espírito e a água celestial através de cujo auxílio e graciosa providência todas as coisas têm sido e serão vivificadas. Sua aparição em cada espelho está condicionada à cor desse espelho. Por exemplo, quando sua luz incide sobre os espelhos dos corações dos sábios, ela gera sabedoria. Da mesma forma, quando ela se manifesta nos espelhos dos corações dos artesãos, desdobrando-se em novas e únicas artes, e quando refletida nos corações daqueles que apreendem a verdade, revela maravilhosas evidências do verdadeiro conhecimento e desvenda as verdades das emanações de Deus. Bahá'u'lláh citado na compilação: A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 1 2. Apraz-me saber que te esforças ao máximo em tua arte, pois nesta maravilhosa nova era, arte é adoração. Quanto mais te esforçares para aperfeiçoá-la, mais te aproximarás de Deus. Qual dádiva maior do que esta poderia haver, que a arte de uma pessoa seja igual ao ato de adoração ao Senhor? Isto significa que, quando teus dedos dominam o pincel, é como se tu estivesses a orar no Templo. 'Abdu'l-Bahá citado na compilação: A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 7 II - Artesãos 3. O quinto Taráz concerne à proteção e preservação dos graus dos servos de Deus. Não se deve deixar de levar em conta a verdade de qualquer assunto; antes, deve-se dar expressão àquilo que seja certo e verídico. O povo de Bahá a nenhuma alma deve negar a recompensa que lhe é devida, deve tratar com deferência os artífices e de modo diferente do povo de outrora, não deve macular suas línguas com injúrias. Neste Dia, o sol dos ofícios brilha acima do horizonte ocidental e o rio das artes mana do mar dessa região. Deve-se falar com eqüidade e apreciar essa graça. Pela vida de Deus! A palavra "Eqüidade" brilha, radiante e resplandecente, tal qual o sol. Pedimos a Deus que, benevolamente, derrame sobre todos seu fulgor. Ele, em verdade, é poderoso sobre todas as coisas, Aquele que sempre atende às preces de todos os homens. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 47 4. Ó tu servo do Deus Uno e Verdadeiro! Nesta dispensação universal, a maravilhosa faculdade inventiva do homem é aceita como adoração à Beleza Resplandecente. Que favor e bênção é considerar a habilidade humana em artes como sendo adoração! Nos tempos antigos acreditava-se que tais habilidades não passavam de ignorância, ou até mesmo que eram uma desgraça que impedia o homem de aproximar-se de Deus. Considera tu, agora, como suas infinitas graças e abundantes favores converteram o fogo infernal em paraíso, e um monte de pó escuro em jardim luminoso. Compete aos artífices do mundo a cada minuto ofertarem mil sinais de gratidão no Limiar Sagrado, e esforçarem-se com o máximo empenho, e diligentemente seguir em suas profissões, para que seus esforços possam criar a maior beleza e perfeição ante os olhos de todos os homens. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, pp. 130-31 III - Médicos 5. Bem estará o médico que cura os males em Meu sagrado e muito reverenciado Nome. De uma Epístola de Bahá'u'lláh traduzida do persa para o inglês 6. Ó tu, sincero servo do Ser Verdadeiro e médico espiritual das pessoas! Toda vez que atenderes a um paciente, volve tua face para o Senhor do Reino, suplica por ajuda do Espírito Santo e cure os males dos doentes... 'Abdu'l-Bahá citado em Bahá'í World Faith, p. 367 IV - Comerciantes 7. O comércio é como o céu, no qual seu sol é a fidedignidade e sua lua é a honestidade. De uma Epístola de Bahá'u'lláh traduzida do persa para o inglês 8. Os amigos de Deus devem, através da instrumentalidade de seus negócios, levar as pessoas ao caminho do Deus e deixá-las tão deslumbradas que dessas pessoas se ouça exclamar: "Quão grande é a veracidade, quão elevada a responsabilidade e quão sincera a boa-vontade deste comerciante." De uma Epístola de 'Abdu'l-Bahá traduzida do persa para o inglês V - Músicos 9. Nós vos tornamos lícito ouvir música e canto. Atentai, porém, para que isso não vos leve a violar os limites do decoro e da dignidade. Seja vossa alegria a alegria que nasce de Meu Nome Supremo, Nome que enleva o coração e extasia as mentes de todos que de Deus se aproximaram. Nós, em verdade, fizemos da música uma escada para as vossas almas, um instrumento pelo qual se possam elevar ao reino nas alturas; não a empregueis, portanto, como asas para o ego e a paixão. Nós, verdadeiramente, não vos queremos contemplar entre os néscios. Bahá'u'lláh em O Kitáb-i-Aqdas, pp. 31-2 10. A arte da música deve ser conduzida ao mais alto estágio de desenvolvimento, já que ela é uma das expressões artísticas mais maravilhosas e nesta era gloriosa do Senhor da Unidade é altamente essencial obter seu domínio. Portanto, deve-se esforçar por alcançar o grau de perfeição artística e não ser como aqueles que deixam os assuntos inacabados. 'Abdu'l-Bahá citado na compilação: A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 6 VI - Juízes 11. Diz o Grande Ser: O céu da estadística torna-se luminoso e resplandecente com o brilho da luz destas palavras abençoadas que despontou do alvorecer da Vontade de Deus: Cumpre a todo governante pesar seu próprio ser, todo dia, na balança da eqüidade e justiça e então julgar entre os homens e lhes aconselhar que façam aquilo que conduza seus passos ao caminho da sabedoria e compreensão. É esta a pedra angular da estadística e sua essência. Destas palavras todo homem esclarecido e sábio perceberá prontamente aquilo que possa promover tais objetivos como o bem-estar, a segurança e a proteção do gênero humano e salvaguardar as vidas humanas. Fossem os homens de percepção sorver até se saciarem do oceano dos significados interiores que jazem entesourados nestas palavras, e assim vir a conhecê-los, dariam testemunho da sublimidade e da excelência desta afirmação. Fosse este ser humilde expor o que ele percebe, todos testificariam a consumada sabedoria de Deus. Os segredos da estadística e aquilo de que o povo necessita jazem encerrados dentro destas palavras. Este servo humilde implora fervorosamente ao Deus Uno e Verdadeiro - exaltada seja Sua glória - que ilumine os olhos do povo do mundo com o esplendor da luz da sabedoria, para que eles - todos, sem exceção, possam reconhecer o que neste dia, é indispensável. É homem, verdadeiramente, quem hoje se dedica ao serviço da humanidade inteira. Diz o Grande Ser: Bem-aventurado e feliz é aquele que se levanta para promover os melhores interesses dos povos e raças da terra. Em outra passagem Ele proclamou: Que não se vanglorie quem ama seu próprio país, mas sim, quem ama o mundo inteiro. A Terra é apenas um país, e o gênero humano, seus cidadãos. Epístolas de Bahá'u'lláh, pp. 185-86 VII - PROFESSORES 12. O homem é o Talismã supremo. A falta da devida educação, porém, privou-o daquilo que ele inerentemente possui. Através de uma palavra procedente da boca de Deus, foi ele chamado à existência, sendo, por mais uma palavra guiado a reconhecer a Fonte de sua educação e, por ainda outra palavra, foram salvaguardados seu grau e destino. Diz o Grande Ser: Considerai o homem como uma mina rica em jóias de inestimável valor. A educação, tão somente, pode fazê-la revelar seus tesouros e habitar a humanidade a tirar dela algum benefício. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 180 13. A educação e a instrução das crianças está entre os atos mais meritórios da humanidade, e atrai a graça e o favor do Todo-Misericordioso, pois a educação é o indispensável fundamento de toda a excelência humana e permite ao homem ascender às alturas da glória eterna. Se uma criança for treinada desde a infância, ela, através do amoroso cuidado do Santo Jardineiro, sorverá as águas cristalinas do espírito e do conhecimento, assim como árvore jovem em meio a regatos que correm mansamente. Ela, seguramente, atrairá para si os brilhantes raios do Sol da Verdade e, por meio da luz e calor, crescerá sempre viçosa e bela no jardim da vida. Por esse motivo, o mentor deve ser também médico; isto é, ao instruir a criança, deve remediar-lhe os defeitos; deve dar-lhe conhecimento e, ao mesmo tempo, criá-la de modo que adquira natureza espiritual. Que o professor seja um médico para o caráter da criança, de modo que possa curar os males espirituais dos filhos dos homens. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 116-17 ARTES E OFICIOS COMPILADO PELO DEPARTAMENTO DE PESQUISA DA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA I - DOS ESCRITOS DE Bahá'u'lláh 1. Abençoados aqueles que têm fixado seu olhar no reino da glória e têm seguido os mandamentos do Senhor dos Nomes. Abençoado é aquele que nos dias de Deus se ocupa com as artes. Esta é uma graça de Deus, pois nesta Mais Poderosa Dispensação é aceitável aos olhos de Deus que todo homem se ocupe com uma profissão que o livre de depender da caridade. O trabalho de todo artesão é considerado como adoração. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 2. Um dos nomes de Deus é o Modelador. Ele ama a arte. Portanto, qualquer de Seus servos que manifeste este atributo é aceitável aos olhos deste Injuriado. O artesanato é um livro dentre os livros das ciências divinas e um tesouro entre os tesouros de Sua sabedoria celestial. Este é um conhecimento que faz sentido, pois algumas das ciências nascem de palavras e terminam em palavras. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 3. Permita Deus que te esforces ao máximo para adquirir perfeições, assim como perícia em um ofício. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 4. O Deus único e verdadeiro, exaltado seja, ama contemplar trabalhos de suma destreza realizados por Seus amados. Abençoado sejas, pois o que tua habilidade tem produzido atingiu a presença de teu Senhor, o Exilado, o Injuriado. Queira Deus que a cada um de Seus amigos lhes seja permitido aprender uma das artes e que sejam confirmados em sua adesão ao que foi ordenado no Livro de Deus, o Todo-Glorioso, o Onisciente. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 5. Ensinai a vossos filhos de forma a poderem ler atentamente os versículos divinos toda manhã e ao anoitecer. Deus prescreveu a cada pai educar seus filhos, sejam meninos ou meninas, nas ciências e na moral, e em ofícios e profissões... De uma Epístola traduzida do árabe para o inglês 6. Incumbe a cada criança exercer o máximo esforço para adquirir a arte de ler e escrever. As habilidades com a escrita que atendam pelo menos suas mais urgentes necessidades serão suficientes para algumas; e então será melhor e mais adequado que gastem seu tempo estudando aqueles ramos do conhecimento que lhe sejam mais úteis. Quanto ao que a Pena Suprema havia previamente estabelecido, a razão é que em toda arte e ofício Deus deseja que seja alcançada a maior perfeição possível. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês O quinto Taráz concerne à proteção e preservação dos graus dos servos de Deus. Não se deve deixar de levar em conta a verdade de qualquer assunto; antes, deve-se dar expressão àquilo que seja certo e verídico. O povo de Bahá a nenhuma alma deve negar a recompensa que lhe é devida, deve tratar com deferência os artífices e de modo diferente do povo de outrora, não deve macular suas línguas com injúrias. Neste Dia, o sol dos ofícios brilha acima do horizonte ocidental e o rio das artes mana do mar dessa região. Deve-se falar com eqüidade e apreciar essa graça. Pela vida de Deus! A palavra "Eqüidade" brilha, radiante e resplandecente, tal qual o sol. Pedimos a Deus que, benevolamente, derrame sobre todos seu fulgor. Ele, em verdade, é poderoso sobre todas as coisas, Aquele que sempre atende às preces de todos os homens. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 47 8. O terceiro Tajallí concerne às ciências, artes e ofícios. O conhecimento é como asas para a vida do homem; é como uma escada pela qual ele possa ascender. Incumbe a cada um adquiri-lo. O conhecimento deve ser adquirido, porém, de tais ciências que possam prestar benefícios aos povos da terra, e não daquelas que por meras palavras começam e assim também terminam. Grande, verdadeiramente, é a prerrogativa dos cientistas e dos artífices entre os povos do mundo. Disso dá testemunho o Livro-Mater no dia de Sua volta. Feliz quem possui um ouvido atento. Na realidade, o conhecimento é um verdadeiro tesouro para o homem; é para ele uma fonte de glória, de graça, de júbilo e exaltação, de alegria e contentamento. Assim se expressou a Língua da Grandeza nesta, a Maior Prisão. Epístolas de Bahá'u'lláh, p. 62 9. No início de todo empreendimento, convém se olhar para seu fim. Fazei as crianças estudarem - entre todas as ciências e letras - aquelas que resultarão em vantagem para o homem, lhe assegurando o progresso e elevando o grau. Assim serão dissipados os nocivos odores da inobservância da lei, e assim, através dos altos esforços dos líderes das nações todos viverão amparados, seguros e em paz. Diz o Grande Ser: Os eruditos do dia devem orientar o povo, para que adquira aqueles ramos de conhecimento que sejam úteis, de modo que tanto os próprios eruditos como os homens em geral, possam disso derivar benefícios. Epístolas de Bahá'u'lláh, p.p. 188-189 10. O propósito do conhecimento deve ser a promoção do bem-estar dos povos, isto pode ser alcançado através das artes. Foi revelado, e agora é repetido, que o verdadeiro valor dos artistas e artesãos deve ser apreciado, pois eles promovem o progresso os assuntos da humanidade. Assim como a base da religião é firmemente estabelecida através da Lei de Deus, os meios para o sustento dependem daqueles que se ocupam com as artes e ofícios. O verdadeiro conhecimento é aquele que conduz ao bem-estar do mundo e não ao orgulho e à vaidade, ou à tirania, à violência e ao roubo. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês II - Dos Escritos e Palestras de 'Abdu'l-Bahá 11. Toda pessoa deve ter uma ocupação, um ofício ou uma arte, para que possa levar a carga de outra pessoa e não ser ele mesmo uma carga para os demais. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 12. Tu escreveste a respeito de teu encontro com... Ele [também] escreveu que deseja te ensinar um oficio e mostra afeto e consideração para contigo. Suplicamos a Deus que este propósito possa ser alcançado e que aprendas esta habilidade, pois de acordo com os decretos divinos, toda pessoa deve adquirir um ofício. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 13. Ele deve estudar todos os dias, da manhã até o meio-dia para que possa aprender a ler e a escrever. Do meio-dia até aproximadamente o pôr-do-sol, deveria aprender um ofício. As crianças devem aprender a ler e a escrever e a adquirir uma arte ou habilidade. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 14. É necessário a todos aprenderem um ofício, no qual devam retirar seu sustento. Este comando é universal. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 15. É o comando da Abençoada Beleza, seja minha vida um sacrifício em Seu Limiar, que qualquer um deve se engajar em um ofício, deve se empenhar em adquirir nele a mais alta proficiência. Fazendo isto, aquele ofício tornar-se-á uma forma de adoração. De uma Epístola traduzida do persa para o inglês 16. Outro amigo perguntou: — Nas Epístolas está dito que devemos ser livres e desapegados. Em outro lugar consta que devemos aprender algum comércio ou profissão. Não são duas orientações contraditórias entre si? 'Abdu'l-Bahá respondeu: - Na Causa de Bahá'u'lláh incumbe a cada alma ter uma profissão e uma ocupação. Por exemplo, sei como tecer ou fazer um tapete, e tu sabes outro tipo de trabalho. Isso, em si mesmo, é um ato de adoração, contanto que seja realizado com a maior honestidade e fidelidade. Tal forma de trabalho será causa de prosperidade. No entanto, a despeito de estar sempre ocupado - se o coração não estiver preso e atraído a este mundo, não se deixando abalar com os eventos correntes, nem impedido pela riqueza de prestar algum serviço útil à humanidade, nem, em uma condição diferente, ficar revoltado por causa da pobreza - isso será uma prova da perfeição humana. De um artigo escrito por dr. Zia Bagdadí, intitulado "'Abdu'l-Bahá in America" em Star of the West, Vol. 19, No. 7, p. 219 17. E mais, de acordo com os mandamentos divinos, toda criança precisa aprender a ler e escrever e deve adquirir conhecimento em tais áreas que sejam úteis e necessárias, bem como aprender uma arte ou ofício. O maior cuidado deve ser dedicado a estes assuntos; não é permissível nenhuma negligência, nenhuma falta de ação em relação a eles. Educação Bahá'í., p. 37 18. Entre os maiores de todos os grandes serviços está a educação das crianças, a promoção das várias ciências, oficios e artes. Louvado seja Deus; estais agora realizando vigorosos esforços para este fim. Quanto mais perseverardes nesta tarefa de maior importância, mais testemunhareis as confirmações de Deus, a tal ponto que vós próprios ficareis atônitos. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 8 19. Ó vós, agraciados pelos favores de Deus! Nesta nova e admirável Era, o fundamento inabalável é o ensino das ciências e artes. Segundo os explícitos Textos Sagrados, a cada criança devem ser ensinadas as artes e os ofícios, no grau que for necessário. Assim, pois, em cada cidade ou aldeia, devem ser estabelecidas escolas, e todas as crianças nessas cidades e aldeias devem envolver-se no estudo até o grau necessário. Por conseguinte, quem oferecer ajuda para tornar isso realidade, seguramente será recebido no Limiar Celestial, e elogiado pela Companhia no alto. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 120-21 20. Tua carta foi recebida. Louvado seja Deus! Ela trouxe a boa notícia de tua saúde e segurança, e informou que estás pronto para entrar numa escola de agricultura. Isso é muito adequado. Esforça-te o mais possível por te tornares proficiente na ciência da agricultura, porque de acordo com os ensinamentos divinos a aquisição de ciências e o aperfeiçoamento nas artes são considerados atos de adoração. Se um homem ocupar-se na aquisição da ciência ou no aprimoramento da arte com todo o seu poder será como se estivesse adorando a Deus em igrejas e templos. Assim, ao entrares numa escola de agricultura e te esforçares na aquisição dessa ciência, estarás ocupado dia e noite em atos de adoração - atos que são aceitos no limiar do Todo-Poderoso. Qual graça maior que a ciência ser considerada ato de adoração e a arte como serviço ao Reino de Deus? Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 130 21. Ó tu servo do Deus Uno e Verdadeiro! Nesta dispensação universal a maravilhosa faculdade inventiva do homem é aceita como adoração à Beleza Resplandecente. Considera que favor e bênção é o engenho humano ser tido como adoração! Nos tempos antigos acreditava-se que tais habilidades não passavam de ignorância, ou até mesmo que eram uma desgraça que impedia o homem de aproximar-se de Deus. Considera tu, agora, como suas infinitas graças e abundantes favores converteram o fogo infernal em paraíso, e um monte de pó escuro em jardim luminoso. Compete aos artífices do mundo a cada minuto ofertarem mil sinais de gratidão no Limiar Sagrado, e esforçarem-se com o máximo empenho, e diligentemente seguir em suas profissões, para que seus esforços possam criar a maior beleza e perfeição ante os olhos de todos os homens. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 130-31 22. Fazei todo esforço para adquirir o conhecimento avançado do dia e forçai cada nervo para levar avante a civilização divina. Estabelecei escolas que sejam bem organizadas e promovei as bases da instrução nos vários ramos do conhecimento por intermédio de professores que sejam puros e santificados, que se distingam pelo seu elevado padrão de conduta e excelência em geral e que sejam fortes em fé; educadores com um conhecimento das ciências e das artes. ... Incluídas deverão estar a promoção das artes, a descoberta de novas maravilhas, a expansão do comércio e o desenvolvimento da indústria. Devem ser encorajados também os métodos de civilização e o embelezamento do país... Aquisição de Sabedoria, p. 3 (segunda frase, citada em Educação Bahá'í, p. 50-51) 23. Enquanto as crianças estão ainda na infância, alimentai-as no seio da graça celestial, nutri-as no berço de toda excelência, criai-as nos braços da bondade. Proporcionai-lhes a vantagem de toda a espécie de conhecimento útil. Deixai-as partilhar de cada um dos novos, admiráveis e maravilhosos ofícios e artes. Estimulai-as ao trabalho e ao empenho, e acostumai-as a dificuldades. Ensinai-as a dedicar as vidas para assuntos de grande importância e inspirai-as a empreender estudos que beneficiem a humanidade. Seleção dos Escritos de 'Abdu'l-Bahá, p. 130-31 III - DE CARTAS ESCRITAS EM NOME DE SHOGHI EFFENDI 24. Com relação ao seu querido esposo, Shoghi Effendi considera estar em total acordo com o desejo expresso do Mestre de que todo homem deve estar engajado num trabalho permanente. Por mais que o Guardião deseje ver você e seu esposo devotando toda a energia para fazerem apresentações bem pensadas, de forma progressiva e atrativa sobre a Causa, ainda que ache ser algo que lamentavelmente iremos perder, ficaria muito satisfeito se seu esposo seguisse o que o Mestre repetidamente recomendava, até mesmo para membros mais íntimos de Sua própria família, ou seja, a necessidade de terem uma profissão. Naturalmente você sabe que Ele ['Abdu'l-Bahá] sempre mencionou que Sua profissão era a de tecelão. 20 de setembro de 1929 25. Ele, sinceramente, espera que à medida que a Causa cresça e pessoas de talento venham sob seu estandarte, elas começarão a produzir, através das artes, o espírito divino que anima suas almas. Cada religião tem trazido consigo alguma forma de arte - vejamos as maravilhas que esta Causa está trazendo. Tão glorioso espírito deve também dar vazão a uma gloriosa arte. O Templo com toda sua beleza é apenas o primeiro raio de uma alvorada que se inicia; coisas ainda mais maravilhosas serão alcançadas no futuro. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 16 26. Shoghi Effendi ficou muito interessado em saber sobre o sucesso que a peça Pageant of the Nations produziu. Ele sinceramente espera que todos aqueles que dela participaram, tenham sido inspirados pelo mesmo espírito que o animou enquanto a organizava. É através de tais apresentações que podemos despertar o interesse do maior número de pessoas pelo espírito da Causa. Chegará o dia em que a Causa propagar-se-á tão rapidamente como o raio, quando seu espírito e ensinamentos serão apresentados nos palcos ou nas artes, e na literatura como um todo. A arte pode melhor despertar os sentimentos nobres do que o frio racionalismo, principalmente entre as massas. Temos que esperar apenas alguns anos para ver como o espírito soprado por Bahá'u'lláh encontrará expressão no trabalho dos artistas. O que você e alguns outros Bahá'ís estão tentando são apenas pálidos raios que precedem a luz efulgente de uma manhã gloriosa. Ainda não podemos avaliar o papel que a Causa está destinada a representar na vida da sociedade. Temos que lhe dar tempo. O material que este espírito tem que moldar é por demais rudimentar e sem valor, porém, no final, cederá e a Causa de Bahá'u'lláh revelar-se-á em seu pleno esplendor. A Importância das Artes na Promoção da Fé, pp. 18-19 27. Apesar de agora ainda ser bem o início da arte bahá'í, os amigos que sentem que possuem esta dádiva devem se esforçar para desenvolver e cultivar seus dons e, através de seus trabalhos, refletir, ainda que inadequadamente, sobre o Espírito Divino que Bahá'u'lláh soprou ao mundo. A Importância das Artes na Promoção da Fé, p. 22 28. Com relação a produzir um livro com canções Bahá'ís, sua compreensão de que, neste momento, não existe uma expressão cultural que poderia ser chamada de Bahá'í (música, literatura, arte, arquitetura, etc., distintivas, como a flor da civilização e não surgindo no começo de uma nova Revelação) está correta. Isto não significa, contudo, que não temos canções Bahá'ís, em outras palavras, canções escritas por Bahá'ís sobre temas Bahá'ís. Não existe objeção em fazer uma compilação dessas, mas ele não acha que dinheiro deva ser gasto para sua impressão, considerando a presente condição do Fundo Nacional, e que o trabalho mais importante está no campo de ensino que precisa ser realizado este ano. Se vocês puderem ter esse livro em uma forma mimeografada, ele é de parecer que isso será suficiente para atender às necessidades do momento. 21 de setembro de 1957 à Assembléia Espiritual Nacional dos Bahá'ís dos E.U.A.